terça-feira, 31 de maio de 2011

Encerramento do Mês de Maria une toda a Arquidiocese

Raphael Freire



Aproximadamente dois mil fiéis compareceram ao Santuário de Nossa Senhora da Penha, no último domingo, dia 29 de maio, para o tradicional encerramento do mês dedicado a Maria, realizado pela Arquidiocese do Rio. O Arcebispo, Dom Orani João Tempesta, participou da procissão junto aos fiéis, e, logo após, presidiu a Missa Solene, agradeceu a Nossa Senhora pelos passos dados pela Igreja e pediu pela paz e pelas famílias.

Já em sua saudação, Dom Orani ressaltou sua união e intercessão também pela Peregrinação Nacional das Famílias, que ocorreu durante o final de semana, em Aparecida.

— É um momento de felicidade, para todos nós, estarmos aqui como peregrinos. Faz parte da nossa caminhada de Igreja termos romarias e peregrinações. A Arquidiocese pulsa de entusiasmo, e há mais de três séculos vem com Maria agradecer a Deus. É um privilégio poder estar aqui, disse o Arcebispo do Rio, Dom Orani.

Oficiais do Exército, que ocupam o Complexo da Penha, acompanharam durante toda a procissão os fiéis que vinham de vários lugares da cidade para participar desse momento de celebração e devoção à Maria. Vigários Episcopais, Padres, Diáconos, seminaristas, religiosos, membros de pastorais e associações católicas, também participaram do evento, demonstrando sua fé e pedindo paz para a Penha e para o Rio.

— Eu acho muito importante esse momento. É sempre bom a gente ver o povo reunido, presente para rezar, estando junto e intercedendo por essa localidade nesse novo momento com a pacificação, disse Irmã Tereza, pertencente à Comunidade Católica Preciosa Vida.

— Para a nossa Igreja Católica Apostólica Romana, é de grande importância que cada pessoa se faça presente nessa celebração para honrar e glorificar o nome de nosso senhor Jesus Cristo, também pela intercessão de Nossa Senhora da Penha, mãe de todos nós, e de todos os cristãos, afirmou Antonio Sales, ministro da Eucaristia na Paróquia Nossa Senhora do Bonsucesso de Inhaúma.

Além do encerramento oficial do mês mariano, a Missa também foi celebrada em ação de graças pelos 80 anos de fundação da Federação das Congregações Marianas do Rio de Janeiro. Segundo o Assistente Eclesiástico da Federação no Rio, Padre Julio Cesar Costa da Silva, a devoção mariana nos leva a amar mais a Jesus e a nos santificar.

— As Congregações Marianas no Rio de Janeiro representam os movimentos mais antigos da história da nossa Igreja, e têm a devoção mariana como a sua bandeira: “A Jesus por Maria”. Para nós, celebrar os 80 anos da Federação no Rio é assumir a responsabilidade de acompanhar, dirigir e animar as mais de 60 paróquias que têm as congregações. É motivo de amor, antes de tudo. E amar a Maria é imitar o gesto de Deus, que é amor em primeiro lugar. Nós devotamos o nosso amor a Nossa Senhora, e isso nos leva a amar cada vez mais a Jesus, e a nos santificar, afirmou Padre Julio Cesar.

Já para o membro da Congregação Mariana de Piedade, Julio Cesar, celebrar este momento, no Santuário da Penha, é motivo de entusiasmo e renovação para o congregado mariano.

— É uma alegria muito grande, pois são 80 anos de caminhada. As Congregações Marianas estão demonstrando que, apesar de já estarem atuantes há muito tempo, elas vêm se atualizando com a participação de muitos jovens. Essa celebração de hoje é um momento bonito e de muita benção, um momento histórico. Esperamos em Deus caminhar por muitos e muitos anos aqui, na Arquidiocese do Rio, e em todo o Brasil. Salve Maria! Exclamou entusiasmado, Julio Cesar.

Também durante a celebração, cerca de 300 Ministros do Acolhimento das paróquias do Vicariato Leopoldina foram investidos por Dom Orani, para servir no acolhimento dos que mais precisam de uma atenção, um abraço, uma palavra de Deus. Para o Arcebispo do Rio, os ministros não devem esperar a vinda dos irmãos, mas devem ir ao encontro.

— Que nós, pessoas que se deixam ser conduzidas pelo Espírito Santo de Deus, sejamos comprometidos com os mais necessitados. Estar junto com o outro é o sinal de uma Igreja acolhedora, que acolhe Cristo na pessoa do irmão. Maria foi acolhedora quando foi visitar sua prima Isabel, para serví-la. Acolher é também ir ao encontro, que é também evangelizar, afirmou Dom Orani.

Muito emocionada, Sueli Aparecida Oliveira, que pertence à Paróquia Nossa Senhora das Mercês, em Ramos, se preparou durante seis anos para ser tornar uma Ministra do Acolhimento. Ela, que foi investida na celebração, pretende mostrar para as pessoas a verdadeira missão do ministério.

— É emocionante. Pretendo cada vez mais fazer o meu melhor para acolher o próximo, independente do que aconteça. As pessoas acham que o acolhimento é simplesmente entregar o folheto, mas não é isso. Acolher significa também receber o irmão que vem com uma enfermidade, com uma tristeza profunda, pois nós vemos uma tristeza no olhar de algumas pessoas, e nossa missão é dar uma palavra de conforto, de ânimo, um sorriso, e isso é muito gratificante para mim, disse Sueli.

Para quem nunca havia participado do evento de encerramento do mês dedicado à Maria, no Santuário da Penha, a celebração foi um momento de fé e esperança, como para Padre Carlos Magno Machado, da Arquidiocese de Vitória, no Espírito Santo.

— Para mim é uma experiência muito gratificante estar aqui, porque a padroeira do Estado do Espírito Santo, na minha terra, é Nossa Senhora da Penha. Lá também está localizado o famoso Convento de Nossa Senhora da Penha. Logo, eu fui criado aos pés dela e me sinto agraciado e muito honrado, porque é uma mãe que tem acompanhado a minha vida. Além disso, eu sou oriundo de um seminário dedicado também a Nossa Senhora da Penha, então é sempre um encontro desse filho com essa mãe, que sempre me acompanhou. Essa é uma devoção que recebi da minha família, e que estou vivendo aqui no Estado do Rio de Janeiro de uma forma muito prazerosa, afirmou Padre Carlos.

Um dos momentos mais emocionantes da celebração, foi a Coroação de Nossa Senhora e do menino Jesus, realizada por bailarinos infantis e alunos do Colégio Nossa Senhora da Penha. Após a coroação, uma queima de fogos encerrou um longo e prazeroso mês de atividades, encontros e terços, tudo guiados por Jesus, mas nada sem a intercessão Maria.

*Fotos: Bruno Oliveira


* Fonte: Portal da Arquidiocese do Rio de Janeiro