Logo após a Anunciação, Maria foi às montanhas da Judéia para estar com Isabel, sua prima, e ali ficou vários meses. Ela já carregava em seu ventre o Filho de Deus feito homem, Jesus, e quando voltou para Nazaré, já apresentava os sinais da gravidez. E José viu a gestação.
Às vezes se imagina José como um velhinho que havia perdido a virilidade fazia muito tempo, escolhido por esse motivo, para não pôr Maria em perigo. Nada disso! Ele estava em plena idade de se casar, e pedira muito ao Senhor que o inspirasse na escolha da sua mulher.
Confuso, José recorreu ao Senhor, pediu-lhe uma luz antes de tomar uma decisão. E qualquer decisão em seu caso implicaria em dor, pois a lei mandava declarar o adultério, e o castigo era o apedrejamento.
Poderia, por outro lado, tomar a culpa para si como se tivesse sido o responsável ou ir embora, deixar Maria. Foi então que por meio de um sonho o anjo do Senhor chegou e esclareceu tudo a José: “Não temas, José filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo”.
Se Maria precisou de uma fé concreta, viril, José soube corresponder. Que homem de fé! Se o mundo está como está é porque nós homens não assumimos nossa posição de homem de Deus, de pai de família.
Ser homem não é ser um machão, mas o cabeça, aquele que vai, que se realiza, se entrega, investe. Precisamos ir em frente, comandar, não autoritários, mas responsáveis. Deus quer que reassumamos nossa posição de pais de família. Nós, sacerdotes, por escolha de Deus, somos celibatários, não temos filhos na carne, mas somos pais, tanto assim que todos nos chamam padres. Por que isso? Porque todo homem é chamado a ser pai. Deus conta com você, Ele confia em você.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova e presidente de honra da Fundação João Paulo II, mantenedora do Sistema Canção Nova de Comunicação, em Cachoeira Paulista (SP).
