
A República Federativa do Brasil garante à Igreja Católica o direito de exercer este serviço, inerente à sua própria missão.” (Artigo 8º) O acordo foi assinado pelo Brasil e a Santa Sé no dia 13 de novembro de 2008. Em 2009 ele foi discutido na Câmara, que o ratificou no dia 27 de agosto, e no Senado, que também o aprovou no dia 7 de outubro. A promulgação foi assinada pelo Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, em 11 de fevereiro de 2010. O ato do presidente foi divulgado na edição do dia 12 de fevereiro de 2010, no Diário Oficial da União. Para o Padre Amaral, a posição assumida pela empresa pública, no que diz respeito à abertura para outras religiões, é válida, mas é necessário que haja critérios para que este passo seja dado sem que haja um bloqueio ao trabalho que já é feito por católicos e evangélicos. — Assim como nós temos a propaganda eleitoral para todos os partidos, por que a TV pública não abre espaço também para os outros credos? Pode abrir, é claro. Mas parece justo que o faça sem retirar do ar os programas que já existem e que as novas inserções sejam feitas conforme a representatividade de cada credo, levando também em consideração que 75% da nossa população é católica e 95% cristã, destacou o sacerdote. A Igreja Católica tem o espaço na emissora, antiga TV Educativa, desde 1975, quando teve início o programa “Palavras de Vida”. “Santa Missa” começou a ser exibido a partir de 1989. Já o programa evangélico é veiculado desde 1972. Para o Pastor Flávio Lima, diretor e apresentador do “Reencontro”, o espaço que católicos e evangélicos têm na TV pública é muito importante para a evangelização, a informação e a educação do público. — Hoje, a secularização é muito forte e tem atrapalhado a fé das pessoas. Nosso trabalho cristão de levar a mensagem de Deus através da TV tem ajudado muita gente, em diversas áreas da vida. Não são poucos os testemunhos de recuperação das drogas, por exemplo, citou o Pastor. Os representantes dos dois credos, responsáveis pelos três programas religiosos exibidos pela emissora, afirmaram que esperam que a decisão seja revista. Para tal, contam com a mobilização popular e também com o apoio da Presidente Dilma Rousseff.
* Foto: Carlos Moioli
*Fonte: Portal da Arquidiocese do Rio de Janeiro
* Foto: Carlos Moioli
*Fonte: Portal da Arquidiocese do Rio de Janeiro