terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2013, um ano que vai ficar marcado - Michel Soares

"mar de jovens" em Copacabana

Mais um ano está acabando e com ele muitas experiências e que experiências! O ano de 2013 veio com um turbilhão de emoções, fomos pegos de surpresa com a renúncia do nosso amado Bento, ficamos receosos com o futuro, mas daí Deus nos surpreende e nos dá de presente um Francisco, argentino, simples, um vovô que todos nós gostaríamos de ter em nossa família. Veio ao Brasil e arrastou multidões atrás dele. Difícil esquecer aquela imagem de um "mar de católicos" tomando as praias de Copacabana. 
Eu e Raphael Freire durante a peregrinação.

Dentro da Capela após a saída do Papa
Particularmente, tive uma das experiências mais extraordinárias que alguém poderia quando vi o Papa chegando a Comunidade da Varginha e entrando em nossa Capela, além de percorrer quilômetros junto com peregrinos de toda a parte do mundo(aquela imagem de todos cantando
Com os jovens de nossa paróquia na peregrinação.
dentro do túnel que leva a Copa nunca sairá da minha cabeça), não existia cansaço, existia uma igreja viva, jovem! Lembro bem das janelas dos prédios, repletos de moradores aplaudindo os jovens, linda demonstração de carinho, acolhimento e incentivo.

Com alguns dos muitos que trabalharam no COL pela JMJ.

Tive a graça de trabalhar e conviver com diversas pessoas que deram seu suor e sangue para que a JMJ Rio 2013 pudesse ser inesquecível, e FOI!

Agradeço a Deus por você! Amigo e companheiro do nosso BLOG que nos ajudou a atingir a marca de 5 mil acessos num mês, peço desculpas por alguns erros que pudemos ter cometido, mas esteja certo que tudo que fazemos é de todo carinho, respeito e dedicação, primeiramente a Deus, nosso Senhor e depois a você, amigo que, também, prestigiou nossas sessões do Cineclube, que leu A PADROEIRA(nosso informativo mensal) e que durante a correria de um final de semana, parou para olhar o nosso jornal-mural.

Que em 2014 possamos contar com suas ORAÇÕES e sua ajuda. Obrigado por todo carinho.

Que o ano que inicia, venha com muita saúde e graças abundantes em sua vida.




Michel Soares
Pastoral da Comunicação.



Evangelho: Prólogo de São João


Prólogo de São João - Jo 1,1-18

No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus. Ela existia, no princípio, junto de Deus. Tudo foi feito por meio dela, e sem ela nada foi feito de tudo o que existe. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. Veio um homem, enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos pudessem crer, por meio dele. Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina. Ela estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a reconheceu. Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram. A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus: são os que creem no seu nome. Estes foram gerados não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que recebe do seu Pai como filho único, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho dele e proclama: “Foi dele que eu disse: ‘Aquele que vem depois de mim passou à minha frente, porque antes de mim ele já existia’”. De sua plenitude todos nós recebemos, graça por graça. Pois a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus; o Filho único, que é Deus e está na intimidade do Pai, foi quem o deu a conhecer.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Papa Francisco atingiu os 11 milhões de seguidores no Twitter


O Papa Francisco atingiu já os 11 milhões de seguidores no account Twitter@Pontifex em nove línguas. Quase 4 milhões e meio são de língua espanhola, 3,4 milhões são de língua inglesa, 1,3 são italianos, em língua portuguesa são quase um milhão, em francês pouco mais de 200 mil, alemães 163 mil, polacos 158 mil e, finalmente em língua árabe são cerca de 100 mil os seguidores do Papa na rede social Twitter.
Entretanto, o Papa Francisco lançou hoje mais um tweet, desta vez com uma mensagem para este tempo de Natal que estamos a viver:

“A alegria do Evangelho esteja sempre nos vossos corações, especialmente neste tempo de Natal.”
No Angelus de ontem Memória Litúrgica de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja, o Papa Francisco recordou todos os cristão que são discriminados e perseguidos pela sua fé em Jesus Cristo:

"Por isso rezemos hoje em modo particular pelos cristãos que sofrem discriminações por causa do seu testemunho por Cristo e pelo Evangelho. Estamos unidos as estes irmãos e irmãs que, como Santo Estevão, são acusados injustamente e feitos objeto de violências de vário tipo."
O Papa propôs uma oração silenciosa por todos os cristãos perseguidos no mundo, terminando com uma oração a Nossa Senhora.


Fonte: Radio Vaticano

Evangelho: Em busca de vida


Em busca de vida 

Jo 20,2-8

Ela saiu correndo e foi se encontrar com Simão Pedro e com o outro discípulo, aquele que Jesus mais amava. Disse-lhes: “Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram”. Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos, e o outro discípulo correu mais depressa, chegando primeiro ao túmulo. Inclinando-se, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. Simão Pedro, que vinha seguindo, chegou também e entrou no túmulo. Ele observou as faixas de linho no chão, e o pano que tinha coberto a cabeça de Jesus: este pano não estava com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. O outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu.

São João Apóstolo e Evangelista - 27 de dezembro


É muito difícil imaginar que esse autor do quarto evangelho e do Apocalípse tenha sido considerado inculto e não doutor. Mas foi dessa forma que o sinédrio classificou João, o apóstolo e evangelista, conhecido como "o discípulo que Jesus amava". Ele foi o único apóstolo que esteve com Jesus até a sua morte na cruz. 

João era um dos mais jovens apóstolos de Cristo, irmão do discípulo Tiago Maior, ambos filhos de Zebedeu, rico pescador da Betsaida, e de Salomé, uma das mulheres que colaboravam com os discípulos de Jesus. Assim como seu pai, João era pescador, e teve como mestre João Batista, o qual, depois, o enviou a Jesus. João, Tiago Maior, Pedro e André foram os quatro discípulos que mais participaram do cotidiano de Jesus. 

