sábado, 31 de janeiro de 2015

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Conselhos da Bíblia para cada situação da vida - Prof.Felipe Aquino

Ler a Sagrada Escritura significa pedir o conselho de Cristo


“Ler a Sagrada Escritura significa pedir o conselho de Cristo.” São Francisco de Assis

Por ser Palavra de Deus, a Bíblia nunca envelhece, nem caduca; ela fala-nos hoje como para além dos séculos. Cristo é o centro da Sagrada Escritura. O Antigo Testamento o anuncia em figuras e na esperança; o Novo Testamento o apresenta como modelo vivo.

Devemos compreender que a Bíblia é a Palavra de Deus escrita para os homens e pelos homens;logo, ela apresenta duas faces: a divina e a humana.

Logo, para poder interpretá-la bem é necessário o reconhecimento da sua face humana, para depois, compreender a sua mensagem divina.

Nas Sagradas escrituras encontramos força e ensinamentos para diversas situações em nossas vidas.

Leia hoje, um CONSELHO de DEUS para você, QUE:

Está perdendo as esperanças: Rm 12, 12-16; Sl 125,6; Sl 55,5

O remorso o corrói:  Fl 3, 13 -14

Está passando por humilhações: Eclo 2, 2-4; 1 Pe 5,5-6

Sente-se abatido pelos inimigos: Mt 5,38-39.44; 6,14

Precisa dar o perdão a alguém: Mt 18,21-22

Sente-se desanimado: Fl 4,13, Mac 3,18

Sente enfraquecida sua fé: Rm 1, 17, Hb 12,6

Sente-se fraco e abatido: 2Cor 12,9-10; Mc 9,23

Passa por um momento de dúvidas: Jo 11,40; Sl 16, 3; 36,3-7

Está aflito: Mt 11,28-30

Passa por grande sofrimento: Lc 9,23; Rm 8,18

Permite que a raiva invada seu coração: Tg 1,19-20; Rm 12,14;Ef 4,26

Deixa-se dominar pelo medo: Lc 8,50; Rm 8,31; Sl 26,1

Sente-se sufocado pelas preocupações  da vida: 1 Pd 5,7; Mt 6,30-31

Luta contra a tentação: 1Cor 10,13

Sente-se provado em sua fé: Tg 1,12; 1 Pd 4,12; Eclo 2,5

Está triste: Fl 4,4; Eclo 30, 22-26

Tem um coração agradecido: 1Ts 5, 16


Fonte: Aletéia

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Os padres podem tirar férias?

As férias de um sacerdote são como as férias de uma mãe: entenda por quê


Sabemos que os padres são padres durante a vida inteira, o ano inteiro, o tempo todo, nas 24 horas do dia, pois nunca se esquecem de que a prioridade da vida sacerdotal é a dedicação plena a Deus e ao seu reino; portanto, é uma dedicação permanente. Neste sentido, o sacerdote não tem férias ou descanso.
 
No entanto, o Código de Direito Canônico diz que os padres devem ter anualmente um devido e suficiente tempo de férias (cânon 283, 2). Isso responde às determinações do Concílio Vaticano II (“Presbyterorum Ordinis”, 20).
 
Cabe recordar eu grande parte dos serviços ministeriais não podem ser interrompidos pelas férias dos padres, e o Código de Direito Canônico prevê a devida e necessária suplência.
 
É uma necessidade e um dever de justiça que o Papa, os bispos, os sacerdotes e diáconos, como qualquer outra pessoa, tenham direito a um devido e suficiente tempo de férias, um tempo para respirar outros ares, para depois voltar às suas ocupações e atender, entre outras obrigações, o escritório paroquial cheio de gente necessitada em qualquer aspecto da vida.
 
Este direito é inviolável, indiferentemente da crise de vocações que a Igreja mais ou menos vive em uma ou outra realidade do mundo.
 
Os sacerdotes têm direito a esse tempo, pois eles trabalham ou estão disponíveis para o serviço pastoral praticamente todos os dias do ano.
 
Quanto tempo devem durar as férias?
 
O Direito Canônico (cânon 533, 2) dá ao sacerdote o direito de ausentar-se da paróquia pelo período de um mês, em regime de férias, salvo que obste uma causa grave.
 
Ainda que os padres possam tirar 30 dias de férias, é muito difícil que o façam de maneira completa ou ininterrupta; alguns não têm esse tempo e outros não querem fazê-lo. Então, cada um decidirá o tempo que mais lhe convém, dependendo das circunstâncias e necessidades de cada um.
 
Muitos padres moram em outros países e chegam a ficar anos longe de suas famílias. Alguns utilizam o tempo de férias para realizar algum tratamento médico, outros para solucionar assuntos pessoais, outros para formação, para fazer alguma peregrinação especial etc.
 
Este tempo de férias é curto quando comparado aos dias de folga dos leigos, que têm, além de suas férias, dois dias livres por semana, sem contar os dias festivos de caráter religioso – quando os padres mais trabalham.
 
