segunda-feira, 28 de março de 2011

DIA 02 DE ABRIL - DIA INTERNACIONAL DO AUTISMO

No próximo dia 2 de abril ocorrerá o “Dia Mundial do Autismo”, síndrome que afeta uma criança em cada 110 nascidas (Estatística feita pelo CDC, órgão de controle de doenças dos EUA). O autismo é uma disfunção no desenvolvimento que afeta a capacidade de comunicação, socialização e comportamento do individuo. Ainda não se sabe seguramente qual é a causa dessa síndrome, mas há uma hipótese de causa multifatorial, genética e ambiental. A Síndrome tem atingido cada vez mais indivíduos. Atualmente, o autismo é mais comum em crianças do que a AIDS, o câncer e o diabetes juntos. No Brasil, são quase dois milhões de autistas, muitos não diagnosticados, de acordo com pesquisas realizadas pelo psiquiatra Marcos Tomanik Mercadante.

Segundo Paiva Junior, editor-chefe da Revista Autismo e pai de uma criança portadora da síndrome, o importante é que o diagnóstico seja feito o mais breve possível. Somente com o início das intervenções que a criança poderá ter uma melhor qualidade de vida. A demora compromete as chances de minimizar os danos causados pelo autismo. “É preciso agir rápido! A relação entre precocidade no tratamento e a melhoria no prognóstico é exponencial. Não se pode ‘desperdiçar’ a ‘janela’ de desenvolvimento das crianças nessa fase. Portanto, quanto antes, melhor. Aos pais, digo: chore, lamente, fique em luto, demore para absorver o impacto da notícia de ter um filho com autismo, mas não espere para agir. Comece já!”, alerta Junior.

Ainda não existe cura para o autismo, mas pesquisas estão sendo realizadas na área envolvendo epigenética (Estudo dos mecanismos moleculares por meio dos quais o ambiente controla a atividade genética) e tem gerado resultados. Um deles foi o sucesso na cura de um neurônio autista em laboratório, trabalho recente do neurologista brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnica, nos EUA. Para Paiva, a importância do Dia Mundial do Autismo é voltar a atenção da sociedade para uma síndrome que cresce anualmente. “Disseminar o conhecimento sobre o autismo significa aumentar a inclusão dessas pessoas na sociedade e abrir os olhos do sistema de ensino público e particular, aumentar as possibilidades de tratamento para as famílias afetadas pela síndrome e chacoalhar as autoridades para se posicionarem a respeito do transtorno do espectro autista”, conclui.


Conheça os sintomas do autismo Apesar de os sintomas serem particulares em cada individuo, existem alguns que podem detectar facilmente a presença de autismo, como por exemplo:


•A criança não mantém contato olho no olho por mais de 2 segundos;

•Não responde pelo nome, não se interessa por outras crianças;

•Olha para o vazio e anda ao acaso pelos espaços;

•Não olha para o objeto que você aponta;

•Não brinca de faz-de-conta (como falar ao telefone ou dar de comer a uma boneca);

•Não brinca corretamente com os brinquedos (com a devida função do brinquedo);

•Não compreende que lhe dizem;

•Faz movimentos estranhos com as mãos na frente do rosto;

•Não aponta com o indicador para pedir algo ou mostrar algum interesse;

•Usa as pessoas como instrumentos (pegando na mão do adulto e o levando para executar algo); •É muito sensível a ruídos (alguns chegam a tapar os ouvidos);

•Não sorri como resposta às suas expressões faciais, entre outros.



A criança que apresentar de duas a três características como essas devem ser levadas ao médico para uma opinião clínica.


CATANDO,DÁ - CURTA BASEADO NA CAMPANHA DA FRATERNIDADE

No segundo semestre do ano passado, a PUC-Rio e a Arquidiocese do Rio de Janeiro promoveram para a PASCOM a Oficina de Cinema e Pensamento, para criação de vídeos e e de cineclubes. Como produto final, os alunos teriam que apresentar projetos concretos – assim foram criados, em dezembro de 2010, os Cineclubes na Paróquias de São João Batista da Lagoa (Botafogo) e da Paróquia Santa Clara em Guaratiba, além de cinco vídeos. O paroquiano Raphael Freire escolheu o modulo do Cineclube, projeto esse que acaba de ser implantado em nosso paróquia. O paroquiano Michel Soares fez parte do grupo de produção; escolheram como tema a questão da reciclagem, já pensando na Campanha da Fraternidade de 2011. Vejam, abaixo o vídeo:

CATANDO DÁ

sexta-feira, 25 de março de 2011

FICHA LIMPA - Não podemos perder essa guerra.