Costuma ser definido, entre os apóstolos, como homem de elevação espiritual, mais propenso à contemplação do que à ação. Apesar desse temperamento, foi incumbido por Jesus com o maior número de encargos, estando presente em quase todos os momentos e eventos narrados na Bíblia. Estava presente, por exemplo, quando ressuscitou a filha de Jairo, na Transfiguração de Jesus e na sua aflição no Getsêmani. Também na última ceia, durante o processo e, como vimos, foi o único na hora final. Na cruz, Jesus, vendo-o ao lado da Virgem, lhe confiou a tarefa de cuidar da Mãe, Maria. 

Os detalhes que se conhece revelam que, após o Pentecostes, João ficou pregando em Jerusalém. Participou do Concílio de Jerusalém, depois, com Pedro, se transferiu para a Samaria. Mas logo foi viver em Éfeso, na companhia de Nossa Senhora. Dessa cidade, organizou e orientou muitas igrejas da Ásia. Durante o governo do imperador Domiciano, foi preso e exilado na ilha de Patmos, na Grécia, onde escreveu o quarto evangelho, o Apocalipse e as epístolas aos cristãos. 

Diz a tradição que, antes de o imperador Domiciano exilar João, ele teria sido jogado dentro de um caldeirão de óleo fervente. Mas saiu ileso, vivo, sem nenhuma queimadura. João morreu, após muito sofrimento por todas as perseguições que sofreu durante sua vida, por pregar a Palavra de Deus, e foi sepultado em Éfeso. Tinha noventa anos de idade. 

O evangelho de João fala dos mistérios de Jesus, mostrando os discursos do Mestre com uma visão mais aguçada, mais profunda. Enquanto os outros três descrevem Jesus em ação, João nos revela Jesus em comunhão e meditação, ou seja, em toda a sua espiritualidade. Os primeiros escritos de João foram encontrados em fragmentos de papiros no Egito, por isso alguns estudiosos acreditam que ele tenha visitado essas regiões.


Fonte: Paulinas

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Rezemos pelos cristãos perseguidos - o Papa no Angelus deste dia de Santo Estevão recordou a ligação entre Belém e...o Calvário


No Angelus desta manhã o Papa Francisco referiu-se ao facto da Liturgia prolongar por oito dias a Solenidade do Natal e neste segundo dia da Oitava do Natal, encontramos a Festa de Santo Estevão, o primeiro mártir da Igreja:

"O livro dos Atos dos Apóstolos apresenta-o como 'um homem cheio de fé e do Espírito Santo' escolhido com outros seis para o serviço das viúvas e dos pobres na comunidade de Jerusalém. E conta-nos o seu martírio: quando, após um discurso inflamado que suscitou a ira dos membros do Sinédrio, foi arrastado para fora dos muros da cidade e lapidado. Estevão morreu como Jesus, pedindo o perdão para os seus executores."
Segundo o Santo Padre no clima alegre do Natal, esta comemoração de um mártir até poderia parecer deslocada, mas não é. Porque o Natal não é uma fábula e o martírio de Santo Estevão está em plena sintonia com o significado profundo do Natal. Jesus transforma a morte numa aurora de vida nova - continuou o Papa - que evocou a memória do primeiro mártir da Igreja e ligou o Nascimento de Belém ao momento do Calvário:

"A memória do primeiro mártir vem, assim, imediatamente, a dissolver uma falsa imagem do Natal: a imagem enfabulada e doce, que no Evangelho não existe! A liturgia leva-nos ao sentido autêntico da Encarnação, ligando Belém ao Calvário e recordando-nos que a salvação divina implica a luta ao pecado e passa através da porta estreita da Cruz."
O Santo Padre recordou, assim, todos aqueles que são discriminados e perseguidos pela sua fé em Jesus Cristo:

"Por isso rezemos hoje em modo particular pelos cristãos que sofrem discriminações por causa do seu testemunho por Cristo e pelo Evangelho. Estamos unidos as estes irmãos e irmãs que, como Santo Estevão, são acusados injustamente e feitos objeto de violências de vário tipo."
O Papa propôs uma oração silenciosa por todos os cristãos perseguidos no mundo, terminando com uma oração a Nossa Senhora...

Após a oração do Angelus o Papa Francisco saudou todos os que estavam na Praça de São Pedro especialmente os grupos paroquiais e as associações presentes, apelando para que o Natal faça suscitar em todos um empenho de amor nas famílias e nas comunidades vivido em clima de intensa fraternidade. A todos desejou boas festas natalícias e um bom almoço...

Fonte: Rádio Vaticano

Evangelho: Perseguições e sofrimento


Perseguições e sofrimento 

Mt 10,17-22

“Cuidado com as pessoas, pois vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. Por minha causa, sereis levados diante de governadores e reis, de modo que dareis testemunho diante deles e diante dos pagãos. Quando vos entregarem, não vos preocupeis em como ou o que falar. Naquele momento vos será dado o que falar, pois não sereis vós que falareis, mas o Espírito do vosso Pai falará em vós. O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais e os matarão. Sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.”

Santo Estêvão - 26 de dezembro


Na história do catolicismo, muitos foram os que pereceram, e ainda perecem, pagando com a própria vida a escolha de abraçar a fé cristã. Essa perseguição mortal, que durou séculos, teve início logo após a Ressurreição de Jesus. O primeiro que derramou seu sangue por causa da fé cristã foi Estêvão, considerado por isso o protomártir. 