Férias de mãe
 
No entanto, quando um padre está de férias, ele não deixa de exercer seu ministério no lugar onde se encontrar; suas férias são apenas uma ausência temporal da sua respectiva paróquia.
 
Um sacerdote pode tirar férias de sua função de pároco, mas jamais tira férias da sua vocação de padre. Ser pároco é uma função específica, mas ser padre é uma vocação; não se pode deixar de ser sacerdote.
 
É óbvio que isso não exclui que o sacerdote possa ter momento de relax, de exercício físico, passeios etc. Mas suas férias são como “férias de mãe”: uma mãe pode ir a qualquer lugar, mas continua igualmente sendo mãe e velando sempre pelos seus filhos, em todo sentido da palavra.
 
Mais ainda: há padres que dedicam suas férias a substituir outros padres, em espírito de caridade fraterna.
 
Outra coisa a ser levada em consideração é que o sacerdote, durante este período de férias, não se desentende totalmente da sua realidade pastoral, pois, além de deixar tudo organizado e previsto, continua em contato com os que o substituem em com os demais agentes pastorais da paróquia.
 
Os paroquianos precisam ser compreensivos se a intensidade da vida paroquial diminuir devido à ausência temporal do pároco.
 
O tempo de férias precisa ser vivido com coerência. Não é um período para secularizar-se, nem um tempo para deixar de estar vigilantes, porque o demônio não descansa nunca.
 
O que o sacerdote – como qualquer outra pessoa – precisa fazer para ter autênticas férias, é apoiar-se em Jesus Cristo.


Fonte: Aletéia

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Nota de Esclarecimento sobre as capelas

A Pastoral da Comunicação (Pascom) da Paróquia Nossa Senhora do Bonsucesso de Inhaúma vem por meio desta informar a todos os fiéis católicos de nossa região paroquial que o nosso pároco, Padre Thiago Azevedo, volta a assumir o trabalho pastoral nas capelas São Jerônimo Emiliani e São Miguel Arcanjo, nas comunidades da Varginha e do Mandela, respectivamente; e que o Padre Gilmar Souza da Silva, juntamente com os padres da Paróquia Nossa Senhora da Consolata, assumem as capelas Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora de Fátima e São Pedro, em Benfica.  
 
Capela de São Jerônimo Emiliani
Altar da São Jerônimo Emiliani


Tal ação se deu em função do falecimento do Padre Jorge Luiz Assis Costa, que confortado pelos sacramentos, retornou a casa do Pai no último dia 11 de janeiro. O sacerdote servia nas comunidades pertencentes ao Complexo de Manguinhos e ao bairro de Benfica, onde trabalhava para criar uma nova paróquia.   
 
Capela de São Miguel Arcanjo
Altar da São Miguel Arcanjo


O retorno das capelas ao pastoreio dos padres Thiago Azevedo e Gilmar Souza da Silva, também reforça o compromisso do nosso Cardeal Arcebispo Dom Orani João Tempesta e da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro de não deixar nenhuma comunidade de nossa cidade, que neste ano completa seus 450 anos, sem a presença da Igreja.

Obedientes a Santa Igreja, Padre Thiago e Padre Gilmar acolhem o pedido do Cardeal Orani Tempesta até que o mesmo, inspirado pela ação do Espírito Santo, envie um novo sacerdote para conduzir o rebanho existente nas comunidades da Varginha e do Mandela, e no bairro de Benfica. Desta forma, o pároco da Paróquia Nossa Senhora do Bonsucesso de Inhaúma fica responsável não só pela Matriz e Capela São José – situada na comunidade do Amorim –, como também, temporariamente, pelas capelas São Jerônimo Emiliani e São Miguel Arcanjo. O mesmo acontece com Padre Gilmar que, além de conduzir a Paróquia Nossa Senhora da Consolata, cuida temporariamente das capelas Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora de Fátima e São Pedro.
 
Capela de São José
Altar da São José


Rezemos para que Deus os abençoe neste pastoreio e peçamos a intercessão de Nossa Senhora do Bonsucesso de Inhaúma e de Nossa Senhora da Consolata para esta nova missão que a Igreja lhes confiou.

Texto: Raphael Freire
Fotos: Padre Thiago Azevedo

5 sugestões para sermos católicos corajosos em nosso local de trabalho

A fé que professamos faz parte de quem somos e não pode ficar escondida


Será que alguma vez nós paramos para pensar em quantas vezes por dia o nosso pensamento e as nossas ações como católicos são influenciados pela preocupação equivocada com o que os outros acham de nós?

Durante o dia, quantas vezes perdemos oportunidades de defender a Cristo ou de partilhar a nossa fé? Por exemplo, na conversa que evitamos com um colega de trabalho que está perturbado... Na nossa recusa a fazer publicamente o sinal da cruz e a rezar antes das nossas refeições... Na nossa relutância em contestar alguém que está atacando a Igreja...