O Brasil perdeu uma grande oportunidade de melhorar os quadros políticos, pelo menos no quesito da Ética, com o adiamento da aplicação da lei da Ficha Limpa para 2012. O processualismo venceu; e a oportunidade de moralizar os quadros do Executivo e do Legislativo foi adiada com voto do ministro Luis Fux. Não podemos perder essa guerra. Ainda há muitos pontos desta Lei a serem discutidos no Supremo Tribunal Federal. Pelas artimanhas dos nossos políticos, eles vão “empurrar com a barriga” até 2012, quiçá 2014, até a lei ser toda ela discutida, e, provavelmente desfigurada. É de preocupar a fala da ministra Ellen Gracie, que votou a favor da aplicação imediata: “(…) o STF não derrubou a lei, pelo menos por enquanto.”

Em relação à validade para eleição de 2010, o STF se posicionou, por seis votos a cinco, contra a aplicação imediata. Esperava-se mais. Foi uma pena. Votaram contra os ministros: Gilmar Mendes, Celso de Melo, Antonio Toffoli, Cesar Peluzzo e Marco Aurélio Mello.

O ministro Joaquim Barbosa fez a seguinte declaração: “a História nos mostra que, de tempos em tempos, é preciso fazer opções. O STF fez uma opção.” A opção que o ministro se refere é entre os artigos 16 e 14 da Constituição Brasileira; o primeiro fala da anualidade e o segundo da moralidade.

Os que defenderam a aplicação imediata seguem a argumentação do ministro Barbosa. Acreditam que o princípio da moralidade poderia ser superposto ao da anualidade, não só em respeito à vontade do povo expresso na ação popular, como também, apesar de ter menos que um ano, as convenções partidárias ainda não tinham definidos os candidatos. O ministro Lewandoswski argumentou: “Não se verificou a alteração da chamada paridade de armas. Todos os candidatos estavam exatamente na mesma situação antes do registro, antes das convenções partidárias.” Votaram nesta linha, além dos ministros Barbosa e Lewandoswski, o ministro Ayres Britto e as ministras Carmem Lucia e Ellen Gracie.

É lamentável que o processualismo tenha vencido a moralidade respaldada pelo clamor do povo. Faltou ousadia ao STF.

Ana Maria Galheigo

Visite o blog: http://anamariagalheigo.net

sexta-feira, 18 de março de 2011

COMEÇOU SEMINÁRIO DE PERDÃO!

Ontem a noite quem esteve na paróquia pode participar do inicio do Seminário do Perdão. O seminário foi aberto pelo Pe.Marcio que explicou como é importante o perdão em nossas vidas, principalmente nesse período de quaresma e a palestrante da noite foi a Sra. Arlene da Comunidade Bom Pastor que falou sobre a dificuldade do perdão e de como perdoar faz bem. A Palavra ouvida de ontem durante o seminário foi II Coríntios 5, 11-21.




O seminário está acontecendo todas as quintas-feiras no horário de 19h30min e você está convidado a partipar e a se preparar para a Páscoa do Senhor!

quinta-feira, 17 de março de 2011

O TEMPO DE QUARESMA - 3ª PARTE

O que é a Campanha da Fraternidade?

O percurso da Quaresma é acompanhado pela realização da Campanha da Fraternidade – a maior campanha da solidariedade do mundo cristão. Cada ano é contemplado um tema urgente e necessário.

A Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização que ajuda os cristãos e as pessoas de boa vontade a concretizarem, na prática, a transformação da sociedade a partir de um problema específico, que exige a participação de todos na sua solução. Ela tornou-se tão especial por provocar a renovação da vida da igreja e ao mesmo tempo resolver problemas reais.

Seus objetivos permanentes são: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor: exigência central do Evangelho. Renovar a consciência da responsabilidade de todos na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária.

Os temas escolhidos são sempre aspectos da realidade sócio-econômico-política do país, marcada pela injustiça, pela exclusão, por índices sempre mais altos de miséria. Os problemas que a Campanha visa ajudar a resolver, se encontram com a fraternidade ferida, e a fé, tem o compromisso de restabelecê-la. A partir do início dos encontros nacionais sobre a CF, em 1971, a escolha de seus temas vem tendo sempre mais ampla participação dos 16 Regionais da CNBB que recolhem sugestões das Dioceses e estas das paróquias e comunidades.

terça-feira, 15 de março de 2011

PROGRAMAÇÃO FESTA DE SÃO JOSÉ


COMUNIDADE DO AMORIM

TEMA: "São José, modelo de homem novo".

