segunda-feira, 31 de março de 2014

Deixai reconciliar com Deus!


Nesta quarta-feira(02/04) por conta das confissões comunitárias, será realizada na Matriz, logo após o Terço dos Homens, a Celebração Penitencial com o Diácono Vicente. Será um momento muito importante para nos preparármos para a reconciliação com Deus para a Páscoa que se aproxima.

O Terço dos Homens começa às 19h.

Arte: Camila Tahan

Evangelho: Jesus cura o filho de um funcionário público


Jesus cura o filho de um funcionário público.

Passados os dois dias, Jesus foi para a Galileia. Quando então chegou à Galileia, os galileus o receberam bem, porque tinham visto tudo o que fizera por ocasião da festa. [...] Havia um funcionário do rei, cujo filho se encontrava doente. Quando ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia, ele foi ao encontro dele e pediu-lhe [...]para curar o seu filho, que estava à morte. Jesus [...] respondeu: “Podes ir, teu filho vive”. O homem acreditou na palavra de Jesus e partiu. [...] Ele, então, passou a crer, juntamente com toda a sua família. Também este segundo sinal, Jesus o fez depois de voltar da Judeia para a Galileia.

COMENTÁRIOS

Confiança na palavra de Jesus.

Trata-se aqui, depois das bodas de Caná, do segundo sinal (v. 54). O sinal não é evidente por si mesmo, uma vez que ele aponta para outra realidade. Do ponto de vista do evangelho, o sinal exige discernimento e o salto da fé. Se o que Jesus realiza é visto como sinal, então, ele conduz à fé (cf. Jo 2,11; 4,53b; 20,30-31). Jesus é apresentado como Aquele cuja palavra faz viver. Sua palavra é eficaz, realiza o que diz, assim como a Palavra de Deus no primeiro relato da criação, em que todo o universo conhece a existência pela palavra criadora e eficaz de Deus (Gn 1,1–2,4a). Não há nenhum gesto feito por Jesus. Há uma palavra dita, palavra de Jesus que o funcionário do rei acreditou. Por essa palavra, o funcionário e todos os de sua casa puderam ver irromper um tempo novo em que a vida é transfigurada. A confiança na palavra do Senhor permite viver e constatar que para Deus nada é impossível. Para o leitor deste relato há um convite à confiança na palavra eficaz de Jesus. Essa confiança é um caminho que permite experimentar e conhecer a vida como dom de Deus.

Carlos Alberto Contieri, sj

São Guido - 31 de Março


Guido nasceu na segunda metade do século X, em Casamare, perto de Ravena, Itália. Após concluir seus estudos acadêmicos na cidade natal, mudou-se para Roma, onde recebeu o hábito de monge beneditino e retirou-se à solidão. Sob a direção espiritual de Martinho, também ele um monge eremita e depois canonizado pela Igreja, viveu observando fielmente as Regras de sua ordem, tornando-se um exemplo de disciplina e dedicação à caridade, à oração e à contemplação. Três anos depois, seu diretor o enviou ao mosteiro de Pomposa. Embora desejasse afastar-se do mundo, seu trabalho como musicista era necessário para a comunidade cristã.

No convento a história se repetiu. Era um modelo tão perfeito de virtudes, que foi eleito abade por seus irmãos de congregação. Sua fama espalhou-se de tal forma, que seu pai e irmãos acabaram por toma-lo como diretor espiritual e se tornaram religiosos. Sentindo o fim se aproximar, Guido retirou-se novamente para a tão almejada solidão religiosa. Mas, quando o imperador Henrique III foi a Roma para ser coroado pelo Papa, requisitou o abade para acompanhá-lo como conselheiro espiritual.

Guido cumpriu a função delegada, mas ao despedir-se dos monges que o hospedaram, despediu-se definitivamente demonstrando que sabia que não se veriam mais. Na viagem de retorno, adoeceu gravemente no caminho entre Parma e Borgo de São Donino e faleceu, no dia 31 de março de 1046.

Imediatamente, graças passaram a ocorrer, momentos depois de Guido ter morrido. Um homem cego recuperou a visão em Parma por ter rezado por sua intercessão. Outros milagres se sucederam e os moradores da cidade recusaram-se a entregar o corpo para que as autoridades religiosas o trasladassem ao convento. Foi necessário que o próprio imperador interviesse. Henrique III levou as relíquias para a Catedral de Spira. A igreja, antes dedicada a São João Evangelista, passou a ser chamada de São Guido, ou Wido, ou ainda Guy, como ele era também conhecido.