E quanto àquela pessoa que guarda uma silenciosa curiosidade sobre a fé católica e só está esperando um convite para assistir à missa conosco? Será que paramos para pensar que o empurrãozinho que falta para ela se aproximar de Deus poderia depender apenas do nosso exemplo de fé praticada?

Muitas vezes, uma preocupação inoportuna com as possíveis opiniões negativas dos outros nos impede de abraçar as nossas responsabilidades de fé. No entanto, é claro como a luz do dia que Jesus espera que nós compartilhemos abertamente a nossa fé e o reconheçamos diante dos outros: "Todo aquele que me confessar diante dos outros, eu o confessarei diante do meu Pai que está no céu. Mas todo aquele que me negar diante dos homens, eu o negarei diante do meu Pai que está no céu" (Mt 10, 32-33).

De Jesus, aprendemos que ser católicos corajosos e fiéis no ambiente de trabalho e em público não é algo a esconder ou de que se envergonhar. Cristo é o nosso maior exemplo de pessoa que não se deixa levar pela opinião dos outros. Ele sempre ensinou a verdade, independentemente de quem o ouvia ou de onde Ele estava.

Seus próprios inimigos reconheceram este aspecto do testemunho de Cristo: "Mestre, sabemos que és um homem sincero e que ensinas o caminho de Deus de acordo com a verdade. E não te preocupas com a opinião de ninguém, porque não levas em consideração a condição das pessoas" (Mt 22,16).

O escritor de espiritualidade Francis Fernandez, em seu livro “Conversando com Deus”, faz a seguinte observação sobre a corajosa partilha da verdade: "Cristo pede que os Seus discípulos o imitem nesta prática. Os cristãos devem promover e defender o seu bem merecido prestígio profissional, moral e social, uma vez que ele pertence à essência da dignidade humana. Esse prestígio também é um componente importante do nosso apostolado pessoal. No entanto, não devemos nos esquecer de que a nossa conduta enfrentará a barreira daqueles que se opõem abertamente à moral cristã e daqueles que praticam uma versão diluída de sua fé. É possível que o Senhor nos peça o sacrifício do nosso bom nome e até mesmo da nossa vida. Com a ajuda de Sua graça, lutaremos para fazer a Sua vontade. Tudo o que temos pertence ao Senhor".

Fernandez prossegue dizendo que, em situações difíceis, não devemos ceder à tentação do caminho mais fácil, pois ele pode nos levar para longe de Deus. O que devemos fazer é tomar a decisão que fortalece a nossa fé. O nosso jeito de agir nas situações difíceis (assim como em qualquer momento ao longo de cada dia) reflete o tipo de cristãos que somos de verdade. Não tomar partido por Cristo, não partilhar abertamente as nossas crenças verdadeiras, pode ser um dos maiores obstáculos para crescermos na fé (e também para o crescimento de quem está ao nosso redor e vê o nosso exemplo).

É bem provável que você se preocupe com o que os outros pensam, já que esta parece ser uma tendência natural do ser humano. Todos nós queremos ser amados, respeitados e incluídos. O fato é que não podemos separar o nosso ser espiritual do nosso ser físico.


A fé que professamos faz parte de quem somos e não pode ser escondida. Um dos erros mais graves do nosso tempo é a dicotomia entre a fé que muitos professam e a prática da sua vida diária. O cristão que dribla os seus deveres para com o próximo negligencia o próprio Deus e põe em perigo a sua salvação eterna (cf. Gaudium et Spes).
 
Quanto mais formos capazes de professar a nossa fé, mais fácil será praticar as ações da fé. Por isso, proponho cinco pensamentos sobre como superar o medo do que os outros pensam de nós, a fim de sermos mais corajosos e transmitirmos um bom exemplo da nossa fé católica:

1. Atrava-se a pedir: “Mostre-me o manual”.
Já ouvi muitas pessoas dizerem que a manifestação da nossa fé católica no local de trabalho pode ir "contra as políticas da empresa". Você realmente chegou a ver alguma regra escrita proibindo fazer o sinal da cruz, rezar antes das refeições em silêncio e no seu próprio lugar ou ir à missa no horário de almoço? Será que grande parte dos nossos medos não se baseia na falsa impressão de uma possível perseguição, em vez de se basear na realidade? Por que não exercemos o nosso direito de viver a nossa vida de acordo com a nossa fé? Se fizermos isso, de maneira respeitosa e sensata, não vamos apenas achar o trabalho mais agradável, como também podemos inspirar os outros a fazer o mesmo.