PROGRAMAÇÃO:

Dias 16,17 e 18 de março - Tríduo de Preparação, às 19h.
1º dia - Tema: "São José,homem fiel a Deus"(Pe.Márcio Queiroz)
2º dia - Tema: "São José,homem justo"(Pe.Lincoln de Almeida)
3º dia - Tema: "São José, homem de confiança e coragem"(Dom Nelson Francelino - Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro)

Dia 19 de março(sábado) - SOLENIDADE DE SÃO JOSÉ
17h30min - Procissão saindo da Igreja de São José
18h30min - Santa Missa Solene

PROGRAMAÇÃO SOCIAL
Todas as noites, após a Santa missa, teremos um momento cultural, barraquinhas com comidas típicas e muita alegria.



O TEMPO DE QUARESMA - 2ª PARTE

Qual o significado destes 40 dias?

Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.


O que os cristãos devem fazer no tempo de Quaresma?

A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma conseqüência da penitência.


Ainda é costume jejuar durante este tempo?

Sim, ainda é costume jejuar na Quaresma, ainda que ele seja válido em qualquer época do ano. A igreja propõe o jejum principalmente como forma de sacrifício, mas também como uma maneira de educar-se, de ir percebendo que, o que o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma se justifica as demais abstinências, elas têm a mesma função.

Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa. Pela lei da igreja, o jejum é obrigatório nesses dois dias para pessoas entre 18 e 60 anos. Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessidade individual de cada fiel, e também praticados por crianças e idosos de acordo com suas disponibilidades.

O jejum, assim como todas as penitências, é visto pela igreja como uma forma de educação no sentido de se privar de algo e reverte-lo em serviços de amor, em práticas de caridade. Os sacrifícios, que podem ser escolhidos livremente, por exemplo: um jovem deixa de mascar chicletes por um mês, e o valor que gastaria nos doces é usado para o bem de alguém necessitado.

segunda-feira, 14 de março de 2011

O TEMPO DE QUARESMA - 1ª PARTE



O que quer dizer Quaresma?

A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.


Na quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quinta-feira (até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive - Diretório da Liturgia - CNBB) da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais.


Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo. Todas as religiões têm períodos voltados à reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa. Cada doutrina religiosa tem seu calendário específico para seguir. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência.
Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.
Fonte: curiosidadescatolicas.blogspot.com

sexta-feira, 11 de março de 2011

Carnaval, Cinzas e Quaresma - Saiba mais.


Olhando para o calendário, rapidamente se percebe que é a Páscoa quem rege o Carnaval: a Páscoa é celebrada no primeiro Domingo da lua cheia após o equinócio da primavera, no hemisfério Norte. O Carnaval acontece entre 3 de Fevereiro e 9 de Março, sempre quarenta e sete dias antes da Páscoa, ou seja, após o sétimo Domingo que antecede o Domingo de Páscoa.
Carnaval
O Carnaval é uma festividade popular colectiva, cíclica e agrária. Teve como verdadeiros iniciadores os povos que habitavam as margens do rio Nilo, no ano 4000 a.C., e uma segunda origem, por assim dizer, nas festas pagãs greco-romanas que celebravam as colheitas, entre o séc. VII a.C. e VI d.C.
A Igreja viria a alterar e adaptar práticas pré-cristãs, relacionando o período carnavalesco com a Quaresma. Uma prática penitencial preparatória à Páscoa, com jejum começou a definir-se a partir de meados do século II; por volta do século IV, o período quaresmal caracterizava-se como tempo de penitência e renovação interior para toda a Igreja, inclusive por meio do jejum e da abstinência
Tertuliano, São Cipriano, São Clemente de Alexandria e o Papa Inocêncio II foram grandes inimigos do Carnaval, mas, no ano 590, a Igreja Católica permite que se realizem os festejos do Carnaval, que consistiam em desfiles e espectáculos de carácter cómico.
No séc. XV, o Papa Paulo II contribuiu para a evolução do Carnaval, imprimindo uma mudança estética ao introduzir o baile de máscaras, quando permitiu que, em frente ao seu palácio, se realizasse o Carnaval romano, com corridas de cavalos, carros alegóricos, corridas de corcundas, lançamento de ovos, água e farinha e outras manifestações populares.
Sobre a origem da palavra Carnaval não há unanimidade entre os estudiosos, mas as hipóteses “carne vale” (adeus carne!) ou de “carne levamen” (supressão da carne) levam-nos, indubitavelmente, para o início do período da Quaresma. A própria designação de Entrudo, ainda muito utilizada entre nós, vem do latim “introitus” e apresenta o significado de dar entrada, começo, em relação a esse tempo litúrgico.
Cinzas
No dia seguinte, a cinza recorda o que fica da queima ou da corrupção das coisas e das pessoas. Este rito é um dos mais representativos dos sinais e gestos simbólicos do caminho quaresmal.
Nos primeiros séculos, apenas cumprem este rito da imposição da cinza os grupos de penitentes ou pecadores que querem receber a reconciliação no final da Quaresma, na Quinta-feira Santa, às portas da Páscoa. Vestem hábito penitencial, impõem cinza na sua própria cabeça, e desta forma apresentam-se diante da comunidade, expressando a sua vontade de conversão.
A partir do século XI, quando desaparece o grupo de penitentes como instituição, o Papa Urbano II estendeu este rito a todos os cristãos no princípio da Quaresma. As cinzas, símbolo da morte e do nada da criatura em relação a seu Criador, obtêm-se por meio da queima dos ramos de palmeiras e de oliveiras abençoados no ano anterior, na celebração do Domingo de Ramos.
Quaresma
O termo Quaresma deriva do latim "quadragesima dies", ou seja, quadragésimo dia. É o período do ano litúrgico que dura 40 dias: começa na quarta-feira de cinzas e termina na missa "in Coena Domini" (Quinta-Feira Santa), sem inclui-la.
O sexto Domingo, que dá início à Semana Santa, é chamado "Domingo de Ramos", "de passione Domini". Desse modo, reduzindo o tempo "de passione" aos quatro dias que precedem a Páscoa, a Semana Ssanta conclui a Quaresma e tem como finalidade a veneração da Paixão de Cristo a partir da sua entrada messiânica em Jerusalém.
Uma prática penitencial preparatória para a Páscoa, com jejum, começou a surgir a partir de meados do século II; outras referências a um tempo pré-pascal aparecem no Oriente, no início do século IV, e no Ocidente no final do mesmo século.
Nos primeiros tempos da Igreja, durante esse período, estavam na fase final da sua preparação os catecúmenos que, durante a vigília pascal, haveriam de receber o Baptismo.
Por volta do século IV, o período quaresmal caracterizava-se como tempo de penitência e renovação interior para toda a Igreja, inclusive por meio do jejum e da abstinência, marcas que ainda hoje se mantêm.
Na Liturgia, este tempo é marcado por paramentos e vestes roxas, pela omissão do "Glória" e do "Aleluia" na celebração da Missa.
Fonte: curiosidadescatolicas.blogspot.com