Vividos os eventos da Paixão e Ressurreição, os Doze apóstolos passaram a pregar o evangelho de Cristo para os hebreus. A inimizade, que estava apenas abrandada, reavivou, dando início às perseguições mortais aos seguidores do Messias. Mas com extrema dificuldade eles fundaram a primeira comunidade cristã, que conseguiu estabelecer-se como um exemplo vivo da mensagem de Jesus, o amor ao próximo. 

Assim, dentro da comunidade, tudo era de todos, tudo era repartido com todos, todos tinham os mesmos direitos e deveres. Conforme a comunidade se expandia, aumentavam também as necessidades, de alimentação e de assistência. Assim, os apóstolos escolheram sete para formarem como "ministros da caridade", chamados diáconos. Eram eles que administravam os bens comuns, recolhiam e distribuíam os alimentos para todos da comunidade. Um dos sete era Estêvão, escolhido porque era "cheio de fé e do Espírito Santo". 

Porém, segundo os registros, Estêvão não se limitava ao trabalho social de que fora incumbido. Não perdia a chance de divulgar e pregar a palavra de Cristo, e o fazia com tanto fervor e zelo que chamou a atenção dos judeus. Pego de surpresa, foi preso e conduzido diante do sinédrio, onde falsos testemunhos, calúnias e mentiras foram a base de sustentação para a acusação. As testemunhas informaram que Estêvão dizia que Jesus de Nazaré prometera destruir o templo sagrado e que também queria modificar as leis de Deus transmitidas a Moisés. 

Num discurso iluminado, Estêvão repassou toda a história hebraica, de Abraão até Salomão, e provou que não blasfemara contra Deus, nem contra Moisés, nem contra a Lei, nem contra o templo. Teria convencido e sairia livre. Mas não, seguiu avante com seu discurso e começou a pregar a palavra de Jesus. Os acusadores, irados, o levaram, aos gritos, para fora da cidade e o apedrejaram até a morte. 

Antes de tombar morto, Estêvão repetiu as palavras de Jesus no Calvário, pedindo a Deus perdão para seus agressores. Fazia parte desse grupo de judeus um homem que mais tarde se soube ser o apóstolo Paulo, que, na época, ainda não estava convertido. O testemunho de santo Estevão não gera dúvidas, porque sua documentação é histórica, encontra-se num livro canônico, Atos dos Apóstolos, fazendo parte das Sagradas Escrituras. 

Por tudo isso, quando suas relíquias foram encontradas em 415, causaram forte comoção nos fiéis, dando início a um fervoroso culto de toda a cristandade. A festa de santo Estevão é celebrada sempre no dia seguinte ao da festa do Natal de Jesus, justamente para marcar a sua importância de primeiro mártir de Cristo e um dos sete escolhidos dos apóstolos.


Fonte: Paulinas

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO - Solenidade com Oitava - Missa do Dia - 25/12/13


Livro de Isaías 52,7-10. 

Que formosos são sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz, que apregoa a boa nova, e que proclama a salvação e diz a Sião: «O teu Deus é rei!» 
Ouve: as tuas sentinelas gritam, cantam em coro, porque vêem olhos nos olhos o regresso do SENHOR a Sião. 
Ruínas de Jerusalém, irrompei em cânticos de alegria, porque o SENHOR consola o seu povo, com a libertação de Jerusalém. 
O SENHOR mostra a força do seu braço poderoso aos olhos das nações, e todos os confins da terra verão o triunfo do nosso Deus. 


Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.5-6. 


Cantai ao Senhor um cântico novo, 
pelas maravilhas que Ele operou. 
A sua mão e o seu santo braço 
Lhe deram a vitória. 

O Senhor deu a conhecer a salvação, 
revelou aos olhos das nações a sua justiça. 
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade 
em favor da casa de Israel. 

Os confins da terra puderam ver 
a salvação do nosso Deus. 
Aclamai a Deus, terra inteira, 
exultai de alegria e cantai. 

Cantai hinos ao Senhor, ao som da harpa, 
ao som da harpa e da lira; 
ao som de cornetins e trombetas, 
aclamai o nosso rei e Senhor. 



Carta aos Hebreus 1,1-6. 


Muitas vezes e de muitos modos, falou Deus aos nossos pais, nos tempos antigos, por meio dos Profetas. 
Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por meio de quem fez o mundo. 
Este Filho, que é resplendor da sua glória e imagem fiel da sua substância e que tudo sustenta com a sua palavra poderosa, depois de ter realizado a purificação dos pecados, sentou-se à direita da Majestade nas alturas, 
tão superior aos anjos quanto superior ao deles é o nome que recebeu em herança. 
Com efeito, a qual dos anjos disse Deus alguma vez: Tu és meu Filho, Eu hoje te gerei? E ainda: Eu serei para Ele um Pai e Ele será para mim um Filho? 
E de novo, quando introduz o Primogénito no mundo, diz: Adorem--no todos os anjos de Deus. 


Evangelho segundo S. João 1,1-18. 


No princípio era o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus. 
No princípio Ele estava em Deus. 
Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência. 
Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz dos homens. 
A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam. 
Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João. 
Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele. 
Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz. 
O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina. 
Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu. 
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 
Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. 
Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade de um homem, mas sim de Deus. 
E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade. 
João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.'» 
Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças. 
É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo. 
A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer. 

Natal de Jesus - 25 de dezembro


E o Verbo se fez carne e habitou entre nós e nós vimos a sua glória..." (Jo 1,14).

A encarnação do Verbo de Deus assinala o início dos "últimos tempos", isto é, a redenção da humanidade por parte de Deus. Cega e afastada de Deus, a humanidade viu nascer a luz que mudou o rumo da sua história. O nascimento de Jesus é um fato real que marca a participação direta do ser humano na vida divina. Esta comemoração é a demonstração maior do amor misericordioso de Deus sobre cada um de nós, pois concedeu-nos a alegria de compartilhar com ele a encarnação de seu Filho Jesus, que se tornou um entre nós. Ele veio mostrar o caminho, a verdade e a vida, e vida eterna. A simbologia da festa do Natal é o nascimento do Menino-Deus.