2. Dê testemunho com o seu exemplo pessoal e transmita a luz de Cristo aos outros.
Pense na sua própria jornada de fé, no caminho que você trilhou até chegar aqui, em como você vive a fé no dia-a-dia, na importância que a fé tem na sua vida quando você se dirige ao trabalho. Pense no exemplo que podemos dar aos outros e na alegria inspirada por Cristo que podemos irradiar ao nosso redor. Deixe os outros verem Jesus agindo em você: este é um testemunho poderoso, que vai atrair aqueles que desejam a mesma graça que nós recebemos em nossa vida. Estamos sempre sendo observados por alguém. Será que as nossas ações vão inspirá-los ou decepcioná-los? "Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo. Uma cidade situada sobre uma montanha não pode ficar escondida. Brilhe assim, igualmente, a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai celeste" (Mt 5, 13-14;16). Vamos pensar sobre as nossas ações e em como elas podem inspirar os outros a viver com tanta fé quanto nós tentamos viver. Mas com cuidado: não queremos que as nossas ações sejam egoístas. Amemos do jeito que Jesus nos ensina; assim, os outros vão seguir este exemplo.

3. Compartilhe um pouco de você mesmo.
A transparência convida à transparência. Não podemos esperar que alguém se abra para nós se não estivermos dispostos a fazer o mesmo. A nossa jornada de fé é uma bênção para ser compartilhada. O testemunho que damos pode ter uma profunda influência nas pessoas. "Estai sempre prontos a responder a todo aquele que vos pedir a razão da vossa esperança, mas fazei-o com mansidão e respeito, mantendo a vossa consciência limpa, de modo que, quando fordes difamados, aqueles que difamam a vossa boa conduta em Cristo possam envergonhar-se" (cf. 1 Pd 3, 15-16). Podemos ficar ansiosos para partilhar a nossa fé com os outros, mas devemos fazê-lo com suavidade e com amor gentil.

4. Decida: ou a eternidade com Deus ou o aplauso fugaz dos outros agora.
O céu é o nosso destino final, e não a terra. Será que aqueles que nos criticam vão nos ajudar a chegar ao céu? Será que eles vão nos estender a mão nas horas difíceis? Ou é mais provável que eles nos puxem para uma vida laica sem muito espaço para Deus e na qual o materialismo e a “popularidade” são os deuses de todos os dias? Francis Fernandez escreveu que superar o “medo do que vão dizer” faz parte da virtude da fortaleza. Entre os desafios do cristão, ele cita os de suportar fofocas e calúnias, zombaria, discriminação no trabalho, perda de oportunidades econômicas e de amizades superficiais. Nestas circunstâncias desconfortáveis, pode ser tentador tomar o caminho mais fácil e ceder. Assim, evitaríamos a rejeição, a incompreensão e o ridículo. Podemos ficar preocupados com a ideia de perder os amigos, de que as pessoas nos “fechem as portas”. Essa tentação nos leva a esconder a nossa verdadeira identidade e a abandonar o nosso compromisso de viver como discípulos de Cristo. Fazer o que é certo nem sempre é fácil, mas, no longo prazo, é com certeza o mais benéfico. Por que não escolher o céu?


5. Seja coerente e viva uma vida católica coesa.
A nossa fé vai conosco para o trabalho, para os encontros com os amigos, para os jogos de futebol? Ou será que só praticamos a fé católica na missa de domingo? É fácil se sujeitar às expectativas laicas, mas é difícil demonstrar em público o nosso amor por Jesus, viver as bem-aventuranças, evangelizar e levar uma vida plenamente integrada, coesa.

Eu sempre achei inspiração sobre este assunto na sabedoria da exortação apostólica “Christifideles Laici”, do papa João Paulo II: “O objetivo fundamental da formação dos fiéis leigos é a descoberta cada vez mais clara da própria vocação e a disponibilidade cada vez maior para vivê-la de forma a cumprir a sua missão. Os fiéis leigos são chamados por Deus para que, liderados pelo espírito do Evangelho, possam contribuir a fim de santificar o mundo a partir de dentro, como o fermento, no cumprimento das suas próprias tarefas específicas. Assim, em particular neste modo de vida resplandecente de fé, esperança e caridade, eles podem manifestar Cristo aos outros".

Nós não vamos conseguir fazer isto sozinhos e, portanto, precisamos pedir a orientação do Espírito Santo. Vai ser difícil muitas vezes e vai exigir sacrifício, mas viver no amor de Deus todos os minutos de cada dia é muito mais gratificante do que receber a instável aprovação dos outros.

E se é difícil, quer dizer que é necessário sacrifício da nossa parte. O sacrifício consiste simplesmente em amar a Cristo mais do que amamos as opiniões das pessoas que nos rodeiam.

Rezemos uns pelos outros e continuemos pedindo que Jesus nos dê a força e o discernimento para conhecermos e seguirmos a Sua vontade.

Será que amanhã vamos ter a coragem de ser luz de Cristo para as pessoas que vivem ao nosso redor?


Fonte: Aletéia

domingo, 25 de janeiro de 2015

A bênção do Santíssimo que calou um tsunami


tsunami de 2010, que atingiu a costa do Chile depois de um terremoto provocado pela movimentação das placas continental e oceânica, é um tipo de evento que vem se repetindo durante séculos em diversos lugares do planeta.
 