A história de São Guido é curiosa no que se refere à sua atuação religiosa. Ele é o responsável pela nova teoria musical litúrgica. Desejava ser apenas um monge solitário, sua vocação original, mas nunca pode exerce-la na sua plenitude, teve que interromper esta condição a pedido de seus superiores, devido ao dom de músico apurado, talento que usou voltado para a fé. Quando pensou que poderia morrer na paz da solidão monástica, não conseguiu, mas foi para a Casa do Pai, já gozando a fama de santidade.


Fonte: Paulinas

domingo, 30 de março de 2014

4º Domingo da Quaresma - Ano A - 30/03/14


Livro de 1º Samuel 16,1b.6-7.10-13a. 

Naqueles dias, o Senhor disse a Samuel: «Enche o teu chifre de óleo e vai. Quero enviar-te a Jessé de Belém, pois escolhi um rei entre os seus filhos.» 
Logo que entraram, Samuel viu Eliab e pensou consigo: «Certamente é este o ungido do Senhor.» 
Mas o Senhor disse a Samuel: «Que te não impressione o seu belo aspecto, nem a sua alta estatura, pois Eu rejeitei-o. O que o homem vê não importa; o homem vê as aparências, mas o Senhor olha o coração.» 
Jessé apresentou-lhe, assim, os seus sete filhos, mas Samuel disse: «O Senhor não escolheu nenhum deles.» 
E acrescentou: «Estão aqui todos os teus filhos?» Jessé respondeu: «Resta ainda o mais novo, que anda a apascentar as ovelhas.» Samuel ordenou a Jessé: «Manda buscá-lo, pois não nos sentaremos à mesa antes de ele ter chegado.» 
Jessé mandou então buscá-lo. David era louro, de belos olhos e de aparência formosa. O Senhor disse: «Ei-lo, unge-o: é esse.» 
Samuel tomou o chifre de óleo e ungiu-o na presença dos seus irmãos. E, a partir daquele dia, o espírito do Senhor apoderou-se de David. E Samuel voltou para Ramá. 


Livro de Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6. 


O Senhor é meu pastor: nada me faltará. 
Leva-me a descansar em verdes prados,   
conduz-me às águas refrescantes,   
reconforta a minha alma, 

Ele me guia por caminhos rectos, por amor do seu nome. 
Ainda que atravesse vales tenebrosos, 
de nenhum mal terei medo porque Tu estás comigo. 
A tua vara e o teu cajado dão-me confiança. 

Preparas a mesa para mim 
à vista dos meus inimigos; 
ungiste com óleo a minha cabeça; 
a minha taça transbordou. 

Na verdade, a tua bondade e o teu amor 
hão-de acompanhar-me todos os dias da minha vida, 
e habitarei na casa do Senhor 
para todo o sempre. 



Carta aos Efésios 5,8-14.

 
Irmãos: É que outrora éreis treva
s, mas agora sois luz, no Senhor. Procedei como filhos da luz, 
pois o fruto da luz está em toda a espécie de bondade, justiça e verdade – 
procurando discernir o que é agradável ao Senhor. 
E não tomeis parte nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, denunciai-as. 
Porque o que por eles é feito às escondidas, até dizê-lo é vergonhoso. 
Mas tudo isso, se denunciado, é posto às claras pela luz; 
pois tudo o que é posto às claras é luz. Por isso se diz: «Desperta, tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo brilhará sobre ti». 


Evangelho segundo S. João 9,1-41.