No início, o nascimento de Jesus era festejado em 6 de janeiro, especialmente no Oriente, com o nome de Epifania, ou seja, manifestação. Os cristãos comemoravam o natalício de Jesus junto com a chegada dos reis magos, mas sabiam que nessa data o Cristo já havia nascido havia alguns dias. Isso porque a data exata é um dado que não existe no Evangelho, que indica com precisão apenas o lugar do acontecimento, a cidade de Belém, na Palestina. Assim, aquele dia da Epifania também era o mais provável em conformidade com os acontecimentos bíblicos e por razões tradicionais do povo cristão dos primeiros tempos.

Entretanto, antes de Cristo, em Roma, a partir do imperador Júlio César, o 25 de dezembro era destinado aos pagãos para as comemorações do solstício de inverno, o "dia do sol invencível", como atestam antigos documentos. Era uma festa tradicional para celebrar o nascimento do Sol após a noite mais longa do ano no hemisfério Norte. Para eles, o sol era o deus do tempo e o seu nascimento nesse dia significava ter vencido a deusa das trevas, que era a noite. 

Era, também, um dia de descanso para os escravos, quando os senhores se sentavam às mesas com eles e lhes davam presentes. Tudo para agradar o deus sol.

No século IV da era cristã, com a conversão do imperador Constantino, a celebração da vitória do sol sobre as trevas não fazia sentido. O único acontecimento importante que merecia ser recordado como a maior festividade era o nascimento do Filho de Deus, cerne da nossa redenção. Mas os cristãos já vinham, ao longo dos anos, aproveitando o dia da festa do "sol invencível" para celebrar o nascimento do único e verdadeiro sol dos cristãos: Jesus Cristo. De tal modo que, em 354, o papa Libério decretou, por lei eclesiástica, a data de 25 de dezembro como o Natal de Jesus Cristo.

A transferência da celebração motivou duas festas distintas para o povo cristão, a do nascimento de Jesus e a da Epifania. Com a mudança, veio, também, a tradição de presentear as crianças no Natal cristão, uma alusão às oferendas dos reis magos ao Menino Jesus na gruta de Belém. Aos poucos, o Oriente passou a comemorar o Natal também em 25 de dezembro.

Passados mais de dois milênios, a Noite de Natal é mais que uma festa cristã, é um símbolo universal celebrado por todas as famílias do mundo, até as não-cristãs. A humanidade fica tomada pelo supremo sentimento de amor ao próximo e a Terra fica impregnada do espírito sereno da paz de Cristo, que só existe entre os seres humanos de boa vontade. Portanto, hoje é dia de alegria, nasceu o Menino-Deus, nasceu o Salvador.


Fonte: Paulinas

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO - Solenidade com Oitava - Missa da Noite - 24/12/13


Livro de Isaías 9,1-6. 

O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles. 
Multiplicaste a alegria, aumentaste o júbilo; alegram-se diante de ti como os que se alegram no tempo da colheita, como se regozijam os que repartem os despojos. 
Pois Tu quebraste o seu jugo pesado, a vara que lhe feria o ombro e o bastão do seu capataz, como na jornada de Madian. 
Porque a bota que pisa o solo com arrogância e a capa empapada em sangue serão queimadas e serão pasto das chamas. 
Porquanto um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado; tem a soberania sobre os seus ombros, e o seu nome é: Conselheiro-Admirável, Deus herói, Pai-Eterno, Príncipe da paz. 
Dilatará o seu domínio com uma paz sem limites, sobre o trono de David e sobre o seu reino. Ele o estabelecerá e o consolidará com o direito e com a justiça, desde agora e para sempre. Assim fará o amor ardente do SENHOR do universo. 


Livro de Salmos 96(95),1-2a.2b-3.11-12.13. 


Cantai ao Senhor um cântico novo. 
Cantai ao Senhor, terra inteira. 
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.  
Anunciai dia a dia a sua salvação. 

Publicai entre as nações a sua glória,   
em todos os povos, as suas maravilhas. 
Alegrem-se os céus, exulte a terra, 
ressoe o mar e tudo o que ele contém. 

Exultem os campos e quanto nele existe, 
alegrem-se as árvores dos bosques. 
Diante do Senhor que vem, 
que vem para julgar a terra. 
Julgará o mundo com justiça 
e os povos com fidelidade. 


Carta a Tito 2,11-14.

 
Caríssimo: Manifestou-se a graça de Deus, portadora de salvação para todos os homens, 
para nos ensinar a renúncia à impiedade e aos desejos mundanos, a fim de vivermos no século presente com sobriedade, justiça e piedade, 
aguardando a bem-aventurada esperança e a gloriosa manifestação do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. 
Ele entregou-se por nós, a fim de nos resgatar de toda a iniquidade e de purificar e constituir um povo de sua exclusiva posse e zeloso na prática do bem. 


Evangelho segundo S. Lucas 2,1-14. 


Por aqueles dias, saiu um édito da parte de César Augusto para ser recenseada toda a terra. 
Este recenseamento foi o primeiro que se fez, sendo Quirino governador da Síria. 
Todos iam recensear-se, cada qual à sua própria cidade. 
Também José, deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David, 
a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que se encontrava grávida. 
E, quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz 
e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria. 
Na mesma região encontravam-se uns pastores que pernoitavam nos campos, guardando os seus rebanhos durante a noite. 
Um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor refulgiu em volta deles; e tiveram muito medo. 
O anjo disse-lhes: «Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo: 
Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor. 
Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.» 
De repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo: 
«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado.»