MENSAGEM DA QUARESMA DE DOM ORANI JOÃO TEMPESTA

Caríssimos irmãos e irmãs,

Iniciamos, com a Quarta-feira de Cinzas, o tempo favorável de conversão e de penitência, no qual somos chamados a reviver a nossa vida batismal, consequentemente renovando a nossa vida cristã. Como o Batismo é a porta de entrada para essa vida, acreditamos que todos os demais atos de nossas vidas, com os sacramentos que os acompanham, também serão renovados à medida que a nossa vida se transforme e seja mais coerente.

Com a queima dos ramos bentos do ano passado, transformados em cinzas que recebemos nesta quarta-feira, a Igreja retira também da liturgia muitos sinais, cânticos, aclamações para que, no final deste tempo, nós os recebamos de volta com uma vida que seja um pouco mais de acordo com aquilo que celebramos. A mensagem papal para este tempo recorda-nos a vida batismal: “Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes” (Cf. Cl 2, 12).

Que o período quaresmal, em que a Liturgia da Igreja apresenta à nossa reflexão os grandes mistérios da salvação, seja vivido por nós todos em atitude de penitência e de sacrifício para nos prepararmos dignamente para o encontro pascal com Cristo. Vivei sempre animados pelo ideal altíssimo proclamado por Jesus: O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos (cf. Jo 15, 12-13).

Nestes quarenta dias nos acompanham o jejum, a abstinência, a penitência, a oração, a esmola, as reuniões de grupo nas casas, as vias sacras pelas ruas, a celebração penitencial, a lectio divina, o silêncio de quem entrou no deserto com Cristo para fazer uma intensa experiência de Deus.

A Sagrada Escritura apresenta, com frequência, o período de 40 dias ou anos para indicar períodos especiais, que criam um clima adequado para preparar para algo importante que irá acontecer. Nesse sentido, o povo de Israel caminhou durante quarenta anos no deserto, antes de adentrar na Terra Prometida. Esse período favorável foi uma experiência de purificação dos falsos deuses, de adesão aos mandamentos (Aliança) e de solidariedade no deserto. O Profeta Elias caminhou 40 dias e 40 noites até o Monte sagrado de Horeb. Por quarenta dias foi o tempo em que se purificou a humanidade corrompida pelo pecado com o Dilúvio. Moisés rezou por 40 dias no Sinai antes de receber a Lei. E, por fim, Nosso Senhor Jesus Cristo por quarenta dias rezou no deserto antes de iniciar a sua vida pública.