Há algumas décadas, na pequena ilha de Tumaco (Colômbia), o que aconteceu com um tsunami ensinou aos seus habitantes que Deus, presente no Santíssimo Sacramento, age quando seus sacerdotes e fiéis o invocam com amor e .
 
O fato ocorreu no dia 31 de janeiro de 1906. Às dez da manhã, os habitantes dessa minúscula ilha do Pacífico sentiram um forte terremoto, que durou cerca de 10 minutos. Então, todo o povo correu até a igreja para suplicar ao pároco, o Pe. Gerardo Larrondo, e ao Pe. Julián, que organizassem imediatamente uma procissão com o Santíssimo Sacramento.
 
Enquanto isso, o mar continuava retrocedendo, com a ameaça de formar uma imensa onda. O Pe. Gerardo, atemorizado, consumiu todas as hóstias consagradas da âmbula e conservou somente a Hóstia Magna.
 
Depois, dirigindo-se ao povo, exclamou: “Vamos, meus filhos, vamos todos à praia, e que Deus tenha piedade de nós!”.
 
Sentindo-se seguros diante da presença de Jesus Eucaristia, todos caminharam, entre lágrimas e aclamações a Deus. Quando o Pe. Larrondo chegou à praia, foi corajosamente até a margem com a custódia nas mãos.
 
No momento em que a onda estava chegando, ele levantou a Hóstia consagrada, com mão firme e com o coração cheio de fé, e diante de todos traçou o sinal da cruz. Foi um momento de altíssima solenidade.
 
A onda continuou avançando, mas, antes que o Pe. Larrondo e o Pe. Julián pudessem perceber, o povo, comovido e maravilhado, gritou: “Milagre! Milagre!”.
 
De fato, como se tivesse sido parada por uma força invisível e superior à natureza, a potente onda que ameaçava apagar do mapa a ilha de Tumaco havia iniciado seu retrocesso, enquanto o mar voltava ao seu nível normal.
 
Os habitantes de Tumaco, em meio à euforia e à alegria por terem sido salvos da morte graças a Jesus sacramentado, manifestavam sua gratidão. O milagre de Tumaco ficou conhecido no mundo inteiro, e o Pe. Larrondo também recebeu do continente europeu inúmeras cartas de pessoas que pediam suas orações.
 
(Fonte: livro “Agostinianos amantes da Sagrada Eucaristia”, do Pe. Pedro del Rosario Corro)
Fontes: Portaluz / Aletéia

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

E quem ganhou a promoção "VAMOS RECORDAR 2014"?


Agradecemos a todos que enviaram as fotos para a nossa promoção "VAMOS RECORDAR 2014". Como explicado o nosso júri,composto Nestor Rangel, Rosa Pereira, Gustavo Kelly e Ronaldo Correa (pessoas que não são de nossa paróquia e assim sermos imparciais e justos com todos) tiveram 4 fotos finalistas para escolherem. A eles o nosso MUITO OBRIGADO! Essas fotos foram enviadas por Flávia Santos, Winicius Rocha, Neli Ferreira e Ana Maria P.Silvado.

E a foto vencedora foi enviada por Ana Maria P.Silvado!!! A foto mostra o dia em que o Padre Thiago Azevedo tomou posse de nossa paróquia no dia 25/03/14, um dos momentos mais bonitos e emocionantes na vida de nossa paróquia em 2014.

A foto vencedora enviada por Ana Maria P.Silvado


PARABÉNS ANA MARIA! É só procurar a equipe da Pascom na paróquia e receber de presente o mais novo livro sobre a JMJ Rio2013 "Rio de Francisco"

Ana Maria vai ganhar o novo livro sobre a JMJ Rio2013 "Rio de Francisco"

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

MISSA DE 7º DIA do Padre Jorge Luiz




Informamos que a MISSA DE 7º DIA do Padre Jorge Luiz de Assis Costa, será celebrada no dia 17/01 (sábado) às 18h, na Capela de São Miguel Arcanjo (Rua 20, Qd. 22 - Mandela - Manguinhos) onde ele trabalhou até os seus últimos dias de vida.

Dai-lhe Senhor o repouso eterno e brilhe para ele a vossa luz!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Promoção VAMOS RECORDAR 2014 - Veja os 4 finalistas

Aqui estão os 4 finalistas que compartilharam as suas fotos que mais marcaram 2014 em nossa paróquia e marcaram o perfil da Pascom Bonsucesso de Inhaúma. Agora a decisão da melhor foto está nas mãos de 3 agentes da Pascom de outras paróquias. São eles: Gustavo Quelly, coordenador da Pascom Rio; Nestor Rangel, coordenador da Pascom Nossa Senhora da Cabeça , Rosa Pereira, agente da Pascom Sagrada Família e Ronaldo Correa, fotógrafo profissional e membro da Comunidade Maanaim. Na próxima sexta(16) divulgaremos o vencedor! Lembrando que o prêmio é o novo livro "Rio de Francisco" com fotos inéditas e informações sobre a JMJ Rio2013.

