quarta-feira, 24 de abril de 2013

Símbolos da JMJ são enviados para o Estado do Rio de Janeiro


Raphael Freire



Neste domingo, 21 de abril, Dia do Bom Pastor, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, presidiu a Missa de Envio dos Símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) – Cruz Peregrina e Ícone de Nossa Senhora –, no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo. A Celebração Eucarística, que fez parte da programação do Hallel Aparecida Internacional, marcou a passagem dos Símbolos do Estado de São Paulo para o Rio de Janeiro, e foi concelebrada pelo Arcebispo de Aparecida e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, pelo Bispo da Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda, Dom Francisco Biasin, por padres do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013, e por diversos bispos e sacerdotes de todo o país.

— Agradeço ao Cardeal, Dom Damasceno, pela oportunidade de presidir esta Eucaristia nesse dia memorável que juntamente com o tempo da Páscoa, com o Domingo do Bom Pastor, com o quinquagésimo Dia Mundial de Oração pelas Vocações, também celebramos o dia da entrega dos Símbolos da JMJ ao Estado do Rio de Janeiro, através da Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda, primeira porta de entrada dos Símbolos ao Estado. Também é momento de agradecer todo o trabalho do Hallel Aparecida e todos os trabalhos que aconteceram com a passagem da Cruz e o Ícone de Nossa Senhora, que desde o dia 18 de setembro de 2011 abrem os caminhos e conduzem todos ao Rio de Janeiro que de coração aberto quer acolher a todos junto com o Papa Francisco para depois sairmos em missão fazendo discípulos em todos os povos, destacou Dom Orani.

Durante a celebração, os fiéis foram levados a refletir sobre o compromisso diário firmado com Deus. Na Liturgia da Palavra, puderam ouvir o testemunho de Paulo e Barnabé, que foram perseguidos por judeus, expulsos de seu território, mas que não desistiram de levar a Palavra aos pagãos, enchendo os discípulos de alegria. Durante a homilia, Dom Orani destacou que o Evangelho segundo João salienta alguns aspectos que todos são chamados a viver e que desejam que seja fruto, consequencia da JMJ Rio2013.

 Escutar a voz de Deus significa acolher a sua mensagem, aquilo que Ele nos disse, e nós temos certeza que os jovens e todos que irão ao Rio de Janeiro vão com este espírito de peregrino porque escutaram, escutam e querem sempre escutar a voz de Cristo. É isso que nós pedimos a Deus e que a Palavra coloca para nós: que o fruto do nosso trabalho seja uma adesão ainda maior à Cristo. Esse envio da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora deve ir dizendo a todos aqueles que irão para a cidade do Rio que eles são chamados a tudo fazer para estar sintonizado com o coração de Cristo e deixar-se conduzir pelo espírito de Deus, pois este é o desejo do coração do Senhor.  (...) Uma vez que nós seguimos a Cristo tornamo-nos missionários e somos chamados a ser firmes na fé testemunhando o Senhor, como recordava o tema da JMJ de Madri. Essa projeção missionária deve ser uma consequência de ouvir à Cristo e nunca desanimarmos D’Ele. Que nossas atitudes sejam justamente atitudes de pessoas de fé que assim querem caminhar, viver e testemunhar Jesus Cristo, Nosso Senhor, exortou Dom Orani.

Com muito carinho, no final da Missa, os jovens da Arquidiocese de Aparecida entregaram os Símbolos da JMJ ao Bispo da Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda, Dom Francisco Biasin, que recebeu um emocionado e grande abraço dos jovens de sua diocese no momento em que  entregou para eles a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora.

 Foi um momento inesquecível quando os jovens da diocese subiram no altar, pois eu estava lá e de repente me vi abraçado calorosamente por vinte, trinta jovens. Depois fomos juntos acolher e carregar a Cruz e o Ícone de Maria, e passamos no meio da Basílica do Santuário numa grande emoção de todo o povo, sobretudo, dos jovens, que se tornaram protagonistas desse momento tão importante, afirmou Dom Francisco Biasin.

Após a celebração, o cortejo com os Símbolos da Jornada Mundial da Juventude seguiu de Aparecida, São Paulo, para o município de Itatiaia, no Estado do Rio, onde foi acolhido por fiéis da Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda  no Estádio Municipal Antônio Corrêa.

Símbolos da JMJ

A Cruz
A Cruz da JMJ ficou conhecida por diversos nomes: Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz da JMJ, Cruz Peregrina, e muitos a chamam de Cruz dos Jovens porque ela foi entregue pelo Papa João Paulo II aos jovens para que a levassem por todo o mundo, a todos os lugares e a todo tempo.

A cruz de madeira de 3,8 metros foi construída e colocada como símbolo da fé católica, perto do altar principal na Basílica de São Pedro durante o Ano Santo da Redenção (Semana Santa de 1983 à Semana Santa de 1984). No final daquele ano, depois de fechar a Porta Santa, o Papa João Paulo II deu essa cruz como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade. Quem a recebeu, em nome de toda a juventude, foram os jovens do Centro Juvenil Internacional São Lourenço, em Roma. Estas foram as palavras do Papa naquela ocasião: “Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção” (Sua Santidade João Paulo II, Roma, 22 de abril de 1984).

Os jovens acolheram o desejo do Santo Padre. Desde 1984, a cruz da JMJ peregrinou pelo mundo, através da Europa, além da Cortina de Ferro, e para locais das Américas, Ásia, África e Austrália, estando presente em cada celebração internacional da Jornada Mundial da Juventude. Em 1994, a cruz começou um compromisso que, desde então, se tornou uma tradição: sua jornada anual pelas dioceses do país sede de cada JMJ internacional, como um meio de preparação espiritual para o grande evento.

O Ícone de Nossa Senhora
Em 2003, o Papa João Paulo II deu aos jovens um segundo símbolo de fé para ser levado pelo mundo, acompanhando a cruz da JMJ: o Ícone de Nossa Senhora, “Salus Populi Romani”, uma cópia contemporânea de um antigo e sagrado ícone encontrado na primeira e maior basílica para Maria a Mãe de Deus, no Ocidente, Santa Maria Maior. “Hoje eu confio a vocês... o Ícone de Maria. De agora em diante, ele vai acompanhar as Jornadas Mundiais da Juventude, junto com a cruz. Contemplem a sua Mãe! Ele será um sinal da presença materna de Maria próxima aos jovens que são chamados, como o apóstolo João, a acolhê-la em suas vidas” (Roma, 18ª Jornada Mundial da Juventude, 2003).

* Fotos: Carlos Moioli