terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Fraternidade e a vida no Planeta

O anúncio oficial da Campanha da Fraternidade 2011 na Arquidiocese do Rio será no próximo sábado, 19 de fevereiro, às 8h30m, na Catedral, com Missa celebrada pelo Arcebispo Dom Orani Tempesta. A Campanha tem como tema “Fraternidade e a Vida no Planeta” e como lema “A criação geme em dores de parto (Rm 8, 22)”.

A equipe arquidiocesana começou os trabalhos de animação para a CF 2011 desde maio do último ano. Já foram realizados muitos seminários de aprofundamento, reflexões e pré-anúncio nos vicariatos, conforme explicou o Vigário Episcopal para a Caridade Social, Padre Manuel Manangão.

Segundo ele, durante esse período foram estudados os subsídios sobre o tema e, no próximo sábado, com o anúncio, será destacada a preocupação da Igreja com a ecologia. Ao longo da campanha haverá a reflexão sobre a realidade da vida no planeta, já que os cristãos devem ser responsáveis por prolongar a ação criativa de Deus na realidade do mundo.

Padre Manangão explicou ainda que, no período da quaresma, quando começam os trabalhos efetivos da Campanha, pretende-se criar grupos de motivação para serem descobertas pistas de solução durante todo o ano de atenção à preservação da natureza.

- Em cada comunidade a discussão vai apontar um caminho educativo em relação à pessoa com a natureza e o meio ambiente. Como fazer com que o ser humano não seja o agressor, mas sim integrador. Como fazer que o ser humano encontre consciência? Tudo isso será debatido, afirmou o padre.

No dia 19, após a Celebração Eucarística presidida por Dom Orani, e de suas palavras de abertura, o Reitor da PUC-Rio, que é especialista em ecologia, Padre Josafá Siqueira, falará sobre a dimensão do tema. Ainda neste dia, Padre Manangão encerrará, falando das destinações dos recursos da coleta para a Campanha da Fraternidade, que será feita no Domingo de Ramos.

Padre Josafá adiantou três aspectos importantes da Campanha deste ano. Para ele, em primeiro lugar, há um clamor da comunidade cientifica de que as mudanças climáticas estão acontecendo. Em segundo lugar, há um apelo dos chefes das nações para que seja possível buscar alternativas razoáveis para minimizar o problema das mudanças climáticas. E terceiro, há uma dimensão ética importante — aí, segundo o padre, entra o papel da Igreja como formadora de valores.

Ele deseja que o tema repercuta nas comunidades e nas instituições para que o planeta, que foi colocado por Deus em nossas mãos, possa continuar sua trajetória. Mas destacou que o mais importante é que a sociedade se mobilize.

- A Igreja tem uma dimensão profética, todo profeta tem que anunciar e denunciar. É estar anunciando que realmente estamos perdendo a nossa relação com o criador e com as criaturas, e, por outro lado, buscamos ações para ajudar a levar adiante essa missão, disse Padre Josafá.

Fonte: Portal da Arquidiocese do Rio de Janeiro