Papa Francisco visitou Bento XVI para as saudações natalícias


Na tarde desta segunda-feira, por volta das 17 horas de Roma, o Papa Francisco visitou o Papa Emérito Bento XVI para as saudações natalícias. Bento XVI acolheu o Papa Francisco na entrada de sua residência no Vaticano.
Após uma breve oração juntos na Capela, realizou-se numa sala da residência um encontro privado, que durou cerca de maia hora. Depois o Papa Francisco, que estava acompanhado pelos seus secretários particulares, saudou também os outros membros da "família" do Papa emérito, Dom Gaenswein e as Memores Domini. A visita durou cerca de 45 minutos.

Font: Rádio Vaticano

HORÁRIOS DAS MISSAS DE NATAL


Missa de véspera de Natal(24) às 19h
Missa do dia de Natal(25) às 11h

Rua Olga,21 - Bonsucesso

Santa Paula Isabel Cerioli - 24 de dezembro


Batizada como Costanza Cerioli, nasceu na família dos nobres e ricos Francisco Cerioli e Francisca Corniani, no dia 28 de janeiro de 1816, em Soncino, Cremona, Itália.

Delicada, inteligente e sensível, dona de um físico frágil, aprendeu cedo a lidar com o sofrimento, alertada pela sabedoria cristã da mãe, que lhe mostrava a miséria presente nas famílias dos camponeses. Aos onze anos, foi entregue às Irmãs da Visitação da cidade de Alzano, para completar sua formação religiosa e cultural, com as quais ficou até os dezesseis anos, destacando-se pela bondade e caridade.

Aos dezenove anos, obedecendo à vontade dos pais, casou-se com o nobre e rico Caetano Busecchi, de quase sessenta anos, herdeiro dos condes Tassis. Vivendo no palácio do marido, em Comente, Bergamo, dedicava-se à família e às obras de caridade da igreja. Teve um casamento feliz e harmônico, porém marcado pela morte dos quatro filhos; três logo após o nascimento e o outro, Carlos, com dezesseis anos.

Abatida, continuou cuidando do marido, já bem idoso e doente, até 1854, quando ele faleceu. Assim, com trinta e oito anos, viúva, sozinha e dona de grande fortuna, isolou-se do mundo. Ficou retirada em sua casa, dedicando-se às obras de caridade, nas quais aplicou todo o patrimônio.

Criou colégios para crianças órfãs carentes e abandonadas; instituiu escolas, cursos de catecismo, exercícios espirituais, recreações festivas e assistência às enfermas. Vencendo todos os tipos de dificuldades, desejou fundar uma Congregação religiosa feminina e outra masculina que seguisse o modelo evangélico do mistério de Nazaré, constituído por Maria e José, que acolhem Jesus para doá-lo ao mundo.

Orientada, espiritualmente, pelos dois bispos de Bergamo, em 1857, junto com seis companheiras, fundou o Instituto das Irmãs da Sagrada Família. Nesse dia, Costanza vestiu o hábito e tomou o nome de madre Paula Isabel. Em 1863, realizou seu grande sonho: fundou o Instituto dos Irmãos da Sagrada Família, para o socorro material e a educação moral e religiosa da classe camponesa, na época a mais excluída e pobre.

O carisma da Sagrada Família era o objetivo a ser alcançado, como modelo de ajuda e conforto, aprendendo dela como ser famílias cristãs acolhedoras, unidas no amor, na fraternidade, na fé forte, simples e confiante. Com muita inspiração, ela própria escreveu as Regras para os seus institutos, que foram aprovadas pelo bispo de Bergamo.

Consumida na intensa atividade assistencial e religiosa, com apenas quarenta e nove anos de idade, morreu na véspera do Natal de 1865, em Comonte, Bergamo. Deixou entregue aos cuidados da Providencia Divina o já estabelecido Instituto feminino e a semente plantada do outro, masculino.

Madre Paula Isabel Cerioli foi beatificada pelo papa Pio XII em 1950, durante o Ano Santo. Foi declarada santa pelo papa João Paulo II em 2004.


Fonte: Paulinas

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Dar lugar a Jesus e não ao barulho e às compras - o Papa na missa desta segunda-feira, antevéspera de Natal


Neste Natal devemos dar lugar a Jesus e não às compras e ao barulho das festas. Para tal devemos estar vigilantes e preparados para a vinda do Senhor. Esta a ideia principal da Missa celebrada pelo Papa Francisco na Capela da Casa de Santa Marta. E a Igreja tal como Maria também está na expectativa da vinda do Senhor: 

"... a nossa alma assemelha-se à Igreja, a nossa alma assemelha-se a Maria. Os padres do deserto dizem que Maria, a Igreja e a nossa alma são femininas e aquilo que se diz de uma, analogamente pode-se dizer da outra. A nossa alma também está à espera, nesta espera da vinda do Senhor; uma alma aberta que chama:'Vem, Senhor'."
"E eu pergunto-me: estamos em espera ou estamos fechados? Estamos vigilantes ou estamos seguros num hotel, ao longo do caminho e já não queremos andar para a frente? Somos peregrinos ou somos errantes? Por isso a Igreja nos convida a rezar isto: Vem, a abrir a nossa alma e que a nossa alma seja, nestes dias, vigilante em espera. Vigiar! o que acontece em nós se vem o Senhor ou se não vem? Há lugar para o Senhor ou há lugar para festas, para fazer compras, para fazer barulho... A nossa alma está aberta, como está aberta a Santa Madre Igreja e como era a Nossa Senhora? Ou a nossa alma está fechada e colocamos na nossa porta um cartãozinho, muito educado que diz: Pede-se para não perturbar!"
O Papa Francisco concluiu assim a sua homilia exortando todos a terem a alma aberta, que seja uma alma grande para receber o Senhor neste Natal:

"E hoje repetir tantas vezes 'Vem', e tentar que a nossa alma não seja uma alma que diga: 'Não disturbar' Não ! Que seja uma alma aberta, que seja uma alma grande, para receber o Senhor nestes dias e que comece a sentir aquilo que amanhã na antífona nos dirá a Igreja:'Sabei que hoje vem o Senhor! E amanhã vereis a sua glória!"