Foto 1 - enviada por Flávia Santos - Momento de Adoração ao Santíssimo na Missa da Vitória


Foto 2 - enviada por Winicius Rocha - As crianças prestam uma homenagem a imagem de N.Sra.do Bonsucesso na Primeira Comunhão


Foto 3 - enviada por Neli Ferreira - durante o Avivamento para Casais "Renovados para Amar"

Foto 4 - enviada por Ana Maria P.Silvado - Posse do Pe.Thiago Azevedo

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Mais detalhes sobre o funeral do Padre Jorge Luiz


Neste domingo do Batismo do Senhor, por volta das 15:30, confortado pelos sacramentos, voltou ao Pai o Padre Jorge Luiz de Assis Costa.
Atualmente estava servindo na Capela São Miguel Arcanjo(Mandela-Manguinhos) onde trabalhava para criar uma nova paróquia. Sofreu muito nestes últimos 6 anos com câncer do qual tratou até o fim.
Ainda na noite de domingo, a seu pedido, o corpo foi encaminhado para a Paróquia São Mateus(Bairro: Oswaldo Cruz- próximo a Madureira), onde lá foi pároco por muitos anos.Quis que fosse assim. A Missa de exérquias será nesta segunda(12/01), na Paróquia São Mateus às 13h. Após a missa, o enterro seguirá para a quadra da Irmandade de São Pedro no cemitério do Caju onde será sepultado por volta das 15:30hs.   
Que nosso irmão lutador e trabalhador descanse em paz e receba a recompensa de sua vida dedicada ao Senhor e ao seu povo.

Padre Thiago Azevedo

domingo, 11 de janeiro de 2015

Nota de Falecimento

Com pesar e esperança informamos a todos o falecimento do Padre Jorge Luiz de Assis Costa.

Que estava atendendo as Capelas de São Miguel Arcanjo (Mandela) e de São Jerônimo Emilianni (Varginha).

Em breve estaremos informando sobre o Velório, a Missa de Corpo Presente e o sepultamento.

Rezemos pelo seu descanso eterno.



terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Quem foram os Reis Magos?

Um antigo documento conservado nos Arquivos Vaticanos lança uma certa luz, embora indireta e sujeita a caução, sobre a pessoa dos Reis Magos que foram adorar o Menino Jesus na Gruta de Belém. A informação foi veiculada por muitos órgãos de imprensa e páginas da Internet.
'A viagem dos Magos' (1894), Jacques-Joseph Tissot (1836-1902), pintor francês.

O documento é conhecido como “A Revelação dos Magos”. Provavelmente seja algum “apócrifo”, nome dado aos livros não incluídos pela Igreja Católica na Bíblia. Portanto, não são “canônicos”, apesar de poderem ser de algum autor sagrado.

“Canônico” deriva de “Cânon”, que é o catálogo de Livros Sagrados admitidos pela Igreja Católica e que constituem a Bíblia. Este catálogo está definitivamente encerrado e não sofrerá mais modificação.

Há uma série de argumentos profundos que justificam esta sábia decisão da Igreja. 

Entretanto, uma extrema ponderação em apurar a verdade faz com que a Igreja não recuse em bloco esses “apócrifos” e reconheça que pode haver neles elementos históricos ou outros que ajudem à Fé. 

Por isso mesmo, o Vaticano conserva a maior coleção mundial desses “apócrifos”, e os põe à disposição dos críticos de todas as religiões que queiram estudá-los.

A Igreja não tem medo de que possa sair qualquer coisa que desdoure a integridade e a santidade da Bíblia. Antes bem, deseja ardentemente encontrar qualquer dado que possa ajudar a melhor compreendê-la.

O apócrifo “A Revelação dos Magos” aparenta ser um relato de primeira mão da viagem dos Reis do Oriente para homenagear o Filho de Deus.

*Reis Magos, Nicolás de Verdun (1130 – 1205). Urna dos Reis Magos na catedral de Colônia

Só recentemente foi traduzido do siríaco antigo. O mérito é do Dr. Brent Landau, professor de Estudos Religiosos da Universidade de Oklahoma, EUA, que dedicou dois anos para decifrar o frágil manuscrito.

Trata-se de uma cópia feita no século VIII a partir de algum original perdido que, por sua vez, fora transcrito meio milênio antes. Portanto, a fonte original desse apócrifo dos Reis Magos remonta a menos de um século depois do Evangelho de São Mateus.

O documento levanta questões em extremo interessantes: quem foram ao certo, os Reis Magos? Foram três? Quais eram seus nomes? De onde vieram? Por quê?

