sábado, 30 de novembro de 2013

Papa Francisco: 2015 será ano dedicado à vida consagrada


O Papa Francisco encontrou-se na manhã desta sexta-feira, no Vaticano, com os participantes da 82ª Assembleia Geral da União dos Superiores Gerais (USG), realizada nesses dias, em Roma. Tratou-se de um encontro de três horas em que o Pontífice não proferiu um discurso preparado, mas respondeu às perguntas que lhe foram feitas. No final do encontro, onde estavam presentes 120 superiores gerais, o Papa Francisco anunciou que 2015 será o ano dedicado à vida consagrada.

O Santo Padre observou que os religiosos são chamados a seguir o Senhor de forma especial. "Eles são homens e mulheres que podem despertar o mundo. A vida consagrada é profecia", disse o Pontífice. "Deus nos pede para sair do ninho e ir para as periferias do mundo, evitando a tentação de domá-las. Esta é a maneira mais concreta de imitar o Senhor", frisou o Papa Francisco. 

Questionado sobre a situação das vocações, o Papa destacou que existem Igrejas jovens que estão dando novos frutos. "Isso obriga naturalmente a repensar a inculturação do carisma. A Igreja deve pedir perdão e olhar com vergonha para os insucessos apostólicos devido a desentendimentos neste campo, como no caso de Matteo Ricci. O diálogo intercultural deve levar-nos a introduzir no governo dos Institutos religiosos pessoas de várias culturas que expressam diferentes maneiras de viver o carisma", sublinhou ainda o Papa.

O Santo Padre insistiu muito na formação que, a seu ver, se baseia em quatro pilares: formação espiritual, intelectual, comunitária e apostólica. "É importante evitar todas as formas de hipocrisia e clericalismo através de um diálogo franco e aberto sobre todos os aspectos da vida", destacou. 

"A formação é uma obra artesanal e não policial. O objectivo é formar religiosos que tenham um coração tenro e não azedo como o vinagre. Somos todos pecadores, mas não corruptos. Aceitamos os pecadores, mas não os corruptos", sublinhou o Pontífice.

Respondendo a uma pergunta sobre a fraternidade, o Papa disse que ela tem uma enorme força de atracção. "Pressupõe a aceitação das diferenças e conflitos. Às vezes é difícil vivê-la, mas se não a vivemos, não somos fecundos", disse.

O Santo Padre frisou que as realidades de exclusão são prioridades e se deteve sobre os desafios culturais e educacionais nas escolas e universidades. O Papa identificou três pilares da educação: transmitir conhecimento, transmitir formas de fazer as coisas e transmitir valores. "Através deles se transmite a fé. O educador deve estar à altura das pessoas que educa e se perguntar como anunciar Jesus Cristo a uma geração que muda." E, concluindo, o Papa disse aos religiosos: "Obrigado pelo testemunho e humilhações pelas quais devem passar".


Fonte: Radio Vaticano

Evangelho: Jesus chama os primeiros apóstolos


Jesus chama os primeiros apóstolos. 

Mt 4,18-22

Caminhando à beira do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam jogando as redes ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse-lhes: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. Eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. Prosseguindo adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam no barco, com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Ele os chamou. Deixando imediatamente o barco e o pai, eles o seguiram.

Santo André - 30 de Novembro



Entre os Doze apóstolos de Cristo, André foi o primeiro a ser seu discípulo. Além de ser apontado por eles próprios como o "número dois", depois, somente, de Pedro. Na lista dos apóstolos, pela ordem está entre os quatro primeiros. Morava em Cafarnaum, era discípulo de João Batista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram pescadores no mar da Galiléia.

Foi levado por João Batista à verde planície de Jericó, juntamente com João Evangelista, para conhecer Jesus. Ele passava. E o visionário profeta indicou-o e disse a célebre frase: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André, então, começou a segui-lo.

A seguir, André levou o irmão Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando: "Encontramos o Messias". Assim, tornou-se, também, o primeiro dos apóstolos a recrutar novos discípulos para o Senhor. Aparece no episódio da multiplicação dos pães: depois da resposta de Filipe, André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes.

Pouco antes da morte do Redentor, aparece o discípulo André ao lado de Filipe, como um de grande autoridade. Pois é a ele que Filipe se dirige quando certos gregos pedem para ver o Senhor, e ambos contaram a Jesus.

André participou da vida publica de Jesus, estava presente na última ceia, viu o Cristo Ressuscitado, testemunhou a Ascenção e recebeu o primeiro Pentecostes. Ajudou a sedimentar a Igreja de Cristo a partir da Palestina, mas as localidades e regiões por onde pregou não sabemos com exatidão.

Alguns historiadores citam que depois de Jerusalém foi evangelizar na Galiléia, Cítia, Etiópia, Trácia e, finalmente, na Grécia. Nessa última, formou um grande rebanho e pôde fundar a comunidade cristã de Patras, na Acaia, um dos modelos de Igreja nos primeiros tempos. Mas foi lá, também, que acabou martirizado nas mãos do inimigo, Egéas, governador e juiz romano local.

André ousou não obedecer à autoridade do governador, desafiando-o a reconhecer em Jesus um juiz acima dele. Mais ainda, clamou que os deuses pagãos não passavam de demônios. Egéas não hesitou e condenou-o à crucificação. Para espanto dos carrascos, aceitou com alegria a sentença, afirmando que, se temesse o martírio, não estaria "pregando a grandeza da cruz, onde morreu Jesus".

Ficou dois dias pregado numa cruz em forma de "X"; antes, porém, despojou-se de suas vestes e bens, doando-os aos algozes. Conta a tradição que, um pouco antes de André morrer, foi possível ver uma grande luz envolvendo-o e apagando-se a seguir. Tudo ocorreu sob o império de Nero, em 30 de novembro do ano 60, data que toda a cristandade guarda para sua festa.

O imperador Constantino trasladou, em 357, de Patos para Constantinopla, as relíquias mortais de santo André, Apóstolo. Elas foram levadas para Roma, onde permanecem até hoje, na Catedral de Amalfi, só no século XIII. Santo André, Apóstolo, é celebrado como padroeiro da Rússia e Escócia.