 
Naquele tempo, Jesus encontrou no seu caminho um homem cego de nascença. 
Os seus discípulos perguntaram-lhe, então: «Rabi, quem foi que pecou para este homem ter nascido cego? Ele, ou os seus pais?» 
Jesus respondeu: «Nem pecou ele, nem os seus pais, mas isto aconteceu para nele se manifestarem as obras de Deus. 
Temos de realizar as obras daquele que me enviou enquanto é dia. Vem aí a noite, em que ninguém pode actuar. 
Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.» 
Dito isto, cuspiu no chão, fez lama com a saliva, ungiu-lhe os olhos com a lama 
e disse-lhe: «Vai, lava-te na piscina de Siloé» que quer dizer Enviado. Ele foi, lavou-se e regressou a ver. 
Então, os vizinhos e os que costumavam vê-lo antes a mendigar perguntavam: «Não é este o que estava por aí sentado a pedir esmola?» 
Uns diziam: «É ele mesmo!» Outros afirmavam: «De modo nenhum. É outro parecido com ele.» Ele, porém, respondia: «Sou eu mesmo!» 
Então, perguntaram-lhe: «Como foi que os teus olhos se abriram?» 
Ele respondeu: «Esse homem, que se chama Jesus, fez lama, ungiu-me os olhos e disse-me: 'Vai à piscina de Siloé e lava-te.' Então eu fui, lavei-me e comecei a ver!» 
Perguntaram-lhe: «Onde está Ele?» Respondeu: «Não sei.» 
Levaram aos fariseus o que fora cego. 
O dia em que Jesus tinha feito lama e lhe abrira os olhos era sábado. 
Os fariseus perguntaram-lhe, de novo, como tinha começado a ver. Ele respondeu-lhes: «Pôs-me lama nos olhos, lavei-me e fiquei a ver.»
Diziam então alguns dos fariseus: «Esse homem não vem de Deus, pois não guarda o sábado.» Outros, porém, replicavam: «Como pode um homem pecador realizar semelhantes sinais miraculosos?» Havia, pois, divisão entre eles. 
Perguntaram, então, novamente ao cego: «E tu que dizes dele, por te ter aberto os olhos?» Ele respondeu: «É um profeta!» 
Ora os judeus não acreditaram que aquele homem tivesse sido cego e agora visse, até que chamaram os pais dele. 
E perguntaram-lhes: «É este o vosso filho, que vós dizeis ter nascido cego? Então como é que agora vê?» 
Os pais responderam: «Sabemos que este é o nosso filho e que nasceu cego; 
mas não sabemos como é que agora vê, nem quem foi que o pôs a ver. Perguntai-lhe a ele. Já tem idade para falar de si.» 
Os pais responderam assim por terem receio dos judeus, pois estes já tinham combinado expulsar da sinagoga quem confessasse que Jesus era o Messias. 
Por isso é que os pais disseram: 'Já tem idade, perguntai-lhe a ele'. 
Chamaram, então, novamente o que fora cego, e disseram-lhe: «Dá glória a Deus! Quanto a nós, o que sabemos é que esse homem é um pecador!» 
Ele, porém, respondeu: «Se é um pecador, não sei. Só sei uma coisa: que eu era cego e agora vejo.» 
Eles insistiram: «O que é que Ele te fez? Como é que te pôs a ver?» 
Respondeu-lhes: «Eu já vo-lo disse, e não me destes ouvidos. Porque desejais ouvi-lo outra vez? Será que também quereis fazer-vos seus discípulos?» 
Então, injuriaram-no dizendo-lhe: «Discípulo dele és tu! Nós somos discípulos de Moisés! 
Sabemos que Deus falou a Moisés; mas, quanto a esse, não sabemos donde é!» Replicou-lhes o homem: 
«Ora isso é que é de espantar: que vós não saibais donde Ele é, e me tenha dado a vista! 
Sabemos que Deus não atende os pecadores, mas se alguém honrar a Deus e cumprir a sua vontade, Ele o atende. 
Jamais se ouviu dizer que alguém tenha dado a vista a um cego de nascença. 
Se este não viesse de Deus, não teria podido fazer nada.» 
Responderam-lhe: «Tu nasceste coberto de pecados e dás-nos lições?» E puseram-no fora. 
Jesus ouviu dizer que o tinham expulsado e, quando o encontrou, disse-lhe: «Tu crês no Filho do Homem?» 
Ele respondeu: «E quem é, Senhor, para eu crer nele?» 
Disse-lhe Jesus: «Já o viste. É aquele que está a falar contigo.» 
Então, exclamou: «Eu creio, Senhor!» E prostrou-se diante dele. 
Jesus declarou: «Eu vim a este mundo para proceder a um juízo: de modo que os que não vêem vejam, e os que vêem fiquem cegos.» 
Alguns fariseus que estavam com Ele ouviram isto e perguntaram-lhe: «Porventura nós também somos cegos?» 
Jesus respondeu-lhes: «Se fôsseis cegos, não estaríeis em pecado; mas, como dizeis que vedes, o vosso pecado permanece.» 