Assim, os próximos quarenta dias são apresentados para nós como tempo propício para a conversão - eis o tempo favorável: deixai-vos reconciliar com Deus! Exorto que todos se empenhem para viver este tempo e aprofundar em sua vida, família e comunidade as consequências da vida batismal. Será muito importante também que os grupos de reflexão se multipliquem neste tempo e todos se encontrem com seus vizinhos para uma reflexão quaresmal e da campanha da fraternidade.

A Quaresma é uma ocasião providencial de conversão, ajuda-nos a contemplar o supremo mistério de amor. Ela constitui um retorno às raízes da fé, porque meditando sobre o dom incomensurável de graça, que é a Redenção, não podemos deixar de constatar que tudo nos foi dado por iniciativa amorosa de Deus. O Papa Bento XVI frisou, na catequese desta Quarta-feira de Cinzas, que com "a imposição das cinzas iniciamos o Tempo da Quaresma, autêntico itinerário espiritual que nos prepara para celebrar o mistério pascal de Cristo". "As leituras da Quaresma deste ano são uma esplêndida catequese que nos ajudam a redescobrir a graça do Batismo. Elas nos convidam a renovar a nossa fidelidade a Deus e abandonar as nossas seguranças humanas para nos confiar completamente no Senhor" – disse ainda Bento XVI.

O Profeta Joel dá a tônica para o tempo quaresmal: "Rasgai os vossos corações, não as vossas vestes". (Jl 2,12-18). Nesse sentido, quero exortar aos meus caríssimos sacerdotes que se dediquem com esmero e dedicação ao mistério salutar de ouvir confissões individuais, facilitando, na medida do possível, em horários diversos ao atendimento das confissões auriculares em suas paróquias, em iniciativa da forania acorram aos “mutirões de confissões”, facilitando assim a todos os fiéis para recorrerem à penitência e à reconciliação. Que sejam atendidos de bom grado e possam abrir o seu coração ao Deus Vivo, o Ressuscitado, experimentando a misericórdia de Deus e inserindo-se ainda mais na vida eclesial com renovado entusiasmo.

Exorto a todos que o tripé quaresmal seja bem observado. Primeiro, a Oração que, com clareza espiritual, nos leva a uma EXPERIÊNCIA pessoal com Deus. Segundo, o Jejum nos leva a um gesto concreto de conversão: privar-se de algo para uma liberdade interior maior. E repassar o que deixamos de comer e de beber a quem não tem o que comer e beber. A Esmola nos leva a nos doarmos aos irmãos no serviço fraterno, em gesto de solidariedade e de partilha, sinalizando um despojando do falso deus da riqueza.

Vivemos uma mudança de época, em que o sagrado vai sendo substituído pelo ter, pelo ser e pelo poder. O nosso tempo é profundamente consciente da necessidade de se assumir uma responsabilidade coletiva perante os males que afligem a humanidade. Em tal sentido, a Quaresma intenta mobilizar as atenções dos fiéis contra todas as formas de esbanjamento, e estimulá-los a darem-se as mãos, num esforço conjugado. A restauração de todas as coisas em Nosso Senhor Jesus Cristo tem uma relação muito íntima com o espírito da Quaresma. O próprio Cristo, um dia, nos fará ver a importância da ajuda que prestarmos aos nossos irmãos: “tive fome e destes-me de comer; tive sede e destes-me de beber, estava nu e me vestistes” (cfr. Mt 25, 35-36).

Sei que neste mundo plural em que vivemos nem sempre é fácil vivenciar este tempo – ao nosso redor continuam as festas e apresentações, brigas e desamor – mas cabe a cada católico colocar-se a caminho nestes quarenta dias e aprofundar a sua vida de conversão através de uma contrição sincera e dando passos concretos em sua mudança de vida, correspondendo ao dom e à graça que o Senhor nos concede.

Este apelo, que o mesmo Cristo nos faz, dirige-se a todos os cristãos, e nenhum deles poderá subtrair-se a esta interpelação do Senhor. A experiência demonstra que as comunidades cristãs mais necessitadas são as mais sensíveis perante a indigência de outrem, e isso eu pude notar na trezena de São Sebastião ao ver os pobres repartindo o pouco que tinham para socorrer os seus irmãos. Sim, em todos os lugares e a todos os momentos encontramos Cristo necessitado nas pessoas que nos rodeiam, e este encontro não pode, de modo algum, deixar-nos indiferentes.

É fato que uma das características da nossa época é a consciência comum dos males que pesam gravemente sobre a família humana, mas muitos são os obstáculos que se opõem, em diversas partes, à promoção da dignidade pessoal de cada um dos seus membros.