Fonte: Radio Vaticano

Evangelho: O nascimento de João Batista


O nascimento de João Batista 

Lc 1,57-66

Quando se completou o tempo da gravidez, Isabel deu à luz um filho. Os vizinhos e os parentes ouviram quanta misericórdia o Senhor lhe tinha demonstrado, e alegravam-se com ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. A mãe, porém, disse: “Não. Ele vai se chamar João”. Disseram-lhe: “Ninguém entre os teus parentes é chamado com este nome!” Por meio de sinais, então, perguntaram ao pai como ele queria que o menino se chamasse. Zacarias pediu uma tabuinha e escreveu: “João é o seu nome!” E todos ficaram admirados. No mesmo instante, sua boca se abriu, a língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. Todos os vizinhos se encheram de temor, e a notícia se espalhou por toda a região montanhosa da Judeia. Todos os que ouviram a notícia ficavam pensando: “Que vai ser este menino?” De fato, a mão do Senhor estava com ele.

São João Câncio - 23 de dezembro


Considerado um dos santos mais representativos e queridos da heróica Polônia, são João Câncio é chamado, pelo povo, de a "glória da nação polonesa" e o "pai da pátria". Isso num país que sempre teve orgulho de sua fé no cristianismo e da fidelidade à cátedra de Pedro.

João Câncio nasceu em 23 de junho de 1390, no povoado de Kenty, e viveu sempre em sua cidade, Cracóvia. Lá, conquistou todos os graus acadêmicos e lecionou em sua principal universidade até morrer. A grande preocupação de seu magistério era transmitir aos alunos os conhecimentos "não à luz de uma ciência fria e anônima, mas como irradiação da ciência suprema que tem sua fonte em Deus".

Mesmo depois de ordenar-se sacerdote, continuou a cultivar a ciência, ao mesmo tempo que fazia seu trabalho pastoral como vigário da paróquia de Olkusz. Homem de profunda vida interior, jejuava e penitenciava-se semanalmente, ao mesmo tempo que espalhava o amor pelo próximo entre os estudantes e os pobres da cidade.

Há um exemplo claro de sua personalidade em sua biografia, que remonta às inúmeras peregrinações e romarias aos túmulos dos mártires em Roma, bem como aos lugares santos da Palestina. Numa dessas incontáveis viagens, foi assaltado. Os bandidos exigiram que João Câncio lhes desse tudo que tinha, depois perguntaram ainda se não estava escondendo mais nada. Ele afirmou que não.

Depois que os ladrões partiram, ele se lembrou de que ainda tinha algumas moedas no forro do manto. Achou-as, correu atrás dos bandidos, deu-lhes as moedas e ainda pediu desculpa pelo esquecimento.

Anos depois, ao perceber a proximidade da morte, distribuiu os poucos bens que possuía aos pobres, falecendo às vésperas do Natal de 1473. Foi canonizado por Clemente II em 1767. São João Câncio era celebrado no dia 20 de outubro, mas agora sua festa acontece um dia antes daquele que marca sua morte.

Para homenagear o "professor santo", que foi modelo para gerações inteiras de religiosos, o papa João Paulo II foi à Polônia em 1979. Na ocasião, consagrou uma capela em memória do padroeiro da Polônia, são João Câncio, na igreja de São Floriano. Nela, na metade do século XX, o mesmo papa, então um jovem sacerdote, iniciava o seu serviço de vigário paroquial.


Fonte: Paulinas

domingo, 22 de dezembro de 2013

4º Domingo do Advento - Ano A - 22/12/13



Livro de Isaías 7,10-14. 

Naqueles dias, o Senhor mandou dizer ao rei Acaz a seguinte mensagem: 
«Pede ao SENHOR teu Deus um sinal, quer no fundo dos abismos, quer lá no alto dos céus.» 
Acaz respondeu: «Não pedirei tal coisa, não tentarei o SENHOR.» 
Isaías respondeu: «Escuta, pois, casa de David: Não vos basta já ser molestos para os homens, senão que também ousais sê-lo para o meu Deus? 
Por isso, o Senhor, por sua conta e risco, vos dará um sinal. Olhai: a jovem está grávida e vai dar à luz um filho, e há-de pôr-lhe o nome de Emanuel. 


Livro de Salmos 24(23),1-2.3-4ab.5-6. 


Ao Senhor pertence a terra e o que nela existe, 
o mundo inteiro e os que nele habitam. 
Pois Ele a fundou sobre os mares 
e a consolidou sobre os abismos. 

Quem poderá subir à montanha do Senhor 
e apresentar-se no seu santuário? 
O que tem as mãos inocentes e o coração limpo, 
o que não ergue o espírito para as coisas vãs. 

Este há-de receber a bênção do Senhor   
e a recompensa de Deus, seu salvador. 
Esta é a geração dos que O procuram, 
dos que buscam a face do Deus de Jacob. 



Carta aos Romanos 1,1-7. 


Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado a ser Apóstolo, escolhido para anunciar o Evangelho de Deus, 
que Ele de antemão prometera por meio dos seus profetas, nas santas Escrituras, 
acerca do seu Filho, nascido da descendência de David segundo a carne, 
constituído Filho de Deus em poder, segundo o Espírito santificador pela ressurreição de entre os mortos, Jesus Cristo Senhor nosso; 
por Ele recebemos a graça de sermos Apóstolos, a fim de, em honra do seu nome, levarmos à obediência da fé todos os gentios, 
entre os quais estais também vós, chamados a ser de Cristo Jesus; 
a todos os amados de Deus que estão em Roma, chamados a ser santos: graça e paz a vós, da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo! Oração pelos cristãos de Roma 


Evangelho segundo S. Mateus 1,18-24. 


O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo. 
José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente. 
Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. 
Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.» 
Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: 
Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá lo Emanuel, que quer dizer: Deus connosco. 
Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa.

Santa Francisca Xavier Cabrini - 22 de dezembro


Filha de família pobre, cresceu em meio à miséria que pairava, em meados do século XIX, no norte da Itália. Franzina, de saúde fraca, não conseguiu ser aceita nos conventos. Apesar disso, era dona de uma alma grandiosa, digna de figurar entre os santos. Assim pode ser definida santa Francisca Cabrini, com sua vida voltada somente para a caridade e o bem do próximo.

Francisca Cabrini foi a penúltima de quinze filhos de Antônio e Estela, camponeses muito pobres na pequena Santo Ângelo Lodigiano, região da Lombardia. Nascida em 15 de julho de 1850, desde pequena se entusiasmava ao ler a vida dos santos. A preferida era a de são Francisco Xavier, a quem venerou tanto que assumiu seu sobrenome, se auto-intitulando Xavier. Sua infância e adolescência foram tristes e simples, cheia de sacrifícios e pesares. 

Francisca, porém, gostava tanto de ler e se aplicava de tal forma nos estudos que seus pais fizeram o possível para que ela pudesse tornar-se professora.

Mal se viu formada, porém, encontrou-se órfã. No prazo de um ano perdeu o pai e a mãe. Enquanto lecionava e atuava em obras de caridade em sua cidade, acalentava o sonho de entregar-se de vez à vida religiosa. Aos poucos, foi criando coragem e, por fim, pediu admissão em dois conventos, mas não foi aceita em nenhum. A causa era a sua fragilidade física. Mas também influiu a displicência e o egoísmo do padre da paróquia, que a queria trabalhando junto dele nas obras de caridade da comunidade.

Francisca, embora decepcionada, nunca desistiu do sonho. Passado o tempo, quando já tinha trinta anos de idade, desabafou com um bispo o quanto desejava abraçar uma obra missionária e esse a aconselhou: "Quer ser missionária? Pois se não existe ainda um instituto feminino para esse fim, funde um". Foi, exatamente, o que ela fez.

Com o auxílio do vigário, em 1877 fundou o Instituto das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, que colocou sob a proteção de são Francisco Xavier. Ainda: obteve o apoio do papa Leão XIII, que apontou o alvo para as missões de Francisca: "O Ocidente, não o Oriente, como fez são Francisco". Era o período das grandes migrações rumo às Américas por causa das guerras que assolavam a Itália. As pessoas chegavam aos cais do Novo Mundo desorientadas, necessitadas de apoio, solidariedade e, sobretudo, orientação espiritual. Francisca preparou missionárias dispostas e plenas de fé, como ela, para acompanhar os imigrantes em sua nova jornada. 

Tinham o objetivo de fundar, nas terras aonde chegavam, hospitais, asilos e escolas que lhes possibilitassem calor humano, amparo e conforto.

Em trinta anos de intensa atividade, Francisca Cabrini fundou sessenta e sete Casas na Itália, França e nas Américas, no Brasil inclusive. Mais de trinta vezes cruzou os oceanos aquela "pequena e fraca professora lombarda", que enfrentava, destemida, as autoridades políticas em defesa dos direitos de seus imigrantes nos novos lares.

Madre Cabrini, como era popularmente chamada, morreu em Chicago, Estados Unidos, em 22 de dezembro de 1917. Solenemente, seu corpo foi transportado para New York, onde o sepultaram na capela anexa à Escola Madre Cabrini, para ficar mais próxima dos imigrantes. Canonizada em 1946, santa Francisca Xavier Cabrini é festejada no mundo todo, no dia de sua morte, como padroeira dos imigrantes.


Fonte: Paulinas

sábado, 21 de dezembro de 2013

PODEMOS MUDAR - DOM ORANI JOÃO TEMPESTA

   Mais uma vez nossos olhos e ouvidos voltam-se e abrem-se para um novo apelo: combater a fome no mundo. Certa vez, Madre Tereza de Calcutá disse: “Meu Deus, como dói esta dor desconhecida...” referindo-se aos pobres, famintos e doentes moribundos nas sarjetas. Por isso, fiel ao meu ministério a Cristo e à Igreja uno-me ao Santo Padre, o Papa Francisco, que abriu a Campanha Mundial da Caritas Internacional contra a fome no mundo, lançada no Vaticano com a presença de mais de 30 mil fiéis na Praça de São Pedro, no último dia 10 de dezembro, aniversário da Declaração Mundial dos Direitos Humanos. Em unidade com toda a Igreja e aos milhões de irmãos que sofrem, também digo: “meu Deus, como dói esta dolorosa dor da fome”.

   O Papa Francisco exorta os católicos, governantes e toda sociedade civil para um total engajamento, a fim de erradicar aquilo que ele chama de “escândalo da fome”. O Papa convida para que todos se juntem ao slogan da Campanha da Cáritas: “Uma só Família humana, alimento para todos”.

