quarta-feira, 23 de maio de 2012

Simulado de Catequese anima milhares de jovens


Comunicação JMJ RIO2013 

Partilha, unidade e muita vontade de estar preparados da melhor forma possível para a JMJ Rio2013. Foi assim que milhares de jovens realizaram no último sábado, dia 19 de maio, em 35 paróquias da Arquidiocese do Rio, o primeiro Simulado de Catequese da JMJ Rio2013, promovido pelo Comitê Organizador Local (COL).

O lema escolhido para o encontro foi “Sede firmes na prática da hospitalidade” (Rm 12, 13). Em todas as foranias foi ressaltada a importância da acolhida e do comprometimento de todos para a realização da Jornada.

Este encontro é uma espécie de treinamento para ajudar os fiéis, em especial aqueles que nunca participaram de uma jornada, a compreenderem, na prática, o que é uma catequese e o que acontece na vida dos que residem naquela localidade que sedia o evento.

Além disso, o evento auxilia a organização e os voluntários na observação da estrutura para acolher os peregrinos que virão para o encontro com o Papa em 2013.

O presidente do COL e arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, que participava do Encontro de Comunicadores do Rio de Janeiro, conseguiu visitar quatro paróquias, contemplando três vicariatos – Santo Afonso e São Francisco Xavier na Tijuca, São Judas Tadeu, no Cosme Velho e Santa Edwiges, em São Cristóvão.

Em todos os locais o arcebispo cumprimentou os voluntários pelo empenho. Dom Orani exortou a que todas as comunidades continuem a participar e a divulgar a Jornada, especialmente através do voluntariado e da hospedagem.

"Somos mais que milhares, somos um”
O que aconteceu pelas paróquias do Rio

As paróquias, por toda a cidade, que receberam o simulado, se organizaram para corresponder ao chamado em preparação à JMJ Rio2013. Elas ofereceram toda a estrutura de uma catequese de Jornada, com equipes de voluntários em diversas áreas como acolhida, lanche, banheiros, atendimento médico e local para confissões.

A chegada dos cerca de 500 fiéis, entre jovens e adultos, que estiveram na manhã de sábado na paróquia Nossa Senhora de Loreto, em Jacarepaguá, foi animada pelos jovens do Encontro de Adolescentes com Cristo (EAC) à base de violões e pandeirolas, anunciando a alegria que comandará em julho de 2013.

— Assim como Cristo de braços abertos, acolhemos não só em nossas casas mas também com nossas atitudes a todos os irmãos, disse padre Jair Cardoso Alves Neto, durante a homilia.

“Bom dia, buon giorno, buenos días, good morning, ni hao”. Assim o pároco, padre Li Guozhong, saudou os presentes em diversas línguas, inclusive o chinês, seu idioma materno, abrindo o simulado na paróquia São Francisco Xavier, na Tijuca. O pregador foi o padre Jorge Lutz, pároco da igreja Nossa Senhora da Guia, no Lins.

Na paróquia Santo Afonso, também na Tijuca, os voluntários foram chamados a vestir uma camisa amarela, para se destacarem. O bispo auxiliar do Rio, Dom Nelson Francelino, ministrou a pregação.
— Estamos vivendo tempos difíceis. A família já não forma tanto, os meios de comunicação nem sempre têm uma mensagem que edifica. É preciso acolher e proteger a juventude para que ela possa chegar até Cristo, afirmou.

Missionários da comunidade Bom Pastor animaram a catequese na paróquia Nossa Senhora de Copacabana. A palestra e santa missa foram presididas pelo padre Gustavo Ribeiro da Silva, da paróquia de São Judas Tadeu.

— O acolhimento deve ser a marca da Igreja, deve ser uma pastoral de inserção onde os irmãos possam se sentir parte da Igreja. (...) Conviver é entrar na realidade do outro. Acolher será sempre algo desafiador. Mas há uma troca, uma maturação tanto para quem é acolhido quanto para quem acolhe. Há um ganho dos dois lados, disse padre Gustavo.

Mesmo morando longe, Mariana Vieira, de 23 anos, não desanimou e saiu de São Gonçalo para participar do simulado na paróquia de Copacabana. Ela, que foi na última edição da JMJ, disse que acredita que o acolhimento não será um problema para os brasileiros, “porque já somos um povo naturalmente acolhedor”.

Mario Lafaiete, de 72 anos, foi um dos voluntários atuantes do simulado. Ele disse que decidiu fazer o cadastro de voluntariado após descobrir, pelos padres da paróquia, que não havia idade máxima para servir no evento. De acordo com ele, a experiência do simulado foi positiva.

— O trabalho dos voluntários foi bom e eles foram suficientes para atender as pessoas que vieram, avaliou animado com a proximidade do evento.

Também na Santa Rosa de Lima, capela da paróquia Nossa Senhora da Vitória, na Barra da Tijuca, entre os jovens de idade e de espírito estava Maria da Piedade, uma portuguesa de 88 anos que veio para "tomar nota de várias coisas".

A união marcou o evento, demonstrada ainda mais com a presença dos sacerdotes de todas as paróquias da forania.

— Apesar de ainda ser cedo, são 8h20min, o que já me deixa impressionado é a união das paróquias, a integração, a organização das equipes, disse monsenhor Joel Portella Amado, pároco da Nossa Senhora da Vitória e diretor geral do COL.

O evento teve início com a animação e as palavras do monsenhor Joel:

— Para construção da Jornada são necessárias três coisas: união, trabalho e oração. É como diz o provérbio: ‘Trabalhe como se tudo dependesse somente de você e ore como se tudo dependesse somente de Deus’.

O bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio, Dom Paulo Cezar Costa, que ministrou sobre o tema da catequese, destacou:

— Acolher é ir ao encontro da realidade do outro onde o outro se encontra, ressaltou.

— Minha expectativa para este simulado é aprender o que vou precisar fazer na semana da jornada. Que seja um momento em que a graça de Deus toque o coração das pessoas. Este é objetivo da jornada, converter os jovens para serem verdadeiramente discípulos de Cristo, disse Alessandra Vivas, voluntária da JMJ pela Paróquia Imaculada Conceição.

O padre Rafael Siqueira, em seu primeiro mês de ordenação, foi convidado para dar a palestra no Simulado:

— Recebo como muita alegria essa responsabilidade. É um desafio que o Senhor me coloca em pastorear esse rebanho jovem, destacou o sacerdote.

Na Paróquia Nossa Senhora Mãe da Divina Providência, Dom Roberto Lopes, vigário episcopal para a Vida Consagrada, foi o pregador. Na opinião do paroquiano José Luiz Manoel o que disse o vigário foi muito esclarecedor.
— Dom Roberto contribuiu com citações da bíblia, ressaltando que o ponto principal é o acolhimento. Deus não só é amor, mas também acolhimento. Jovem não precisa deixar de ser jovem para viver a palavra e ter Deus no Coração, disse.

— Eis uma das mensagens que a JMJ nos traz a cada edição: em nossa universalidade somos um, independente de língua, cultura ou etnia, a fé é o que nos une, disse o voluntário Filipe Ferreira do Nascimento, da paróquia Nossa Senhora do Loreto.

* Fonte: www.rio2013.com
* Fotos: Comunicação JMJ RIO2013 e Carlos Alberto da Silva