Fonte: Paulinas

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Agradecido a Deus pela Unidade Arquidiocesana - Dom Orani agradece a todos por mais um ano de intenso trabalho

        Iniciamos um novo Ano Litúrgico neste final de semana, mas vivemos momentos tão marcantes na semana que finda que precisamos continuar a “Campanha pela Evangelização” de “anunciar a grande alegria” da salvação, reconhecendo as “maravilhas de Deus” em nossas vidas.
Alegro-me e congratulo-me, emocionado, com todas as forças vivas de nossa Igreja Arquidiocesana que, atendendo a um antigo desejo eclesial muito acalentado em meu coração, superlotaram, apesar da chuva de sábado passado, a nossa Igreja Mãe para o encerramento do Ano da Fé e, dentro deste, a ação de graças pelo seu evento mais significativo que foi a JMJRio 2013; para a comemoração do dia dos cristãos leigos e para a nossa Primeira Festa da Unidade Arquidiocesana. Nosso evento esteve unido à conclusão do “Ano da Fé” que o Santo Padre, o Papa Francisco, comemorou no Vaticano nesse mesmo final de semana. Necessitávamos de um momento em que todas as forças vivas da arquidiocese estivessem unidas também presencialmente, como ocorreu nessa abençoada celebração que pretendo que tenha continuidade daqui para frente.
         Como falei de início, ao saudar os fiéis que participaram das atividades logo às 14hs, com a transmissão ao vivo pela RedeVida de Televisão, WebTv Redentor e Rádio Catedral, é sempre bom estar junto ao Senhor. É sempre bom estarmos todos juntos, junto com Cristo na Eucaristia. Por isso, a Igreja do Rio de Janeiro deu um bonito testemunho de que respeitamos a nossa fé católica. Oramos, rezamos, contemplamos, meditamos, adoramos e louvamos a Deus com a participação de muitas pessoas, particularmente do Padre Reginaldo Manzotti, especial convidado para a nossa festa da Unidade.
         Na celebração eucarística, durante a minha homilia eu salientei três pontos que são fundamentais para a nossa vida de unidade arquidiocesana: primeiro: “Cristo Reina entre todos nós”. Segundo: “Senhor, aumenta a nossa fé”. Terceiro: “a Unidade Arquidiocesana”, testemunhada, vivida e evangelizada nos leva a vivê-la unidos um com o outro. Esse deverá ser o nosso compromisso até a próxima Festa da Unidade Arquidiocesana, na Festa de Jesus Cristo, Rei do Universo, de 2014 dentro do Ano da Caridade com visão na questão social, como nos pede o nosso Plano de Pastoral.
         Na nossa festa da Unidade Arquidiocesana fomos convocados a reconhecer que precisamos nos empenhar sempre mais na transmissão da fé católica a todos com os quais convivemos: em nossas casas, para as nossas crianças, educando nossos adolescentes e renovando a fé dos vacilantes, sem nos esquecermos dos que seguiram outras estradas que não aquelas queridas por Cristo e pela Igreja. E isso somente será possível se nos unirmos entre nós, o que deve acontecer como um “contágio do bem”, animando os irmãos na fé e aquecendo os corações para que retornem para a “casa”.
          Na Abertura do IV Congresso Missionário Americano e COMLA 9, que acontece nesta semana na Venezuela, na abertura o Cardeal Filoni, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos povos, fez referência à missa de envio ocorrida ao final da JMJ em Copacabana, recordando que a “missão continua”.
         A unidade é um magnífico dom de Deus. Mas a unidade é feita de maneira concreta por cada um dos batizados. Nosso Senhor Jesus Cristo rezou para que todos “fôssemos um”. Isso tem sido a minha tarefa desde que me ordenei sacerdote pela imposição das mãos do saudoso e querido Dom Tomas Vaquero, segundo Bispo de São João da Boa Vista, SP. Essa foi a meta de meu episcopado desde São José do Rio Preto, passando por Belém do Pará e, agora, com a graça de Deus, nas abençoadas terras da cidade maravilhosa do Rio de Janeiro.
         A unidade não significa uniformidade. A diversidade deve ser um tesouro e não um instrumento de separação. Vamos integrar o diferente, unificar o multiforme, respeitar as variedades de carismas e, em tudo, anunciar, proclamar, viver e testemunhar a unidade. Interessante e emocionante foi a conclusão de nossa formação geral do clero desta semana que finda, quando o conferencista, o Dr. Luis Marins, concluiu justamente com um texto sobre a “unidade na diversidade” de um sermão do Pe. Antônio Vieira!
         Para viver a unidade devemos superar o egoísmo, quebrar as barreiras, vencer o individualismo, rejeitar as falsas superioridades e sempre construir pontes que nos unam, a fim de anunciarmos as “alegrias do evangelho”, como nos pede a Exortação Apostólica do Papa Francisco, divulgada nesta semana e que precisaremos aprofundar muito.  Rezemos ao Divino Espírito Santo para que envie sobre a nossa Igreja Arquidiocesana, sobre cada um de nós a sua luz divina, renovando em nós a chama da fé, ascendendo o amor divino de Jesus, por que esse amor nos convoca a colocar em prática o que se canta na linda canção: "Que seja um: é o que eu quero mais! O teu amor é o que nos torna capazes. Sem medo algum, se amem mais. O teu espírito é quem age e faz!".
         Por isso, no Dia Nacional de Ação de Graças que tivemos a oportunidade de celebrar em Copacabana, e que ficou marcado com a presença dos milhões de jovens na JMJ Rio 2013, nós olhamos com carinho todos os eventos que o Senhor nos proporcionou e proporciona. Sim, mesmo a constatação da unidade quando as necessidades ocorrem demonstram o nosso “caminhar juntos”, como tem acontecido nestes últimos tempos. Louvado seja o Senhor por tudo!
         Num tempo em que a religião parece comércio, convido a todos para vivermos e testemunharmos o serviço. Diante de quem quer viver o individualismo, vamos proclamar o comunitário, aquilo que nos une. Vamos viver como irmãos, sejamos sempre irmãos e irmãs, superando a indiferença, o isolamento, a prepotência e o preconceito.
         Agradeço a todos os que prepararam esta importante manifestação da unidade arquidiocesana, à equipe do Ano da Fé, àqueles que agiram durante a celebração, aos convidados, a todos os movimentos, pastorais, associações, serviços, juntamente com as paróquias e seu povo que, motivados pelos nossos amados sacerdotes, acorreram em massa à nossa Catedral, aos nossos meios de comunicação, especialmente as mídias sociais que demonstraram o poder convocatório da nossa Arquidiocese, aos diversos grupos de serviço da Catedral de São Sebastião, nossos queridos bispos auxiliares Dom Roque e Dom Luís Henrique, pelo ingente empenho durante todo o Ano da Fé, e, acima de tudo, a todos os fiéis que participando de nossa festa da Unidade comprometeram-se a testemunhar Jesus Cristo pela Palavra de amor e de misericórdia! Te Deum Laudamus!
† Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Cantinho da Culinária - Sanduíche de forno