Vejamos primeiro o que nos diz a única fonte digna de fé religiosa, o Evangelho de São Mateus: 
“1. Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que magos vieram do oriente a Jerusalém. 
“2. Perguntaram eles: Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo. 
“3. A esta notícia, o rei Herodes ficou perturbado e toda Jerusalém com ele. 
“4. Convocou os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo e indagou deles onde havia de nascer o Cristo. 
“5. Disseram-lhe: Em Belém, na Judéia, porque assim foi escrito pelo profeta: 
“6. E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que governará Israel, meu povo(Miq 5,2). 
“7. Herodes, então, chamou secretamente os magos e perguntou-lhes sobre a época exata em que o astro lhes tinha aparecido. 
“8. E, enviando-os a Belém, disse: Ide e informai-vos bem a respeito do menino. Quando o tiverdes encontrado, comunicai-me, para que eu também vá adorá-lo. 
“9. Tendo eles ouvido as palavras do rei, partiram. E eis que e estrela, que tinham visto no oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou. 
“10. A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria.
“11. Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra. 
“12. Avisados em sonhos de não tornarem a Herodes, voltaram para sua terra por outro caminho.” (São Mateus, cap. 2, 1ss)

A narração de São Mateus contém tudo o que é necessário para a Fé. Mas com o beneplácito e a aprovação da Igreja a piedade popular acrescentou muitos outros pormenores, que foram transmitidos por tradição oral e que são aceitos sem contestação.


O que diz a Tradição sobre seu número, condição, proveniência e destino?

É aqui que entra o papel do grande São Beda, o Venerável (673-735), Doutor da Igreja e monge beneditino nas abadias de São Pedro e São Paulo em Wearmouth, e na de Jarrow, na Nortumbria, Inglaterra.

                      Três Reis Magos, mosaico em San Apollinare Nuovo, Ravenna, Itália.
                            No muro da igreja, concluida em 569, lê-se os nomes dos três.
                       Apresentados com gorros frígios (chapéu originário da Ásia Menor. 
                                               No Irã era atributo do deus Mitra).
“Melquior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltasar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz”.

São Beda é também considerado como fonte de primeira mão da história inglesa, sendo muito respeitado como historiador. SuaHistória Eclesiástica do Povo Inglês (Historia Ecclesiastica Gentis Anglorum) lhe rendeu o título de Pai da História Inglesa

No tratado “Excerpta et Colletanea”, o Doutor da Igreja assim recolhe as tradições que chegaram até ele:

É, pois, São Beda quem por primeira vez escreveu o nome dos três. Nomes com significados precisos que nos ajudam a compreender suas personalidades. Gaspar significa “aquele que vai inspecionar”; Melquior quer dizer: “Meu Rei é Luz”, e Baltasar se traduz por “Deus manifesta o Rei”.

Três Magos adoram o Menino Jesus.
Sarcófago romano dos primeiros tempos do cristianismo, Museu Vaticano.


Para São Beda – como para os demais Doutores da Igreja que falaram deles – os três representavam as três raças humanas existentes, em idades diferentes. Neste sentido, eles representavam os reis e os povos de todo o mundo.

Também seus presentes têm um significado simbólico. Melquior deu ao Menino Jesus ouro, o que na Antiguidade queria dizer reconhecimento da realeza, pois era presente reservado aos reis. 

Gaspar ofereceu-Lhe incenso (ou olíbano), em reconhecimento da divindade. Este presente era reservado aos sacerdotes.

Por fim, Baltasar fez um tributo de mirra, em reconhecimento da humanidade. Mas como a mirra é símbolo de sofrimento, vêem-se nela preanunciadas as dores da Paixão redentora. A mirra era presente para um profeta. Era usada para embalsamar corpos e representava simbolicamente a imortalidade.
Desta maneira, temos o Menino Jesus reconhecido como Rei, Deus e Profeta pelas figuras que encarnavam toda a humanidade.

Em coerência com essa visão, a exegese católica interpreta a chegada dos Reis Magos como o cumprimento da profecia de David:

“Os reis de Társis e das ilhas lhe trarão presentes, os reis da Arábia e de Sabá oferecer-lhe-ão seus dons. 11. Todos os reis hão de adorá-lo, hão de servi-lo todas as nações”. (Sl. 71, 10-11)









Alguns especularam que talvez pelo menos um deles veio da terra de Shir (não identificada nos mapas modernos), na antiga China.

Em livro – escrito a título pessoal, portanto não sendo documento do magistério eclesiástico – Joseph Ratzinger (S.S.Bento XVI) comenta que “a promessa contida nestes textos [N.R.: Salmo 72,10] estende a proveniência destes homens até ao extremo Ocidente (Tarsis, Tartessos em Espanha), mas a tradição desenvolveu posteriormente este anúncio da universalidade aos reinos de que eram soberanos, como reis dos três continentes então conhecidos: África, Ásia e Europa”, segundo informou “Religión Digital” de Espanha.

