segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Evangelho: Nossa Senhora das Dores


Jo 19,25-27 ou Lc 2,33-35


Perto da cruz de Jesus estavam a sua mãe, e a irmã dela, e Maria, a esposa de Clopas, e também Maria Madalena. Quando Jesus viu a sua mãe e perto dela o discípulo que ele amava, disse a ela: 
- Este é o seu filho. 
Em seguida disse a ele: 
- Esta é a sua mãe. 
E esse discípulo levou a mãe de Jesus para morar dali em diante na casa dele.


COMENTÁRIOS


O Cristo Jesus é a luz que ilumina todos os povos.

Trecho dos relatos da infância, o nosso texto de hoje é parte de uma unidade literária mais ampla do que os poucos versículos que nos são oferecidos para a liturgia da palavra da festa de Nossa Senhora das Dores; devoção que remete o fiel à paixão e morte de Jesus. O episódio narrado pelo evangelho de hoje se situa no Templo de Jerusalém, no contexto da apresentação do menino Jesus ao Senhor. Quem toma a palavra neste breve relato é o velho Simeão, símbolo do Antigo Testamento, que, depois de um longo período de espera, vê a promessa de Deus se realizar. Essa nos parece ser a intenção do evangelista ao fazer com que Maria e José, tendo Jesus nos braços, se encontrem com Simeão e, depois, com a profetiza Ana, cujo nome é o mesmo da mãe de Samuel (1Sm 1,19-20). Se a cada noite a Igreja canta o nunc dimitis, é para proclamar diariamente a realidade da salvação oferecida indistintamente a toda a humanidade. O Cristo Jesus é a luz que ilumina todos os povos. As palavras de Simeão a Maria são a antecipação narrativa da paixão e morte de Jesus.
Carlos Alberto Contieri, sj