Sanduíche de forno

Olha aí uma receita que é super rápida e fácil de fazer para o nosso “CANTINHO DA CULINÁRIA“  uma boa sugestão para o seu final de semana é uma DELÍCIA ! 

Rendimento: 12 porções                                   Tempo de Preparo: 20min









Ingredientes

·      Manteiga para untar
·      1 pacote de pão de forma
·      1 copo de requeijão
·      200 g de queijo prato
·      200 g de queijo mussarela
·      200 g de presunto
·      Meio copo de leite
·      Tomate em rodela (opcional)
·      Orégano
·      Manjericão

     Modo de Fazer:

1.    Unte o refratário com manteiga, faça uma camada com pão de forma, cubra com requeijão
2.    Coloque uma camada de queijo prato, uma de presunto e mais uma de mussarela, mais uma camada de pão, requeijão, os queijos e o presunto, mais o tomate e os temperos, mais uma camada de pão e sobre esta última camada
3.    Coloque queijo mussarela e orégano
4.    Jogue o leite nas laterais do sanduíche e leve ao forno até dourar (10 minutos)

Na semana que vem, eu volto com mais uma receita para você arrasar na cozinha!

Beijos e lembrando que domingo começa um novo tempo, o Advento! E teremos
um mês de dezembro recheado de atividades para você! Acompanhe a
programação aqui no blog.









   Kátia Tahan

Evangelho: A lição da figueira


A lição da figueira. 

Lc 21,29-33

E Jesus contou-lhes uma parábola: “Olhai a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, basta olhá-las para saber que o verão está perto. Vós, do mesmo modo, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. Em verdade vos digo: esta geração não passará antes que tudo aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”.

São Saturnino de Toulouse - 29 de Novembro



De origem grega, são Saturnino é uma das devoções mais populares na França e na Espanha. A confirmação de sua vida emergiu junto com a descoberta de importantes escritos do cristianismo produzidos entre os anos 430 e 450. Conhecidos como a "Paixão de Saturnino", trouxeram dados enriquecedores sobre a primitiva Igreja de Cristo na Gália, futura França.

Esses documentos apontam Saturnino como primeiro bispo de Toulouse nos anos 250, sob o consulado de Décio. Era uma época em que a Igreja, naquela região, contava com poucas comunidades cristãs. Estava desorganizada desde 177, com o grande massacre dos mártires de Lyon. O número de fiéis diminuía sempre mais, enquanto nos dos templos pagãos as filas para prestar sacrifícios aos deuses parecia aumentar.

O relato continua dizendo que Saturnino, após uma peregrinação pela Terra Santa, iniciara a sua missão de evangelização no Egito, onde converteu um bom número de pagãos. Foi, então, para Roma e, fazendo uma longa viagem por vales e montanhas, atingiu a Gália.

Por onde andou, pregava com fervor, convertendo quase todos os habitantes que encontrava ao cristianismo. Consta que ele ordenou o futuro são Honesto e juntos foram para a Espanha, onde teria, também, batizado o agora são Firmino. Depois, regressou para Toulouse, mas antes consagrou o primeiro como bispo de Pamplona e o segundo para assumir a diocese de Amiens.

Saturnino fixou-se em Toulouse e logo foi consagrado como seu primeiro bispo. Embora houvesse um decreto do imperador proibindo e punindo com a morte quem participasse de missas ou mesmo de simples reuniões cristãs, Saturnino liderou os que o ignoravam. Continuou com o santo sacrifício da missa, a comunhão e a leitura do Evangelho.

Assim, ele e outros quarenta e oito cristãos acabaram descobertos reunidos e celebrando a missa num domingo. Foram presos e julgados no Capitólio de Toulouse. O juiz ordenou que o bispo Saturnino, uma autoridade da religião cristã, sacrificasse um touro em honra a Júpiter, deus pagão, para convencer os demais. Como se recusou, foi amarrado pelos pés ao pescoço do animal, que o arrastou pela escadaria do templo. Morreu com os membros esfacelados.

O seu corpo foi recolhido e sepultado por duas cristãs. No local, um século mais tarde, são Hilário construiu uma capela de madeira, que logo foi destruída. Mas as suas relíquias foram encontradas, no século VI, por um duque francês, que mandou, então, erguer a belíssima igreja dedicada a ele, chamada, em francês, de Saint Sernin du Taur, que existe até hoje com o nome de Nossa Senhora de Taur. O culto ao mártir são Saturnino, bispo de Toulouse, foi confirmado e mantido pela Igreja em 29 de novembro.


Fonte: Paulinas

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A religião não é um facto privado: adoremos Jesus até ao fim com confiança e fidelidade - o Papa na missa desta quinta-feira


Existem poderes mundanos que gostariam que a religião fosse uma coisa privada. Mas Deus, que venceu o mundo, deve-se adorar até ao fim com confiança e fidelidade. Esta a mensagem principal do Papa Francisco na missa desta quinta-feira na Casa de Santa Marta. Tal como as provas passadas por Jesus durante a sua vida: os insultos, as calúnias, a cruz – também todos os que n’Ele acreditam terão que enfrentar provações em nome da fé:

“Quando Jesus fala desta calamidade, noutra passagem diz-nos que será uma profanação do templo, uma profanação da fé, do povo: será a abominação, será a desolação da abominação. O que significa aquilo? Será como o triunfo do príncipe deste mundo: a derrota de Deus.”


