domingo, 11 de agosto de 2013

19º Domingo do Tempo Comum - Ano C - 11/08/13




Livro de Sabedoria 18,6-9. 

A noite em que foram mortos os primogénitos do Egipto foi dada previamente a conhecer aos nossos antepassados, para que, sabendo com certeza a que juramentos tinham dado crédito, ficassem cheios de coragem. 
Assim, era esperada pelo teu povo a salvação dos justos e a ruína dos inimigos. 
Com efeito, o que foi um castigo para os nossos adversários, tornou-se para nós um título de glória, pois nos chamavas para ti. 
Os piedosos, filhos dos justos, ofereciam sacrifícios secretos e, de comum acordo, estabeleceram esta lei divina de que os santos partilhassem igualmente seus bens e perigos. E logo entoaram os hinos dos pais. 


Livro de Salmos 33(32),1.12.18-19.20-22. 


Exultai, ó justos, no Senhor;   
louvai-o, rectos de coração. 
Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus, 
o povo que Ele escolheu para sua herança. 

Os olhos do Senhor velam pelos seus fiéis, 
por aqueles que esperam na sua bondade, 
para os libertar da morte 
e os manter vivos no tempo da fome. 

A nossa alma espera o Senhor: 
Ele é o nosso amparo e protector. 
Nele se alegra o nosso coração 
e em seu nome santo confiamos. 

Venha sobre nós, Senhor, o teu amor, 
pois depositamos em ti a nossa confiança. 


Carta aos Hebreus 11,1-2.8-19. 


Irmãos: A fé é garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se vêem. 
Foi por ela que os antigos foram aprovados. 
Pela fé, Abraão, ao ser chamado, obedeceu e partiu para um lugar que havia de receber como herança e partiu sem saber para onde ia. 
Pela fé, estabeleceu-se como estrangeiro na Terra Prometida, habitando em tendas, tal como Isaac e Jacob, co-herdeiros da mesma promessa, 
pois esperava a cidade bem alicerçada, cujo arquitecto e construtor é o próprio Deus. 
Pela fé, também Sara, apesar da sua avançada idade, recebeu a possibilidade de conceber, porque considerou fiel aquele que lho tinha prometido. 
Por isso, de um só homem, e já marcado pela morte, nasceu uma multidão tão numerosa como as estrelas do céu e incontável como a areia da beira-mar. 
Foi na fé que todos eles morreram, sem terem obtido os bens prometidos, mas tendo-os somente visto e saudado de longe, confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. 
Ora, os que assim falam mostram que procuram uma pátria. 
Se eles tivessem pensado naquela que tinham deixado, teriam tido oportunidade de lá voltar; 
mas agora eles aspiram a uma pátria melhor, isto é, à pátria celeste. Por isso, Deus não se envergonha de ser chamado o «seu Deus», porque preparou para eles uma cidade. 
Pela fé, Abraão, quando foi posto à prova, ofereceu Isaac, e estava preparado para oferecer o seu único filho, ele que tinha recebido as promessas e 
a quem tinha sido dito: Por meio de Isaac será assegurada a tua descendência. 
De facto, ele pensava que Deus tem até poder para ressuscitar os mortos; por isso, numa espécie de prefiguração, recuperou o seu filho.


Evangelho segundo S. Lucas 12,32-48. 


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não temais, pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o Reino.» 
«Vendei os vossos bens e dai os de esmola. Arranjai bolsas que não envelheçam, um tesouro inesgotável no Céu, onde o ladrão não chega e a traça não rói. 
Porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.» 
«Estejam apertados os vossos cintos e acesas as vossas lâmpadas. 
Sede semelhantes aos homens que esperam o seu senhor ao voltar da boda, para lhe abrirem a porta quando ele chegar e bater. 
Felizes aqueles servos a quem o senhor, quando vier, encontrar vigilantes! Em verdade vos digo: Vai cingir-se, mandará que se ponham à mesa e há-de servi-los. 
E, se vier pela meia-noite ou de madrugada, e assim os encontrar, felizes serão eles. 
Ficai a sabê-lo bem: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não teria deixado arrombar a sua casa. 
Estai preparados, vós também, porque o Filho do Homem chegará na hora em que menos pensais.» 
Pedro disse-lhe: «Senhor, é para nós que dizes essa parábola, ou é para todos igualmente?» 
O Senhor respondeu: «Quem será, pois, o administrador fiel e prudente a quem o senhor pôs à frente do seu pessoal para lhe dar, a seu tempo, a ração de trigo? 
Feliz o servo a quem o senhor, quando vier, encontrar procedendo assim. 
Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens. 
Mas, se aquele administrador disser consigo mesmo: 'O meu senhor tarda em vir' e começar a espancar servos e servas, a comer, a beber e a embriagar-se, 
o senhor daquele servo chegará no dia em que ele menos espera e a uma hora que ele não sabe; então, pô-lo-á de parte, fazendo o partilhar da sorte dos infiéis. 
O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou e não agiu conforme os seus desejos, será castigado com muitos açoites. 
Aquele, porém, que, sem a conhecer, fez coisas dignas de açoites, apenas receberá alguns. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito será pedido.»