Neste ano, a Campanha da Fraternidade tem como tema: “Fraternidade e Vida no Planeta!” e como lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22). Iluminada pela Palavra de Deus, a Santa Igreja quer mostrar que esta problemática é uma obrigação de todos os batizados, pois o modo com o que o homem trata o ambiente influi sobre o modo como trata a si mesmo e vice-versa. Por isso a Igreja quer nos conscientizar de que os deveres que temos para com a ecologia, para com o meio ambiente estão ligados aos deveres que temos para com as pessoas.

O Papa Bento XVI nos recorda na mensagem para a Campanha da Fraternidade: “O homem só será capaz de respeitar as criaturas na medida em que tiver no seu espírito um sentido pleno da vida; caso contrário, será levado a desprezar-se a si mesmo e àquilo que o circunda, a não ter respeito pelo ambiente em que vive, pela criação. Por isso, a primeira ecologia a ser defendida é a “ecologia humana”.

Que as atitudes pessoais, comunitárias e sociais nos encontrem disponíveis a dar sinais de nossa fé também nessa questão ecológica, procurando aprofundar o que significa “reduzir, reutilizar, recuperar, reciclar, repensar” propostos como gestos concretos nesta Campanha da Fraternidade.

Que em nossa Igreja Arquidiocesana possamos renovar a nossa vida cristã, redescobrindo o nosso Batismo, graça de Deus, que nos impele a sermos autênticos discípulos-missionários. Que nossa pertença batismal nos ajude a viver e conviver em comunidade com os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Nesta caminhada que ora iniciamos, confiemo-nos a Maria, nossa mãe, que “gerou o Verbo de Deus na Fé e na carne para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna”.

Boa e santa Quaresma para todos! Que o Cristo Redentor ilumine o nosso itinerário quaresmal!

Dom Orani João Tempesta - Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

quarta-feira, 9 de março de 2011

MENSAGEM DO PAPA PARA A QUARESMA

“Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes” (cf. Cl 2, 12).

Amados irmãos e irmãs!

A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante, em vista do qual me sinto feliz por dirigir uma palavra específica para que seja vivido com o devido empenho. Enquanto olha para o encontro definitivo com o seu Esposo na Páscoa eterna, a Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade laboriosa, intensifica o seu caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor (cf. Prefácio I de Quaresma).

1. Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Batismo, quando, “tendo-nos tornado partícipes da morte e ressurreição de Cristo” iniciou para nós “a aventura jubilosa e exaltante do discípulo” (Homilia na Festa do Batismo do Senhor, 10 de Janeiro de 2010).

São Paulo, nas suas Cartas, insiste repetidas vezes sobre a singular comunhão com o Filho de Deus realizada neste lavacro. O fato que na maioria dos casos o Batismo se recebe quando somos crianças põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças. A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência «os mesmos sentimentos de Jesus Cristo», é comunicada gratuitamente ao homem.

O Apóstolo dos gentios, na Carta aos Filipenses, expressa o sentido da transformação que se realiza com a participação na morte e ressurreição de Cristo, indicando a meta: que assim eu possa “conhecê-Lo, a Ele, à força da sua Ressurreição e à comunhão nos Seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos” (Fl 3, 10- 11). O Batismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do batizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo.

Um vínculo particular liga o Batismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva. Os Padres do Concílio Vaticano II convidaram todos os Pastores da Igreja a utilizar «mais abundantemente os elementos batismais próprios da liturgia quaresmal» (Const. Sacrosanctum Concilium, 109). De fato, desde sempre a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Batismo: neste Sacramento realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos (cf. Rm 8,).

Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: deveras eles vivem o Batismo como um ato decisivo para toda a sua existência.

2. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus? Por isso a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é batizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele.

O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição dos homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É uma clara chamada a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta «contra os dominadores deste mundo tenebroso» (Hb 6, 12), no qual o diabo é ativo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal.

O Evangelho da Transfiguração do Senhor põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. A comunidade cristã toma consciência de ser conduzida, como os apóstolos Pedro, Tiago e João, «em particular, a um alto monte» (Mt 17, 1), para acolher de novo em Cristo, como filhos no Filho, o dom da Graça de Deus: «Este é o Meu Filho muito amado: n’Ele pus todo o Meu enlevo. Escutai-O» (v. 5).

É o convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor. O pedido de Jesus à Samaritana: “Dá-Me de beber” (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da “água a jorrar para a vida eterna” (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos “verdadeiros adoradores” capazes de rezar ao Pai “em espírito e verdade” (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, “enquanto não repousar em Deus”, segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.