Recordando a primeira leitura que nos conta o martírio de Daniel que é atirado para a fossa dos leões por ter adorado a Deus e não ao seu rei, o Papa Francisco considerou ser esta uma das provações que estamos a viver nos nossos dias - a proibição de adoração:


“ Não se pode falar de religião, é uma coisa privada, não é? Disto publicamente não se fala: Os símbolos religiosos são tolos. Temos que obedecer às ordens que vêm dos poderes mundanos. Podem-se fazer tantas coisas, coisas lindas, mas adorar Deus não. Proibição de adoração. Os cristãos que sofrem tempos de perseguição, tempos de proibição de adoração são uma profecia daquilo que nos acontecerá a todos.”
“Não tenhamos medo, apenas Ele nos pede fidelidade e paciência. Fidelidade como Daniel, que foi fiel ao seu Deus e adorou o seu Deus até ao fim. E paciência, porque os cabelos da nossa cabeça não caírão. Adorar até ao fim com confiança e fidelidade: esta a graça que devemos pedir esta semana.” 


Fonte: Radio Vaticano

Evangelho: Sinais


Sinais 

Lc 21,20-28

“Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima. Então, os que estiverem na Judeia fujam para as montanhas; os que estiverem na cidade afastem-se dela, e os que estiverem fora da cidade, nela nem entrem. Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra tudo o que dizem as Escrituras. Ai das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá grande angústia na terra e ira contra este povo. Serão abatidos pela espada e levados presos para todas as nações. E Jerusalém será pisada pelos pagãos, até que se complete o tempo marcado para eles. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, apavoradas com o bramido do mar e das ondas. As pessoas vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as potências celestes serão abaladas. Então, verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.”

Santa Catarina Labouré - 28 de Novembro



A breve jaculatória que os cristãos recitam há mais de um século: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”, foi ditada pela Bem-Aventurada Virgem, no dia 28 de julho de 1830, a uma filha da caridade.

“Vês os raios que saem das minhas mãos?”, perguntou-lhe a Virgem; “são as graças que não me são pedidas”. E a convidou a fazer com que aquela invocação fosse reproduzida em uma medalhinha e depois difundida entre os fiéis. Esta é, em poucas palavras, a história da “medalha milagrosa”, a qual teve e tem ainda ampla repercussão entre os devotos de Maria.

Por trás deste pequeno veículo das extraordinárias graças derramadas por Maria sobre a humanidade está a humilde figura de Catarina Labouré — santa que viveu à sombra uma existência silenciosa, mas produtiva, a serviço dos pobres.

Quando tinha 12 anos, sonhou com um homem de face luminosa e serena que ela não conhecia, o qual a chamou para este serviço. Viu-o depois numa pintura, quando pela primeira vez entrou no convento das filhas da caridade: era são Vicente de Paulo.

Catarina tinha uma numerosa família para cuidar, depois da prematura morte da mãe. E quando o pai, um modesto proprietário rural, soube do propósito da filha de tornar-se freira, opôs-se com todos os meios. Para dissuadi-la de uma escolha que privaria a família da ajuda financeira, mandou-a trabalhar em Paris, em um pequeno restaurante popular, freqüentado por operários e por muitos rapazes que trabalhavam nas fábricas.

Em Paris, em contato com a pobreza, Catarina fez amadurecer a própria vocação e, aos 23 anos, pôde finalmente ser acolhida entre as filhas da caridade e dedicar-se aos pobres, aos velhos abandonados, aos meninos de rua. Um serviço que ela não interrompeu nunca, pois o privilégio de ser escolhida pela Virgem para difundir a “medalha milagrosa” não modificou sua vida, feita de humilde e silencioso serviço aos pobres.


Fonte: Paulinas

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Quem pratica a misericórdia não teme a morte – o Papa Francisco na audiência-geral desta quarta-feira


Foi uma manhã muito fria que acolheu os milhares de peregrinos na Praça de S. Pedro que vieram a Roma saudar o Papa Francisco. Para levar a termo o ciclo de catequeses sobre o Credo, desenvolvidas durante o Ano da Fé, o Santo Padre tratou hoje e continuará na próxima semana o tema da ressurreição da carne. Hoje sob o prisma da morte em Cristo. 

“Há um modo errado de olhar a morte. A morte diz respeito a todos nós e interroga-nos de maneira profunda, especialmente quando nos toca de perto, ou quando atinge os mais pequenos, os indefesos numa maneira que se afigura “escandalosa”. Sempre me impressionou a pergunta: porque sofrem as crianças?, porque morrem as crianças? Se fôr entendido como o fim de tudo, a morte assusta, aterroriza, transforma-se em ameaça que quebra cada um dos sonhos, cada uma das prospetivas, que despedaça cada relação e interrompe cada caminho.”

Existe um modo equivocado de conceber a morte - disse o Santo Padre - para alguns, ela é o fim de tudo, um caminhar para o nada. Esta ideia é típica do pensamento ateu e só pode trazer medo e desilusão. Contudo, cada um de nós, ao perder uma pessoa amada, experimenta a convicção de que não pode ter acabado tudo. 

“Há um instinto potente dentro de nós, que nos diz que a nossa vida não acaba com a morte.”

Trata-se de uma sede de vida – considerou o Papa - , uma sede de vida que encontra na ressurreição de Cristo uma resposta real, que garante uma certeza de vida para além da morte. 

“Se vivemos unidos a Jesus, fieis a Ele, seremos capazes de enfrentar com esperança e serenidade também a passagem para a morte.”

O Santo Padre considerou então que, precisamente porque cremos que esta vida é uma peregrinação para a vida futura, é necessário estar vigilantes, preparando-nos para a morte, sobretudo, por meio da prática da misericórdia para com os mais fracos e necessitados, com quem Jesus se quis identificar de modo especial. Assim, a nossa morte será uma porta que nos introduzirá no Céu, para a nossa morada junto de Deus.