São João Clímaco - 30 de março


O Monte Sinai está históricamente ligado ao cristianismo. Foi o lugar indicado por Deus para entregar a Moisés as tábuas gravadas com os Dez Mandamentos. É uma serra rochosa e árida que, não só pela sua geografia, mas também pelo significado histórico, foi escolhida pelos cristãos que procuravam a solidão da vida eremítica. 

Assim, já no século IV, depois das perseguições romanas, vários mosteiros rudimentares foram ali construídos por numerosos monges que se entregavam à vida de oração e contemplação. Esses mosteiros tornaram-se famosos pela hospitalidade para com os peregrinos e pelas bibliotecas que continham manuscritos preciosos. Foi neste ambiente que viveu e atuou o maior dos monges do Monte Sinai, João Clímaco.

João nasceu na Síria, por volta do ano 579. De grande inteligência, formação literária e religiosa, ainda muito jovem, aos dezesseis anos, optou pelo deserto e viajou para o Monte Sinai, tornando-se discípulo num dos mais renomados mosteiros, do venerável ancião Raiuthi. Isso aconteceu depois de renunciar a fortuna da família e a uma posição social promissora. Preferiu um cotidiano feito de oração, jejum continuado, trabalho duro e estudos profundos. Só descia ao vale para recolher frutas e raízes para sua parca refeição e só se reunia aos demais monges nos fins de semana, para um culto coletivo.

Sua fama se espalhou e muitos peregrinos iam procura-lo para aprender com seus ensinamentos e conselhos. Inicialmente eram apenas os que desejavam seguir a vida monástica, depois eram os fiéis que queriam uma benção do monge, já tido em vida como santo. Aos sessenta anos João foi eleito por unanimidade abade geral de todos os eremitas da serra do Monte Sinai. 

Nesse período ele escreveu muito e o que dele se conserva até hoje é um livro importantíssimo que teve ampla divulgação na Idade Média, "Escada do Paraíso". Livro que lhe trouxe também o sobrenome Clímaco que, em grego, significa "aquele da escada". No seu livro ele estabeleceu trinta degraus necessários à subir para alcançar a perfeição da alma. 

Trata-se de um verdadeiro manual, a síntese da doutrina monástica e ascética, para os noviços e monges, onde descreveu, degrau por degrau, todas as dificuldades a serem vividas, a superação da razão e dos sentidos, e que as alegrias do Paraíso perfeito serão colhidas no final dessa escalada, após o transito para a eternidade de Nosso Senhor Jesus Cristo. 

João Clímaco morreu no dia 30 de março de 649, amado e venerado por todos os cristãos do mundo oriental e ocidental, sendo celebrado por todos eles no mesmo dia do seu falecimento.


Fonte: Paulinas

sábado, 29 de março de 2014

Evangelho: O fariseu e o cobrador de impostos.


O fariseu e o cobrador de impostos. - Lc 18,9-14

Para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: “Dois homens subiram ao templo para orar. Um era fariseu, o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim em seu íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de toda a minha renda’. O publicano, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!’ Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, mas o outro não. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”.

COMENTÁRIOS

Duas atitudes do homem diante de Deus.

Os destinatários da parábola são apresentados logo no primeiro versículo do evangelho de hoje: aqueles que fechados sobre si mesmos, sobre suas próprias obras, consideram os outros como inferiores e, por isso, se enganam na sua relação com Deus. A parábola apresenta duas atitudes do homem diante de Deus. O fariseu, embora reconheça que o cumprimento da Lei é dom, se apresenta soberbo e autossuficiente diante de Deus. Para ele a salvação é merecimento em razão de suas próprias obras, e não dom de Deus que deve ser acolhido. A consequência dessa atitude é o juízo condenatório e o desprezo pelos outros. O publicano, ao contrário, se apresenta diante de Deus humilde, consciente de sua falta, necessitado da misericórdia do Senhor. Há uma prática religiosa que, voltada para si mesma ou para a pessoa que a pratica, se transforma em pura vaidade e sutilmente rejeita um Salvador, pois o que ele pratica é, para ele, a sua justificação. A salvação é dom de Deus. O que nós fazemos deve ser a expressão da gratidão e da consciência do dom recebido.

Carlos Alberto Contieri, sj

São Segundo de Asti - 29 de março


Segundo era um soldado pagão, filho de nobres, nascido em Asti, norte da Itália, no final do século I e profundo admirador dos mártires cristãos, que o intrigavam pelo heroísmo e pela fé em Cristo. Chegava a visitá-los nos cárceres de Asti, conversando muito com todos, quantos pudesse. Consta dos registros da Igreja, que foi assim que tomou conhecimento da Palavra de Cristo, aprendendo especialmente com o mártir Calógero de Bréscia, com o qual se identificou, procurando-o para conversar inúmeras vezes. 

