A bondade verdadeira, a bondade de Deus, foi revelada aos seres humanos em sua mais sublime e suprema expressão, por meio do seu Filho unigênito, Jesus Cristo:
Jesus começou a percorrer todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todo tipo de enfermidade. Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão, porque estavam cansadas e abatidas como ovelhas que não têm pastor (Mt 9,35).
A natureza da bondade divina é a questão bíblica mais simples e, ao mesmo tempo, mais complicada para a humanidade de todos os tempos. Entretanto, Deus tem revelado desde sempre seu amor pela humanidade, pois todos nós fomos criados à sua imagem e semelhança. Exatamente por isso, muitas vezes não o compreendemos como a verdadeira Bondade que é. A nossa bondade não passa de alguns instantes, mas Deus revela uma bondade incondicional. Ele é bom e não espera nossa retribuição, não pede que o amemos ou sirvamos. Não é bom para nós para que lhe retribuamos, ou para que o amemos e sirvamos, pois antes que o amemos, ele já nos tem amado. Tanto é verdade que nos enviou Jesus Cristo, seu amado Filho, que nos ensinou: "Amarás teu próximo como a ti mesmo" (Mt 23,29), base verdadeira da bondade a ser seguida por todos neste mundo.
Enquanto existir na mente humana o egoísmo, a inveja, a ganância e o ódio, a bondade custará a vencer. A pessoa sintonizada em Deus é generosa e benevolente com seu semelhante e age, assim, como filha de Deus que é. A interiorização da bondade purifica o ser humano, dá-lhe paz, liberta-o da dor e do sofrimento. Por meio da bondade, a pessoa pode agir de forma mais amável, sem parcialidade, sem preconceitos, sem discriminações nem ódios. A compaixão é a expressão da bondade em ação, por isso, quem não a possuir em si mesmo não conseguirá auxiliar os outros.
A bondade abrange o pensamento, a palavra e os atos. Quando estes causam dano a nós mesmo ou aos outros, é porque não dispomos do verdadeiro sentimento da bondade, não estamos ligados à bondade de Deus, nosso Pai.
Fonte: www.paulinas.org.br