“Ele próprio identificou-se com eles, na famosa parábola do juízo final, quando diz: “Tive fome e deste-me de comer, tive sede e deste-me de beber, era estrangeiro e acolheste-me, nú e vestiste-me, doente e foste visitar-me, estava preso e vieste encontrar-me... Tudo aquilo que fazeis a um só destes meus irmãos mais pequenos, é a mim que o fazeis.”
“Quem pratica a misericórdia não teme a morte, porque a olha de frente nas feridas dos irmãos e supera-as com o amor de Jesus Cristo.”

No final da audiência o Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa em particular os grupos vindos do Brasil. A todos deu a sua benção. 


Fonte: Radio Vaticano

Evangelho: Oportunidade especial para anunciar


Oportunidade especial para anunciar 

Lc 21,12-19

“Antes disso tudo, porém, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e jogados na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. Será uma ocasião para dardes testemunho. Determinai não preparar vossa defesa, porque eu vos darei palavras tão acertadas que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. A alguns de vós matarão. Sereis odiados por todos, por causa de meu nome. Mas nem um só fio de cabelo cairá da vossa cabeça. É pela vossa perseverança que conseguireis salvar a vossa vida!”

Nossa Senhora das Graças - 27 de Novembro


A aparição de Nossa Senhora das Graças ocorreu no dia 27 de Novembro de 1830 a Santa Catarina Labouré, irmã de caridade (religiosa de S. Vicente Paulo). A santa encontrava-se em oração na capela do convento, em Paris (rua du Bac), quando a Virgem Santíssima lhe apareceu. Tratava-se de uma "Senhora de mediana estatura, o seu rosto tão belo e formoso... Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas ..."
A Santíssima Virgem disse: "Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem ...".


Formou-se então em volta de Nossa Senhora um quadro oval, em que se liam em letras de ouro estas palavras: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Nisto voltou-se o quadro e eu vi no reverso a letra M encimada por uma cruz, com um traço na base. Por baixo, os Sagrados Corações de Jesus e Maria - o de Jesus cercado por uma coroa de espinhos e a arder em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. Ao mesmo tempo ouvi distintamente a voz da Senhora a dizer-me: "Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxeram por devoção hão de receber grandes graças". 


O Arcebispo de Paris Dom Jacinto Luís de Quélen (1778-1839) aprovou, dois anos depois, em 1832, a medalha pedida por Nossa Senhora; em 1836 exortou todos os fiéis a usarem a medalha e a repetir a oração gravada em torno da Santíssima Virgem: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". 


Esta piedosa medalha - segundo as palavras do Papa Pio XII - "foi, desde o primeiro momento, instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, protecções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo lhe chamou desde logo Medalha Milagrosa".

terça-feira, 26 de novembro de 2013

O tempo é de Deus, o momento está nas nossas mãos e na liberdade de como usá-lo – o Papa na missa desta terça-feira


O ser humano tem nas suas mãos o momento, mas só Jesus Cristo é o Senhor do tempo. Esta a mensagem principal da homilia do Papa Francisco na Capela da Casa de Santa Marta nesta terça-feira dia 26 de novembro.

A oração ajuda-nos a discernir cada momento da vida para vivermos na esperança. O Santo Padre refletiu sobre o texto do Evangelho do dia no qual Jesus explica aos fieis no Templo que coisa deverá acontecer antes do fim da humanidade, assegurando que nem sequer o pior drama deverá atirar para o desespero quem crê em Deus:

“E o cristão é um homem ou uma mulher que sabe viver no momento e que sabe viver no tempo. O momento é aquele que temos na mão agora: mas este não é o tempo, este passa! Talvez nós nos possamos sentir patrões do momento, mas é um engano: o tempo não é nosso, o tempo é de Deus! O momento está nas nossas mãos e também na nossa liberdade de como usá-lo. E mais: nós podemos tornar-nos em soberanos do momento, mas do tempo só há um soberano, um só Senhor, Jesus Cristo.”

“E para conhecer os verdadeiros sinais, para conhecer o caminho que devo tomar neste momento é necessário o dom do discernimento e a oração para fazê-lo bem. A virtude para olhar o tempo deve ser dada pelo Senhor: é a esperança! Oração e discernimento para o momento; esperança para o tempo.”

O Santo Padre concluiu a sua homilia dizendo que o cristão sabe esperar o Senhor no final dos tempos. Homem e mulher do momento e do tempo: de oração, discernimento e esperança.

“O cristão sabe esperar o Senhor no final dos tempos. Homem e mulher do momento e do tempo: de oração e discernimento e de esperança. Que o Senhor nos dê a graça de caminhar com a sabedoria, que também é um dom d’Ele: a sabedoria que em cada momento nos leve a rezar e a discernir. E no tempo, que é o mensageiro de Deus, nos faça viver com esperança.”


Fonte: Radio Vaticano

"A alegria do Evangelho": publicada a Exortação Apostólica do Papa Francisco sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual


"A alegria do evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus": assim inicia a Exortação Apostólica "Evangelii Gaudium" com a qual o Papa Francisco desenvolve o tema do anúncio do Evangelho no mundo de hoje, recolhendo por outro lado a contribuição dos trabalhos do Sínodo que se realizou no Vaticano de 7 a 28 de Outubro de 2012, com o tema "A nova evangelização para a transmissão da fé". "Desejo dirigir-me aos fiéis cristãos - escreve o Papa - para os convidar a uma nova etapa de evangelização marcada por esta alegria e indicar direções para o caminho da Igreja nos próximos anos" (1). 


O Papa convida a "recuperar a frescura original do Evangelho”, encontrando "novas formas" e "métodos criativos", sem deixarmos enredar Jesus nos nossos "esquemas monótonos" (11). Precisamos de uma "uma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão" (25). Requer-se uma "reforma das estruturas" eclesiais para que "todas se tornem mais missionárias" (27) . O Pontífice pensa também numa "conversão do papado", para que seja "mais fiel ao significado que Jesus Cristo lhe quis dar e às necessidades atuais da evangelização". A esperança de que as Conferências Episcopais pudessem dar um contributo para que "o sentido de colegialidade" se realizasse “concretamente” – afirma o Papa - "não se realizou plenamente" (32). E’ necessária uma “saudável descentralização" (16). Nesta renovação não se deve ter medo de rever costumes da Igreja "não diretamente ligados ao núcleo do Evangelho, alguns dos quais profundamente enraizados ao longo da história" (43) .


