sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Dia da Independência do Brasil - 07 de setembro



Em 1806, Napoleão Bonaparte decretou o Bloqueio Continental, que proibia o comércio entre os países europeus e a Inglaterra. O país que desobedecesse ao decreto seria invadido e ocupado pelas tropas napoleônicas.


Naquela época, Portugal era governado pelo príncipe-regente D. João, que resolveu fugir com a corte para o Brasil, aqui chegando em 1808, escapando, desse modo, do invasor. Quando Napoleão perdeu o poder, a família real portuguesa e sua corte retornou a Lisboa, e D. João, então D. João VI, deixou seu filho, D. Pedro, como regente do Brasil.

D. Pedro tornou-se um regente de muito prestígio, razão pela qual D. João VI o aconselhou a voltar à corte portuguesa, em 1822.

No dia 1º de janeiro desse mesmo ano, ele recebeu um manifesto escrito por José Bonifácio, assinado pela junta provincial de São Paulo e do Rio de Janeiro, segundo o qual a Corte de Lisboa, baseada "no despropósito e no despotismo", buscava impor ao Brasil "um sistema de anarquia e escravidão".

Depois de ler o manifesto, D. Pedro assim se expressou: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico", em 9 de janeiro, data conhecida como o Dia do Fico. No dia 11, as tropas portuguesas tentaram obrigar o príncipe a embarcar para Lisboa. Apoiado pelo povo e por tropas leais, D. Pedro resistiu.

Em 1º de agosto, declarou inimigas todas as tropas enviadas de Portugal ao Brasil sem o seu consentimento. No dia 14, partiu para São Paulo para contornar uma crise na província. No dia 2 de setembro, no Rio de Janeiro, sua esposa Dona Leopoldina, depois de ler as cartas chegadas de Lisboa com as abusivas decisões da Corte, reuniu os ministros e enviou as cartas a D. Pedro, por intermédio de mensageiros.

No dia 7 de setembro, o príncipe recebeu as cartas às margens do riacho Ipiranga e resolveu romper com Portugal. Após arrancar a insígnia portuguesa de seu uniforme, sacou da espada e gritou: "Independência ou morte". Era 7 de setembro de 1822.

Na capital, Rio de Janeiro, ele foi saudado como herói. A 1o de dezembro, aos 24 anos, tornou-se D. Pedro I, imperador do Brasil.