Além disso, Segundo era muito amigo do prefeito de Asti, Saprício, e com ele viajou para Tortona, onde corria o processo do bispo Marciano, o primeiro daquela diocese. Sem que seu amigo político soubesse, Segundo teria estado com o mártir e este encontro foi decisivo para a sua conversão. 

Entretanto, esta só aconteceu mesmo durante outra viagem, desta vez a Milão, onde visitou no cárcere os cristãos Faustino e Jovita. Tudo o que se sabe dessa conversão está envolto em muitas tradições cristãs. Os devotos dizem que Segundo teria sido levado à prisão por um anjo, para lá receber o batismo através das mãos daqueles mártires. A água necessária para a cerimônia teria vindo de uma nuvem. Logo depois, uma pomba teria lhe trazido a Santa Comunhão.

Depois disso, aconteceu o prodígio mais fascinante, narrado através dos séculos, da vida deste santo, que conta como ele conseguiu atravessar a cavalo o Pó, sem se molhar, para levar a Eucaristia, que lhe fora entregue por Faustino e Jovita para ser dada ao bispo Marciano, antes do martírio. O Pó é um rio imponente, tanto nas cheias, quanto nas baixas, minúsculo apenas no nome formado por duas letras, possui mil e quinhentos metros cúbicos de volume d'água por segundo, nos seiscentos e cinqüenta e dois quilômetros de extensão, um dos mais longos da Itália. 

Passado este episódio extraordinário, Saprício, o prefeito, soube finalmente da conversão de seu amigo. Tentou de todas as formas fazer Segundo abandonar o cristianismo, mas, não conseguiu, mandou então que o prendessem, julgassem e depois de torturá-lo deixou que o decapitassem. Era o dia 30 de março do ano 119.

No local do seu martírio foi erguida uma igreja onde, num relicário de prata, se conservam as suas relíquias mortais. Uma vida cercada de tradições, prodígios, graças e sofrimentos foi o legado que nos deixou São Segundo de Asti, que é o padroeiro da cidade de Asti e de Ventimilha, cujo culto é muito popular no norte da Itália e em todo o mundo católico que o celebra no dia 29 de março.


Fonte: Paulinas

sexta-feira, 28 de março de 2014

Deus espera-nos sempre. Deus não se cansa de perdoar – o Papa na Missa em Santa Marta



Nesta sexta-feira na Missa na Capela da Casa de Santa Marta o Papa Francisco, tomando como primeiro estímulo da sua homilia a leitura do Livro do Profeta Oseias, evidenciou o coração de Deus-Pai que nunca se cansa de esperar por nós:

É o coração do nosso Pai, é assim Deus: não se cansa, não se cansa! E por tantos séculos fez isto, com tanta apostasia do povo. E Ele sempre volta, porque o nosso Deus é um Deus que espera. Desde aquela tarde no Paraíso terrestre, Adão saiu do Paraíso com uma pena e também uma promessa. E Ele é fiel, o Senhor é fiel à sua promessa, porque não pode renegar-se a si próprio. É fiel. E assim esperou por todos nós ao longo da história. É o Deus que nos espera, sempre.”

De seguida o Santo Padre recordou a parábola do filho pródigo. O Evangelho de Lucas conta-nos nessa parábola que o pai vê e reconhece o filho ao longe porque o esperava. Andava todos os dias no terraço para ver se o filho voltava. Esperava-o:

Este é o nosso Pai, o Deus que nos espera. Sempre. ‘Mas padre, eu tenho tantos pecados, não sei se Ele ficará contente’. Mas experimenta ! Se tu queres conhecer a ternura deste Pai, vai ter com Ele e experimenta, e depois contas-me’. O Deus que nos espera. Deus que nos espera e também Deus que perdoa. É o Deus da misericórdia: não se cansa de perdoar. Somos nós que nos cansamos de pedir o perdão, mas Ele não se cansa. Setenta vezes sete: sempre para a frente com o perdão. E do ponto de vista de uma empresa, o balanço é negativo. Ele sempre perde: perde no balanço das coisas, mas ganha no balanço do amor.