Sinal de acolhimento de Deus é "ter por todo o lado igrejas com as portas abertas" para que os que vivem uma situação de procura não encontrem "a frieza de uma porta fechada". "Nem mesmo as portas dos Sacramentos se deveriam fechar por qualquer motivo". O Papa Francisco reafirma preferir uma Igreja "ferida e suja por ter saído pelas estradas, em vez de uma Igreja... preocupada em ser o centro e que acaba por ficar prisioneira num emaranhado de obsessões e procedimentos. Se algo nos deve santamente perturbar ... é que muitos dos nossos irmãos vivem "sem a amizade de Jesus” (49).


O Papa aponta as "tentações dos agentes da pastoral": o individualismo, a crise de identidade, o declínio no fervor (78). "A maior ameaça" é "o pragmatismo incolor da vida quotidiana da Igreja, no qual aparentemente tudo procede na faixa normal, quando na realidade a fé se vai desgastando" (83). Exorta a não se deixar levar por um "pessimismo estéril " (84 ) e a sermos sinais de esperança (86) aplicando a "revolução da ternura" (88). 


O Papa lança um apelo às comunidades eclesiais para não caírem em invejas e ciúmes: “dentro do povo de Deus e nas diversas comunidades, quantas guerras!" (98). "A quem queremos nós evangelizar com estes comportamentos?" (100). Sublinha a necessidade de fazer crescer a responsabilidade dos leigos, mantidos "à margem nas decisões" por um "excessivo clericalismo" (102). Afirma que "ainda há necessidade de se ampliar o espaço para uma presença feminina mais incisiva na Igreja", em particular "nos diferentes lugares onde são tomadas as decisões importantes" (103). "As revindicações dos direitos legítimos das mulheres ... não se podem sobrevoar superficialmente" (104). Os jovens devem ter "um maior protagonismo" (106). (…)


Abordando o tema da inculturação, o Papa lembra que "o cristianismo não dispõe de um único modelo cultural" e que o rosto da Igreja é "multiforme" (116). "Não podemos esperar que todos os povos ... para expressar a fé cristã, tenham de imitar as modalidades adoptadas pelos povos europeus num determinado momento da história" (118). O Papa reitera "a força evangelizadora da piedade popular" (122) e incentiva a pesquisa dos teólogos. 

O Papa detém-se depois, "com uma certa meticulosidade, na homilia", porque "são muitas as reclamações em relação a este importante ministério e não podemos fechar os ouvidos" (135). A homilia "deve ser breve e evitar de parecer uma conferência ou uma aula " (138), deve ser capaz de dizer "palavras que façam arder os corações", evitando uma "pregação puramente moralista ou para endoutrinar" (142). Sublinha a importância da preparação." (…) O próprio anúncio do Evangelho deve ter características positivas: "proximidade, abertura ao diálogo, paciência, acolhimento cordial que não condena" (165).


Falando dos desafios do mundo contemporâneo, o Papa denuncia o atual sistema econômico, que "é injusto pela raiz" (59). "Esta economia mata" porque prevalece a "lei do mais forte". A atual cultura do "descartável" criou "algo de novo": “os excluídos não são ‘explorados’, mas ‘lixo’, 'sobras'" (53). Vivemos uma "nova tirania invisível, por vezes virtual" de um "mercado divinizado", onde reinam a "especulação financeira", "corrupção ramificada", "evasão fiscal egoísta" (56). Denuncia os "ataques à liberdade religiosa" e as "novas situações de perseguição dos cristãos ... Em muitos lugares trata-se pelo contrário de uma difusa indiferença relativista" (61). A família - continua o Papa - "atravessa uma crise cultural profunda. 


O Papa reafirma "a íntima conexão entre evangelização e promoção humana" (178 ) e o direito dos Pastores a "emitir opiniões sobre tudo o que se relaciona com a vida das pessoas" (182). "Ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião à secreta intimidade das pessoas, sem qualquer influência na vida social". "A política, tanto denunciada" - diz ele - "é uma das formas mais preciosas de caridade". "Rezo ao Senhor para que nos dê mais políticos que tenham verdadeiramente a peito ... a vida dos pobres!" Em seguida, um aviso: "qualquer comunidade dentro da Igreja" que se esquecer dos pobres corre "o risco de dissolução" (207) .


O Papa convida a cuidar dos mais fracos: "os sem-tecto, os dependentes de drogas, os refugiados, os povos indígenas, os idosos cada vez mais sós e abandonados" e os migrantes, em relação aos quais o Papa exorta os Países "a uma abertura generosa" (210 ). "Entre estes fracos que a Igreja quer cuidar" estão "as crianças em gestação, que são as mais indefesas e inocentes de todos, às quais hoje se quer negar a dignidade humana" (213) . "Não se deve esperar que a Igreja mude a sua posição sobre esta questão ... Não é progressista fingir resolver os problemas eliminando uma vida humana" (214). Neste contexto, um apelo ao respeito de toda a criação: "somos chamados a cuidar da fragilidade das pessoas e do mundo em que vivemos" ( 216) . 

Quanto ao tema da paz, o Papa afirma que é "necessária uma voz profética" quando se quer implementar uma falsa reconciliação "que mantém calados" os pobres, enquanto alguns "não querem renunciar aos seus privilégios" (218). Para a construção de uma sociedade "em paz, justiça e fraternidade" indica quatro princípios: "trabalhar a longo prazo, sem a obsessão dos resultados imediatos"; "operar para que os opostos atinjam "uma unidade multifacetada que gera nova vida"; "evitar reduzir a política e a fé à retórica; colocar em conjunto globalização e localização.