O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: ”Tu crês no Filho do Homem?”. “Creio, Senhor” (Jo 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, fazendo-se voz de todos os crentes. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como “filho da luz”.

Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: “Eu sou a ressurreição e a vida... Crês tu isto?” (Jo 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: “Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo» (v. 27).
A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim n’Ele. A fé na ressurreição dos mortos a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência:

Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança. O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas batismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos “da água e do Espírito Santo”, e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à ação da Graça para sermos seus discípulos.

3. O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Batismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a “terra”, que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus revelou-se como Amor (cf 1 Jo 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a “palavra da Cruz” manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus cáritas est, 12). Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).

No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida.

Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projetos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro? A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...». «Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma...» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.

Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para a viver quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciamos no dia do Batismo. A oração permite-nos também adquirir uma nova concepção do tempo: de fato, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que “as suas palavras não passarão” (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele “que ninguém nos poderá tirar” (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.

Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela ação do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.

Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Batismo. Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas ações. Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna.

Vaticano, 4 de Novembro de 2010

BENEDICTUS PP XVI

FONTE: www.cnbb.org.br

sexta-feira, 4 de março de 2011

CINE CLUBE ESTREIOU NA NOSSA PARÓQUIA!

No último sábado,26/02, tivemos a estréia do nosso cineclube. Mais uma conquista de nossa Paróquia. No final da sessão houve um debate mediado pelo Pe. Márcio Queiroz e pela representante do cineclube da Arquidiocese Ana Maria Galheigo, eles ajudaram a paltéia a debater alguns pontos apresentados no documentário exibido, no fim ainda houve sorteio de alguns brindes. Agradecemos a todos pela presença e no final do mês tem mais! 

Retiro espiritual Rio de Água Viva


O carnaval também pode ser um momento de oração e crescimento espiritual, o Rio de Água Viva, retiro arquidiocesano promovido pela Renovação Carismática Católica (RCC) no Rio, é uma boa oportunidade. O encontro será do dia 6 a 8 de março, no Riachuelo, das 8h às 18h.

Com o tema “Por causa da Tua Palavra lançaremos as redes” (Lc 5,5), o encontro terá a presença do Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, que realizará a Celebração Eucarística de encerramento. Também participará o diretor espiritual do Conselho Arquidiocesano da Renovação Carismática Católica, Padre Marcos Antônio e, ainda, Padre Gleuson Gomes e Padre William.

Os pregadores serão o padre Geovane Ferreira e Patti Mansfield, que virá diretamente dos Estados Unidos para contar a sua experiência sobre o momento em que nasceu a Renovação Carismática Católica. Ela esteve pre­sente no retiro realizado na Universidade de Duquesne (Pittsburgh, Pensylvania, EUA), em 1967, onde os jovens tiveram a experiên­cia do batismo no Espírito Santo e de onde surgiu toda a novidade da RCC.

- Serão mo­mentos de muita oração, adoração, missa, pregações e atendimento de confis­sões, disse o coorde­nador do evento, Almir Berlarmino.

Ele ressaltou que será realizado também um trabalho de evangelização com as crian­ças. Elas serão cadastradas e terão o acompanhamento de uma equipe do ministério para as crianças, ao longo de todo o tempo do Rio de Água Viva.

O Colégio Sa­lesiano fica à Rua Luiz Zancheta, 48, no Riachuelo. A entrada é franca.

Fonte: Portal da Arquidiocese do Rio de Janeiro

Estudo comprova: Papa acertou sobre prevenção à Aids


Um comportamento sexual responsável e a fidelidade ao próprio parceiro podem, sim, diminuir a incidência da Aids. De acordo com a informação defendida pela prestigiada Universidade de Harvard, esses foram os principais fatores que determinaram a fortíssima queda da incidência de Aids na nação africana do Zimbábue.

Em Zimbábue, a curva em queda em 10 anos é evidente: entre 1997 e 2007, a taxa de infecção entre a população adulta caiu de 29 para 16%. Os dados foram levantados pelo pesquisador do Departamento para a Saúde Global e População de Harvard, Daniel Halperin, que está empenhado desde 1998 em estudar as dinâmicas sociais que estão na base da difusão das doenças sexualmente transmissíveis nos países em via de desenvolvimento, que são os maiores afetados pelo flagelo da Aids.

Através de dados estatísticos e análises de campo, como entrevistas e grupos focais, Halperin conseguiu recolher testemunhos até mesmo dos bolsões mais pobres do país africano.

— A repentina e nítida diminuição anda de mãos dadas com a redução de comportamentos de risco, como relações extraconjugais, com prostitutas ou ocasionais, disse, sem hesitar, o pesquisador.

