segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dom Orani recebe corpo consular do Rio



Por ocasião do Natal, o Arcebispo Dom Orani João Tempesta recebeu na noite de sexta-feira, 10 de dezembro, no Palácio São Joaquim, na Glória, o Corpo Consular do Estado do Rio de Janeiro.

A confraternização contou com a presença de cônsules titulares, acompanhados de esposas e adjuntos, representando os consulados de 12 países. Das Américas: Argentina, Chile, Panamá e Peru; da Europa: Alemanha, Espanha, França, Holanda, Itália, Portugal e Rússia; e da África: Cabo Verde.

- Em função de nossas atividades, temos pouco tempo para momentos diferenciados de convivência fraterna. O gesto de Dom Orani, pelo fato de ser ele uma autoridade de peso institucional e social, é muito significativo para todos nós que fazemos parte do corpo consular. Uma relação de cordialidade que nos honra, e que será transmitida aos integrantes da comunidade portuguesa, afirmou o Cônsul Geral de Portugal, Antônio de Almeida Lima.

O governador Sérgio Cabral foi representado pelo subsecretário de Relações Internacionais, Pedro Jorge Spadale. Entre as autoridades eclesiásticas, diversos presbíteros e os bispos auxiliares Dom Assis Lopes e Dom Antônio Augusto Dias Duarte, e ainda os bispos auxiliares eleitos, Monsenhor Pedro Cunha Cruz, Monsenhor Nelson Francelino Ferreira e Monsenhor Paulo César Costa.

Durante o coquetel, os convidados receberam informações sobre o Palácio São Joaquim, há quase 100 anos servindo como residência dos arcebispos do Rio de Janeiro. A história e as particularidades do prédio foram apresentadas pelo capelão da Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Monsenhor Sérgio Costa Couto, e pelo pároco da Paróquia Nossa Senhora da Misericórdia para os fiéis de língua inglesa, Padre André Sampaio de Oliveira.

Os convidados também tiveram a honra de participar da inauguração da capela dedicada à Assunção de Maria, na parte superior do prédio. O processo de restauração, que durou um ano, ocasionada por infiltrações, foi realizada por profissionais especializados, que conservaram os traços artísticos originais.

Antes da foto histórica, registrando o acontecimento, Dom Orani recordou a importância da capela, como o coração do prédio, agora com sistema de refrigeração. Destacou o trabalho que os consulados terão com os jovens do mundo inteiro, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, se form realizada mesmo no Brasil em 2015. Nas palavras de agradecimentos, e no convite para a oração da Ave-Maria, pediu a benção de Deus para os presentes, lembrando o compromisso de todos com a paz e a promoção da boa convivência entre os povos.

- Todos nós, do corpo consular, estamos honrados com a distinção de Dom Orani por este convite especial de confraternização. O gesto do Arcebispo faz recordar, como cristãos, que o Natal é um tempo propício para reforçar o nosso compromisso com a paz e a fraternidade. Independente da orientação religiosa, precisamos viver bem neste mundo que habitamos, cada vez mais pequeno, como uma pequena casa, que todos nós temos que cuidar, conviver e compartilhar uns com os outros, afirmou o Cônsul Geral da Argentina, Eduardo Mallea.

De acordo com Dom Antônio Augusto Dias Duarte, a iniciativa de convidar o corpo consular ao Palácio São Joaquim, por ocasião do Natal, pelo seu conhecimento, é única na história da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Ainda, por causa das diferenças, é um estimulo à paz, à busca da harmonia entre os povos.

- É uma demonstração de preocupação da Igreja com as pessoas de outras culturas, raças e religiões, numa atitude de permanente diálogo. Uma abertura que revela o desejo de cumprir a sua missão, que é chegar de forma capilar a todos os segmentos da sociedade, afirmou.

Para o Monsenhor Sérgio Costa Couto, que tem uma tradição diplomática na família, e por muitas vezes exerce a função de representante, a ideia do coquetel foi consolidada como uma retribuição fraterna por todas as vezes que o Arcebispo é convidado para participar de eventos promovidos pelos consulados.

- Quando convidados, independente da orientação religiosa dos cônsules, marcamos presença, como representantes da Igreja. Existem ocasiões em que somos chamados para esclarecer situações, muitas vezes veiculadas na mídia, outras vezes são especificamente para atendimento pastoral, afirmou.

Muitos consulados, salientou Monsenhor Sérgio, estão envolvidos, há muitos anos, com a tradicional Feira da Providência, e que é comum ver os cônsules e seus familiares com a “mão na massa”, representando seus países.

Texto e Foto: Carlos Moioli

Fonte: Portal Arquidiocese do Rio de Janeiro