"A evangelização - prossegue o Papa - também implica um caminho de diálogo", que abre a Igreja para colaborar com todas as realidades políticas, sociais, religiosas e culturais (238). O ecumenismo é "uma via imprescindível da evangelização". Importante o enriquecimento recíproco: "quantas coisas podemos aprender uns dos outros!". Por exemplo, “no diálogo com os irmãos ortodoxos, nós os católicos temos a possibilidade de aprender alguma coisa mais sobre o sentido da colegialidade episcopal e a sua experiência de sinodalidade" (246). "O diálogo e a amizade com os filhos de Israel fazem parte da vida dos discípulos de Jesus" (248). "O diálogo inter-religioso", que deve ser conduzido "com uma identidade clara e alegre", é "condição necessária para a paz no mundo" e não obscurece a evangelização (250-251). "Diante de episódios de fundamentalismo violento", a Exortação Apostólica convida a "evitar odiosas generalizações, porque o verdadeiro Islão e uma adequada interpretação do Alcorão se opõem a toda a violência" (253). Contra a tentativa de privatizar as religiões em alguns contextos, o Papa afirma que "o respeito devido às minorias de agnósticos ou não-crentes não se deve impor de forma arbitrária, que silencie as convicções das maiorias de crentes ou ignore a riqueza das tradições religiosas" (255). Reafirma, assim, a importância do diálogo e da aliança entre crentes e não-crentes (257) .


O último capítulo é dedicado aos "evangelizadores com o Espírito", aqueles "que se abrem sem medo à ação do Espírito Santo", que "infunde a força para anunciar a novidade do Evangelho com ousadia, em voz alta e em todo o tempo e lugar, mesmo em contracorrente" (259). Trata-se de "evangelizadores que rezam e trabalham" (262), na certeza de que "a missão é uma paixão por Jesus mas, ao mesmo tempo, uma paixão pelo seu povo" (268): "Jesus quer que toquemos a miséria humana, que toquemos a carne sofredora dos outros" (270). "Na nossa relação com o mundo – esclarece o Papa - somos convidados a dar a razão da nossa esperança, mas não como inimigos que apontam o dedo e condenam" (271). "Pode ser missionário - acrescenta ele - apenas quem busca o bem do próximo, quem deseja a felicidade dos outros" (272): "se eu conseguir ajudar pelo menos uma única pessoa a viver melhor, isto já é suficiente para justificar o dom da minha vida" (274)


Fonte: Radio Vaticano

Edições Loyola lançará no Brasil A lista de Bergoglio - A história, jamais contada, agora revelada neste livro


A partir da segunda quinzena de janeiro de 2014, Edições Loyola lançará no Brasil A lista de Bergoglio, novo livro-reportagem do jornalista italiano Nello Scavo. A obra, que já conta com uma possível adaptação para o cinema e cujo prefácio é assinado pelo Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, foi lançada recentemente na Itália e em Portugal e será traduzida em oito idiomas.

Esta obra de Scavo retrata, sob o olhar de paz, piedade, compaixão e condescendência do Papa Francisco, o terror vivido na Argentina quando a ditadura eclodiu e os militares tomaram o poder. Foram 30 mil desaparecidos, 15 mil fuzilados, 500 recém-nascidos tirados de suas mães condenadas à morte pelo regime militar, e mais de 2 milhões de exilados que presenciaram o trágico golpe de 24 de março de 1976, na Argentina.

A lista de Bergoglio cobre o “Drama dos desaparecidos”, por meio de relatos de pessoas dissidentes, sindicalistas, sacerdotes, estudantes, intelectuais, crentes em Deus ou não, concedidos em entrevista a Nello Scavo. Destaca a história de pessoas salvas pelo então sacerdote jesuíta Jorge Mario Bergoglio, entre elas, o sindicalista Gonzalo Mosca, escondido no Colégio Máximo como “estudante em retiro espiritual”, posteriormente deportado para o Brasil, e relata testemunhos emocionantes de perseguidos políticos, entre eles, o do jesuíta e teólogo argentino Juan Carlos Scannone, no qual revela a estimativa da lista das pessoas (mais 100) que padre Bergoglio colocou em locais seguros.

A carta inédita escrita por Bergoglio à família do Padre Franz Jalics, um dos dois jesuítas sequestrados e torturados na Escola Superior de Mecânica da Armada (ESMA), também é mencionada no livro, além do encontro de Bergoglio com o almirante Emilio Eduardo Massera, para pedir a libertação imediata dos dois jesuítas detidos.

Scavo também relata a história dos três seminaristas do bispo mártir Enrique Angelelli, procurados pelo regime militar, que também foram escondidos por Bergoglio no Colégio.

Segundo o editor de Edições Loyola, Marcelo Perine, esta obra permitirá que os brasileiros desvendem os mistérios de uma história verídica que nunca foi contada.
O exemplar, que será vendido por R$ 38,00, já está disponível para reserva antecipada, pelo telefone: (11) 3385-8500 ou pelo e-mailvendas@loyola.com.br


Serviço:
Título: A lista de Bergoglio Autor: Nello Scavo
Formato: 14 x 21 cm
Páginas: 212
Preço: R$ 38,00

Evangelho: Jesus e o Templo


Jesus e o Templo 

Lc 21,5-11

Algumas pessoas comentavam a respeito do templo, que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: “Admirais essas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. Mas eles perguntaram: “Mestre, quando será, e qual o sinal de que isso está para acontecer?”. Ele respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’, e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não andeis atrás dessa gente! Quando ouvirdes falar em guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que essas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”. E Jesus continuou: “Há de se levantar povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em vários lugares; acontecerão coisas pavorosas, e haverá grandes sinais no céu”.

S. João Berchmans, jovem seminarista - 26 de Novembro


João Berchmans nasceu em Diest (Bélgica), em 1599. De família muito humilde, teve que trabalhar como criado para pagar os seus estudos. Não pôde realizar outra coisa em sua vida mais do que ser estudante. Contudo, viveu toda a vida sob o império da santidade. Cada um dos seus actos era realizado como numa competição consigo mesmo. Foi chamado o mestre do detalhe na santidade, “Maximus in minimus” era seu lema. Assim, em Berchmans o heróico ganhou um novo sentido, ou como ele mesmo escrevia: “Minha penitência, a vida diária”. Entrou para a Companhia em 1616 e fazia a filosofia quando adoeceu e morreu em 1621. Amorosamente fiel às regras, humilde, colega sempre alegre e gentil, estudante esforçado, tornou-se padroeiro da juventude e modelo de obediência e amor à Companhia. Canonizado por Leão XIII em 1888.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Pascom e Acolhimento lançam campanha para todos decorarem a árvore de natal.


