quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Especialista em Comunicação analisa presença do Papa no twitter

Canção Nova, com Rádio Vaticano





Na audiência geral desta quarta-feira, 12 de dezembro, Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, o Papa Bento XVI fez sua primeira postagem no twitter.
Segundo o assessor do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Padre Antonio Spadaro, a presença do Papa no Twitter incentiva os católicos a estarem presentes no ambiente digital e, para ele, este é um elemento de reflexão fundamental: 



Rádio Vaticano - Qual significado da presença de Bento XVI no Twitter?

Padre Spadaro - Eu entendo esta presença como uma presença normal. Hoje, é claro que a comunicação não coincide com a simples transmissão de uma mensagem, mas com a partilha desta em redes sociais. E, no Magistério de Bento XVI sobre a comunicação, este elemento é um elemento-chave, que deve ser lido muito bem. A Igreja sabe que hoje as mensagens de sentido passam através das redes sociais, que são verdadeiros lugares de sentido, onde as pessoas partilham suas vidas, desejos, impressões, perguntas e respostas. Assim, a presença do Papa no Twitter é uma presença que eu vejo como uma continuidade da presença do Papa em instrumentos como a rádio, como a decisão de Pio XI de transmitir a mensagem do Evangelho através da Rádio Vaticano. Eu diria que a Igreja sempre foi muito atenta em relação à comunicação, porque o Evangelho deve ser encarnado no tecido comunicativo da história.

Rádio Vaticano - Alguém se referiu ao fato de que algumas pessoas estão usando o Twitter para ofender o Papa, para ofender a fé cristã. O senhor acha que essa iniciativa seja muito arriscada?

Padre Spadaro - Claro que é arriscada, porque significa expor a mensagem do Evangelho. Em todo o caso, isso é essencial. Quem comenta negativamente o fato de que existam várias mensagens polêmicas contra o Papa provavelmente não percebeu que, na verdade, elas estão em toda parte na internet, e também nos jornais, e em muitas formas de expressão. Há também algumas perguntas muito interessantes que são feitas ao Pontífice. Eu diria que é uma etapa num caminho de crescimento, mas não vejo como problemática.

*Foto: Arquivo