“Assim, que esta palavra nos ajude a pensar no nosso Pai que nos espera sempre, que nos perdoa sempre e que faz festa quando voltamos.”


Fonte: Rádio Vaticano

PS: Dia 04/04 a partir das 19h teremos confissões comunitárias em nossa paróquia. Venha se reconciliar com Deus e se preparar para a Páscoa do Senhor que está chegando.

Evangelho: O mandamento mais importante


O mandamento mais importante

“Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” Jesus respondeu: “O primeiro é este: ‘Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é um só. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com toda a tua força!’ E o segundo mandamento é: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo!’ Não existe outro mandamento maior do que estes”. O escriba disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: ‘Ele é o único, e não existe outro além dele’. Amar a Deus de todo o coração, com toda a mente e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo, isto supera todos os holocaustos e sacrifícios”. [...].

COMENTÁRIOS

O amor na origem de tudo
O evangelho deste dia é um entre outros diálogos didáticos que se encontram na segunda parte do evangelho segundo Marcos. A finalidade desses diálogos é instruir os discípulos e apresentar o específico da vida cristã. O que talvez para nós, hoje, seja óbvio, não o era para os contemporâneos de Jesus, como também para os seus próprios discípulos. Ante um universo de 613 preceitos que deveriam ser cumpridos de maneira irrepreensível, qual a hierarquia entre eles, e qual teria precedência sobre outros? Qual é aquele mandamento que está na origem de todos os demais? A questão apresentada pelo escriba é pertinente e ajuda a esclarecer os discípulos. O amor está na origem de tudo: da criação e da Lei dada por Deus a Israel. Sem a referência a essa origem a lei passa a ser um fardo difícil de carregar e que leva à morte. A resposta de Jesus é clara: o amor a Deus que exige o amor ao próximo. A exigência do amor não pode figurar simplesmente como um entre outros mandamentos, pois ele é o fundamento da Lei. Para os cristãos, o amor é a expressão máxima da vida cristã (cf. 1Cor 13,1ss).

Carlos Alberto Contieri, sj

São Xisto III - 28 de março


Xisto chegou a adotar uma posição neutra na controvérsia entre pelagianos e semipelagianos do sul da Gália, especialmente contra Cassiano, sendo advertido pelo papa Zózimo. Mas reconheceu o seu erro, com a ajuda de Agostinho, bispo de Hipona, que combatia arduamente aquela heresia, e que lhe escrevia regularmente.

Ao se tornar papa em 432, Xisto III agindo com bastante austeridade e firmeza, nesta ocasião, Agostinho teve de lhe pedir moderação. Foi assim, que este papa conseguiu o fim definitivo da doutrina herege. Esta doutrina pelagiana negava o pecado original e a corrupção da natureza humana. Também defendia a tese de que o homem, por si só, possuía a capacidade de não pecar, dispensando dessa maneira a graça de Deus. 

Ele também conduziu com sabedoria uma ação mais conciliadora em relação a Nestório, acabando com a controvérsia entre João de Antioquia e Cirilo, patriarca de Constantinopla, sobre a divindade de Maria. Em seguida, demonstrou a sua firme autoridade papal na disputa com o patriarca Proclo. Xisto III teve de escrever várias epístolas para manter o governo de Roma sobre a lliría, contra o imperador do Oriente que queria torná-la dependente de Constantinopla, com a ajuda deste patriarca. 

Depois do Concílio de Éfeso em 431, em que a Mãe de Jesus foi aclamada Mãe de Deus, o papa Xisto III mandou ampliar e enriquecer a basílica dedicada à Santa Mãe das Neves, situada no monte Esquilino, mais tarde chamada Santa Maria Maior. Esta igreja é a mais antiga do Ocidente que foi dedicada a Nossa Senhora. 

Desta maneira ele ofereceu aos fiéis um grande monumento ao culto da bem-aventurada Virgem Maria, à qual prestamos um culto de hiperdulia, ou seja, de veneração maior do que o prestado aos outros santos. Xisto III, mandou vir da Palestina as tábuas de uma antiga manjedoura, que segundo a tradição havia acolhido o Menino Jesus na gruta de Belém, dando origem ao presépio. Introduziu no Ocidente a tradição da Missa do Galo celebrada na noite de Natal, que era realizada em Jerusalém desde os primeiros tempos da Igreja. 

Durante o seu pontificado, Xisto III promoveu uma intensa atividade edificadora, reformando e construindo muitas igrejas, como a exuberante basílica de São Lourenço em Lucina, na Itália.