Esse estudo ora divulgado comprova o que o Papa Bento XVI afirmou, na viagem apostólica que realizou à África, em 2009, sobre o preservativo não ser a solução para a luta contra a Aids. Na época, as palavras do Pontífice foram alvo de ásperas críticas e polêmicas. Também o livro-entrevista Luz do Mundo revela a percepção do Papa, afirmada por esta nova constatação científica: "os profiláticos estão à disposição em todos os lugares, mas somente isso não resolve a questão".

O estudo em questão foi publicado em PLoSMedicine.org e é financiado pela agência estadounidense para o Desenvolvimento internacional, da qual Halperin já foi conselheiro, e pelo Fundo das Nações Unidas para a População e o Desenvolvimento. Por meio desse estudo, o pesquisador questiona as políticas até agora adotadas pelas principais agências de luta contra a Aids nos países em vias de desenvolvimento.

— A inversão dos comportamentos sexuais da população do Zimbábue foi auxiliada por programas de prevenção nos mass media e por projetos formativos promovidos pelas igrejas e confissões religiosas, relatou.

De acordo com o pesquisador, essas intervenções são propriamente culturais, com resultados mais distantes no tempo. No entanto, são mais incisivas e duradouras que a prática da distribuição de profiláticos, como a camisinha, que se apresenta como ineficaz.

Segundo o estudo de Halperin, é preciso "ensinar a evitar a promiscuidade e promover a fidelidade".

Fonte: Portal da Arquidiocese do Rio de Janeiro

quarta-feira, 2 de março de 2011

POR QUE PERDOAR?...

VENHA BUSCAR A RESPOSTA!
PARTICIPE DO SEMINÁRIO DE PERDÃO
DIAS: 17, 24, 31/03, 07 e 14/04/2011.
HORÁRIO: 19h30min
LOCAL: Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bonsucesso de Inhaúma
Rua Olga, 21 – Bonsucesso
Informações: 2260-4511

Coordenação: Comunidade Bom Pastor
Realização: Conselho de Pastoral Paroquial - CPP

terça-feira, 1 de março de 2011

No Cristo Redentor, parabéns para o Rio de Janeiro



Com muita alegria, música e bênção foi realizada, aos pés do Redentor, uma homenagem aos 446 anos de fundação do Rio de Janeiro. Na manhã de 28 de fevereiro, véspera do aniversário da Cidade Maravilhosa, turistas e cariocas celebraram a data.

A iniciativa foi da SARCA, Sociedade Amigos da Rua da Carioca e Adjacências, que há 21 anos promove esse evento. Além da apresentação da Banda SARCA, e do bolo de 4,46 metros de comprimento feito para o evento, foi realizada a bênção à Cidade Maravilhosa.

O evento começou às 11 horas, quando turistas, visitantes e cariocas se divertiam ao som de músicas que homenageiam o Rio de Janeiro. O coordenador do evento, Roberto Cury, deu boas-vindas a todos e destacou a alegria em comemorar mais um aniversário da Cidade Maravilhosa no alto do Corcovado.

- A estátua do Cristo Redentor, de braços abertos, representa a acolhida do povo carioca a todos que vêm visitar a cidade. Estamos também homenageando os 80 anos do monumento que deixa ainda mais bonito o Rio de Janeiro, explicou Cury.

Ele convidou todos para participarem dos festejos que acontecerão no dia seguinte, 1° de março — data oficial do aniversário do Rio. A festa será na Rua da Carioca, no Centro, às 11 horas, com apresentação das bandas SARCA e Marcial Dragões Iguaçuanos. Ao meio dia, Dom Orani chegará conduzindo a Imagem Peregrina de São Sebastião e dará a bênção.



Como tradição, Cury entregou o troféu e a faixa de “mulher mais carioca do Rio”, para a cantora Marlene, que estava emocionada em sua primeira visita ao monumento ao Cristo Redentor.

- É um prazer muito grande estar aqui recebendo essa homenagem. Eu nunca tinha vindo ao Cristo Redentor e estou muito emocionada, disse a cantora.

O troféu de “homem mais carioca” será entregue na terça-feira, ao jogador Zico. Na ocasião, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, também será homenageado.

Por fim, o Reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar Raposo, realizou uma bênção à Cidade e aos presentes.

- Pedimos que o Cristo nunca deixe de olhar por nós e por aqueles que passam pela Cidade Maravilhosa. Pedimos a bênção e a proteção para suas famílias. E, nesta data especial, que possamos também contar com a proteção de São Sebastião, nosso Padroeiro.

O Padre, junto com Roberto Cury e Marlene, animaram o canto de parabéns, cortaram o bolo e o dividiram com todos os presentes.




Fonte: Portal da Arquidiocese do Rio de Janeiro.