   Os números não negam, nos surpreendem, apavoram e até enganam... Mas, por que enganam? Porque até o final da leitura deste artigo, que você levará em torno de dois minutos, estes números que aqui serão apresentados já não serão mais os mesmos... Milhares já terão morrido de fome enquanto você estiver lendo isto... Outros entrarão para o cinturão da miséria. Afinal, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), a cada minuto 12 crianças morrem de fome no mundo. Vejamos algumas estatísticas:

   Segundo a última informação divulgada pela ONU (Organização das Nações Unidas), na terça-feira, dia 10 de dezembro p.p., uma em cada oito pessoas sofre de fome crônica no mundo. Seriam aproximadamente em torno de 842 milhões de pessoas subnutridas, ou seja, pessoas que não possuem alimentos necessários para uma vida saudável e ativa. Muitos esforços são empreendidos pelos Governos e muitas frentes não governamentais, mas o que se observou foi que desde 2010 até 2013 apenas 26 milhões de pessoas foram resgatadas dessa margem de pobreza e miséria. O Brasil, apesar de todos os esforços e sua riqueza produtiva de alimentos, tem 16 milhões de pessoas que estão em estado de fome crônica. Se for pensar em investimentos concretos, então pense que serão necessários no mínimo 30 bilhões de dólares por ano para erradicar a fome no mundo. Isso não chega aos 10% do que os EUA investem por ano em armamento (US$ 450 bilhões). Permitam-me reproduzir abaixo um gráfico apresentado pela FAO:

• 814,6 milhões de famintos nos países em desenvolvimento (como China, Bolívia, Angola...)
• 28,3 milhões de famintos em países de transição (como Rússia, Croácia, Ucrânia...)
• 53 milhões de famintos na América Latina
• 9 milhões de famintos nos países industrializados (como Alemanha, Estados Unidos, Austrália)
• 15,6 milhões de famintos no Brasil
• 5 milhões de crianças morrem de FOME por ano: uma morte a cada 5 segundos
• Com US$ 25 milhões por ano, seria possível reduzir drasticamente a desnutrição nos 15 mais famintos países da África e da América Latina e salvar da fome pelo menos 900 mil crianças até 2015.

A situação é dramática e desencontrada quando se quer mostrar algum gráfico brasileiro. Fontes do IBGE (34 milhões) e Fundação Getúlio Vargas (50 milhões) apontam divergências enormes de pessoas abaixo do nível de pobreza no Brasil. Já os índices oficiais apontam níveis mais esperançosos: apenas 24 milhões de brasileiros passam fome no Brasil, já que aqui se tem o programa “Fome Zero”.

   Olho para o pronunciamento do Papa, como “A Carta que o Papa Francisco escreveu à humanidade”. Uma carta que leva o selo da solidariedade postada no correio da caridade fraterna e cristã para os destinatários de todos os credos, raças, línguas e nações. São palavras tão claras e profundas que reproduzem o evento do milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, quando Jesus, diante daquela multidão faminta, delega seus discípulos à distribuição do pouco que possuíam: pães e peixes. A graça divina agiu naquele momento e todos ficaram saciados, as sobras foram recolhidas para novas necessidades e nada foi desperdiçado. A parábola da multiplicação dos pães e dos peixes nos ensina justamente que se houver vontade, o que temos não vai acabar, ao contrário, vai sobrar, e não deve ser perdido. Por isso, queridos irmãos e queridas irmãs, convido-os a abrir um espaço em seus corações para esta urgência, respeitando o direito dado por Deus a todos de ter acesso a uma alimentação adequada.”

   Chamo atenção para o substantivo urgência que o papa sublinha afinal, na rotina de uma pessoa nos alimentamos pelo menos três vezes ao dia enquanto estes aqui citados nas estatísticas da ONU o alimento é a preciosidade do “de vez em quando”. Outro elemento forte na carta do Papa é a expressão “se houver vontade”; ali o Papa Francisco está convocando em primeiro lugar os Governos e em seguida toda sociedade civil para uma verdadeira “vontade política” de abertura, conversão e distribuição dos alimentos. Em outro momento, inclusive no encontro com os estudantes universitários de Roma, o Papa pede para que não fiquemos olhando pela janela e sim para que lutemos a fim de vencer a batalha contra a fome. Ali está a batalha para de fato derrubar esta condicional “se houver”. Como o próprio Sumo Pontífice afirma: o “escândalo da fome não pode nos paralisar”.

   O desperdício de alimentos que são jogados no lixo é um escândalo para a humanidade. Existem projetos para o aproveitamento e assim alimentar os necessitados do mundo, mas isso supõe, além das iniciativas de empresas e organizações, vontade política e leis condizentes. O Papa lembrou mais de uma vez: se a bolsa de valores cai um dígito é manchete mundial, se uma criança morre de fome em nosso planeta é apenas um número na estatística.

   Mas a Palavra de Deus se torna sempre viva nos homens de fé e coragem que exortam a humanidade para olhar os nossos irmãos com os olhos da solidariedade e com a mesma sensibilidade com que Cristo olhava para os que mais sofriam.

   Caríssimos, diante desta dolorosa dor da fome, abramos nossos corações e nossos armários para a verdadeira partilha e solidariedade. Em nossa Arquidiocese do Rio de Janeiro estamos trabalhando na execução do Ano da Caridade. Procure a sua Paróquia ou comunidade. Lá você encontrará todas as informações necessárias para saber como interagir neste apelo que o Santo Padre nos faz. O nosso Vicariato da Caridade Social, com as pastorais Sociais e entidades da Arquidiocese, como a Caritas Arquidiocesana e outros, irá articular o nosso trabalho deste ano que iniciaremos com a Trezena de São Sebastião, que tem como lema: "SÃO SEBASTIÃO, DISCÍPULO DO AMOR E DA CARIDADE" e o texto Bíblico referência é: "Se não tiver caridade, de nada adianta!" (1Cor 13,3).

   Estejamos unidos e façamos a diferença neste ano. Tudo isso é consequência da nossa missão evangelizadora e o fato de encontrarmos Cristo na pessoa do irmão.

† Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