A amplidão do leque de possibilidades geográficas fica patente neste comentário.

Tarsis ou Tartessos ficaria na Andaluzia, Espanha, especificamente em “algum lugar compreendido entre Cádiz, Huelva e Sevilha”. Segundo o “ABC” de Madri, os sevilhanos acham que se Melquior, Gaspar e Baltasar fossem andaluzes teriam se manifestado mais alegremente, teriam cantado “sevilhanas” e levado pandeiros. A reação popular suscita um amável sorriso.


O que foi depois dos Reis Magos?


Reis Magos, Andrea Mantegna (1431-1506). Representam todas as raças.


De acordo com uma tradição acolhida por São João Crisóstomo, Padre da Igreja, os três Reis Magos foram posteriormente batizados pelo Apóstolo São Tomé e trabalharam muito pela expansão da Fé (Patrologia Grega, LVI, 644). 

A fama de santidade dos Reis Magos chega até os nossos dias.

Seus restos são venerados na nave central da Catedral de Colônia, em magnífica urna de ouro e de pedras preciosas que extasia os visitantes. 

As relíquias deles foram descobertas na Pérsia pela imperatriz Santa Helena e levadas à capital imperial Constantinopla. Depois foram transferidas a outra capital imperial – Milão –, até que foram guardadas definitivamente na Catedral de Colônia em 1163 (Acta SS., I, 323).



Por que eram "Magos"?


O nome “mago” era sinônimo de “sábio”. O tratamento dado a eles como grandes eruditos, prudentes e judiciosos, provinha do fato de os sacerdotes da Caldeia serem muito voltados para a consideração dos astros com uma sabedoria que surpreende até hoje. A eles devemos o início da ciência astronômica.

Sem dúvida, seu caráter de “magos”, reconhecido pelo Evangelho de São Mateus, aponta para a área da civilização caldeia (cujo epicentro foi no atual Iraque, mas incluiu diversos países vizinhos, entre eles o Irã).

Com a decadência moral, os “magos” caldeus viraram uma espécie de bruxos, divulgadores de toda espécie de superstições.

Os Três Reis Magos teriam sido os últimos sacerdotes honrados daquele mundo pagão que aspiravam sinceramente conhecer o Salvador.

Neste caso, foram exemplos arquetípicos do pagão de boa-fé que deseja conhecer a verdadeira religião, e que assim que a encontra adere a ela sem demoras nem restrições. 

Relicário dos Três Reis Magos, catedral de Colônia.



Foram "Reis"?

Discute-se também em que sentido podem ser chamados de “Reis”, pois não se lhes conhece a procedência e menos ainda a localização do reinado.

Porém, na Antiguidade, os patriarcas, ou chefes de grandes clãs, ou grupos étnico-culturais, governavam com poderes próprios de um rei, sem terem esse título ou equivalente. E seu reinado se concentrava sobre sua hoste, por vezes nômade.

São João Damasceno não recusava que eles fossem descendentes de Set, terceiro filho de Adão. E este pormenor nos leva de volta ao “apócrifo” do Vaticano.

A estrela que os guiou

O referido manuscrito estava na Biblioteca Vaticana havia pelo menos 250 anos, mas não se sabe mais nada de sua proveniência. 

Está escrito em siríaco, língua falada pelos primeiros cristãos da Síria e ainda hoje, bem como do Iraque e do Irã.

O Prof. Landau acredita que no “apócrifo” entra muita imaginação. Mas, há uma muito longa descrição das supostas práticas, culto e rituais dos Reis Magos.

Feitos, pois, os devidos descontos no apócrifo, lemos nele que Set, terceiro filho de Adão, transmitiu uma profecia, talvez recebida de seu pai, de que uma estrela apareceria para sinalizar o nascimento de Deus encarnado num homem.

Relicário dos Três Reis Magos, catedral de Colônia.

Prêmio a uma fidelidade de séculos

Gerações de Magos teriam aguardado durante milênios até a estrela aparecer.

Mistérios da fidelidade! Milênios aguardando, gerações morrendo na esperança e transmitindo aos filhos o anúncio de um dia remoto em que o mundo receberia o Salvador!

Segundo o Prof. Landau, o “apócrifo” diz que a estrela no fim “transformou-se num pequeno ser luminoso de forma humana que foi Cristo, na gruta de Belém”.

A afirmação não é procedente se a interpretarmos ao pé da letra. Mas, levando em conta o estilo altamente poético do Oriente, poderíamos supor que o brilho da estrela de Belém convergiu no Menino Jesus e desapareceu.

E, de fato, depois de encontrar o Menino Deus, os Magos não mais viram a estrela. Alertados por um anjo, voltaram por outro caminho às suas terras, como ensina o Evangelho de São Mateus, que não mais menciona a estrela no retorno.
Texto: Luis Dufaur

Fonte: http://cienciaconfirmaigreja.blogspot.com.br/