Dar graças a Deus pelo dom que foi o Ano da Fé e reativar a missão, a partir do testemunho: Papa aos Voluntários


“Uma fé vivida em profundidade e convictamente tende a abrir-se com amplo horizonte ao anúncio do Evangelho”. Palavras do Papa Francisco, nesta segunda-feira, recebendo no Palácio Apostólico trezentos voluntários que colaboraram na organização e nas iniciativas do Ano da Fé promovidas pelo Conselho para a Nova Evangelização. O Santo Padre reafirmou que “o Ano da Fé foi para os crentes uma ocasião providencial para reavivar a chama da fé”.
“Em nome da Igreja, agradeço-vos. E juntos demos graças ao Senhor por todo o bem que nos concede realizar”.


Neste “tempo de graça” que foi o Ano da Fé – prosseguiu o Papa – “tivemos ocasião de redescobrir o essencial do caminho cristão, no qual a fé, juntamente com a caridade, ocupa o primeiro lugar”. 
O Papa convidou pois a “louvar o Senhor pela intensidade espiritual e pelo ardor apostólico suscitados por tantas iniciativas pastorais promovidas nestes meses em Roma e todas as partes do mundo”.

 
“Somos testemunhas de que a fé é capaz de aquecer os corações, tornando-se realmente a força motriz da nova evangelização”.
“É esta fé que torna missionárias as nossas comunidades. E de facto precisamos de comunidades cristãs empenhadas num apostolado corajoso, que atinja as pessoas nos seus ambientes, mesmo os mais difíceis”. 
Muitos são os que têm necessidade de um gesto humano, de um sorriso, de uma palavra verdadeira, de um testemunho através do qual possam sentir a proximidade de Jesus Cristo! “Que a ninguém falte este sinal de amor e de ternura que nasce da fé” – exortou o Papa Francisco.
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O Santo Padre recebeu também, nesta segunda-feira de manhã, em audiências sucessivas:
- o Presidente da República do Paraguay, Horácio Manuel Carte Jara, com o séquito;
- o Embaixador da Costa do Marfim, Joseph Tebah-Klah, em visita de despedida.

Esta tarde, às 17 horas, terá lugar a anunciada audiência do Papa ao Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, acompanhado do respectivo séquito.


Fonte: Radio Vaticano

Evangelho: A oferta da viúva pobre


A oferta das viúva pobre. 

Lc 21,1-4

Ao levantar os olhos, Jesus viu pessoas ricas depositando ofertas no cofre. Viu também uma viúva necessitada que deu duas moedinhas. E ele comentou: “Em verdade, vos digo: esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. Pois todos eles depositaram como oferta parte do que tinham de sobra, mas ela, da sua pobreza, ofereceu tudo que tinha para viver”.

Santa Catarina de Alexandria - 25 de Novembro



A vida e o martírio de Catarina de Alexandria estão de tal modo mesclados às tradições cristãs que ainda hoje fica difícil separar os acontecimentos reais do imaginário de seus devotos, espalhados pelo mundo todo. Muito venerada, o seu nome tornou-se uma escolha comum no batismo, e em sua honra muitas igrejas, capelas e localidades são dedicadas, no Oriente e no Ocidente. O Brasil homenageou-a com o estado de Santa Catarina, cuja população a festeja como sua celestial padroeira.

Alguns textos escritos entre os séculos VI e X , que se reportam aos acontecimentos do ano 305, tornaram pública a empolgante figura feminina de Catarina. Descrita como uma jovem de dezoito anos, cristã, de rara beleza, era filha do rei Costus, de Alexandria, onde vivia no Egito. Muito culta, dispunha de vastos conhecimentos teológicos e humanísticos. Com desenvoltura, modéstia e didática, discutia filosofia, política e religião com os grandes mestres, o que não era nada comum a uma mulher e jovem naquela época. E fazia isso em público, por isso era respeitada pelos súditos da Corte que seria sua por direito.

Entretanto esses eram tempos duros do imperador romano Maximino, terrível perseguidor e exterminador de cristãos. Segundo os relatos, a história do martírio da bela cristã teve início com a sua recusa ao trono de imperatriz. Maximino apaixonou-se por ela, e precisava tirá-la da liderança que exercia na expansão do cristianismo. Tentou, oferecendo-lhe poder e riqueza materiais. Estava disposto a divorciar-se para casar-se com ela, contanto que passasse a adorar os deuses egípcios.

Catarina recusou enfaticamente, ao mesmo tempo que tentou convertê-lo, desmistificando os deuses pagãos. Sem conseguir discutir com a moça, o imperador chamou os sábios do reino para auxiliá-lo. Eles tentaram defender suas seitas com saídas teóricas e filosóficas, mas acabaram convertidos por Catarina. Irado, Maximino condenou todos ao suplício e à morte. Exceto ela, para quem tinha preparado algo especial.

Mandou torturá-la com rodas equipadas com lâminas cortantes e ferros pontiagudos. Com os olhos elevados ao Senhor, rezou e fez o sinal da cruz. Então, ocorreu o prodígio: o aparelho desmontou. O imperador, transtornado, levou-a para fora da cidade e comandou pessoalmente a sua tortura, depois mandou decapitá-la. Ela morreu, mas outro milagre aconteceu. O corpo da mártir foi levado por anjos para o alto do monte Sinai. Isso aconteceu em 25 de novembro de 305.

Contam-se aos milhares as graças e os milagres acontecidos naquele local por intercessão de santa Catarina de Alexandria. Passados três séculos, Justiniano, imperador de Bizâncio, mandou construir o Mosteiro de Santa Catarina e a igreja onde estaria sua sepultura no monte Sinai. Mas somente no século VIII conseguiram localizar o seu túmulo, difundindo ainda mais o culto entre os fiéis do Oriente e do Ocidente, que a celebram no dia de sua morte.

Ela é padroeira da Congregação das Irmãs de Santa Catarina, dos estudantes, dos filósofos e dos moleiros - donos e trabalhadores de moinho. Santa Catarina de Alexandria integra a relação dos quatorze santos auxiliares da cristandade.


Fonte: Paulinas