Morreu em 19 de agosto de 440, deixando a indicação do sucessor, para aquele que foi um dos maiores papas dos primeiros séculos, Leão Magno. A Igreja indicou sua celebração para o dia 28 de março, após a última reforma oficial do calendário litúrgico.


Fonte: Paulinas

quinta-feira, 27 de março de 2014

"24 horas para o Senhor" acontecerá no Santuário Nossa Senhora de Fátima


Uma Vigília Penitencial acontecerá, a pedido do Papa Francisco, das 17h da sexta-feira, 28 de março, às 17h do sábado, dia 29, em todas as dioceses do mundo. O pedido foi encaminhado pelo Pontifício Conselho para Nova Evangelização através de uma carta dirigida aos bispos titulares. A intenção é criar uma tradição, que anualmente seja repetida no quarto Domingo da Quaresma, conhecido como “Domingo da Alegria”.
No Rio de Janeiro, as atividades se concentrarão no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, no Recreio dos Bandeirantes. A partir das 17h terão início as confissões, num plantão de 24h, no qual sacerdotes se revezarão para atender os fiéis. Durante este período, haverá missa, adoração eucarística, louvor e formações. O arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, também atenderá confissões no local.
“Nossa Arquidiocese recebeu a proposta das ‘24 horas para o Senhor’ como mais um passo para rumo a nova evangelização. Somos convidados a ser cada vez mais uma Igreja do ir”,afirmou monsenhor Joel Portella Amado, coordenador arquidiocesano de Pastoral. Segundo ele, será uma oportunidade de testemunhar que a Igreja está disponível para acolher, ouvir e dar o perdão de Deus a quem procura.
O sacerdote destaca, também, que a iniciativa possibilita os fiéis se reaproximarem da vida sacramental e da adoração eucarística. “O mundo hoje tem ritmos diferentes de outras décadas. Já não é tão tranquilo, por exemplo, firmar horários de início e de término. Na maioria das paróquias, há pessoas chegando em casa e se dirigindo ao trabalho ou outra atividade, nos mais variados horários. Deste modo, ficar disponível 24 horas é o jeito atual de dizer que a Igreja está disponível sempre”, afirmou o monsenhor.
Existe, ainda, o convite à revisão de vida, à reconciliação e à conversão. A Quaresma é um tempo propício para esta atitude. Neste tempo, na Arquidiocese do Rio é costume as paróquias realizarem os chamados mutirões de confissões. Os padres de uma mesma forania se unem para ouvir as confissões e perdoar os pecados. “É um costume antigo em nossa arquidiocese, que vai ser reforçado com a celebração das 24 horas para o Senhor”,completou o monsenhor.
O Santuário de Nossa Senhora de Fátima fica na Avenida Alfredo Baltazar da Silveira, 900, Recreio dos Bandeirantes. Informações: 3114-0411.
Papa ouvirá confissões no Vaticano
No domingo, 23, após a oração do Ângelus, o Santo Padre reforçou a importância do Dia do Perdão. “Sexta e sábado [28 e 29 de março] próximo viveremos um especial momento penitencial chamado ‘24 horas para o Senhor’. Será uma festa do perdão, que terá lugar também em muitas dioceses e paróquias do mundo”, afirmou o Papa.
A programação terá início com a Celebração Eucarística na Basílica de São Pedro, no dia 28 de abril, às 17h. Logo após, o Pontífice confessará alguns fiéis.
A partir das 17h do dia 28 de março, algumas igrejas do centro de Roma também serão abertas para a oração e as confissões. A solenidade contará com a presença de confessores em três igrejas do Centro Histórico de Roma, a partir das 20 horas: Sant'Agnese in Agone, Santa Maria in Trastevere e Igreja dos Santos Estigmas. Nas três igrejas será realizada Adoração Eucarística durante toda a noite.
O Dia do Perdão concluir-se-á às 17h do sábado, dia 29, com a celebração das Vésperas do IV Domingo da Quaresma, presidida pelo presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, na Igreja de Santo Spirito in Sassia.
Santuário de Fátima, no Recreio, onde acontecerá o "24 Horas para o Senhor"


Fonte: Arqrio

"Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!"



Na solenidade da Anunciação do Senhor, celebrada por toda a Igreja no dia 25 de março, os fiéis da Paróquia Nossa Senhora do Bonsucesso de Inhaúma, em Bonsucesso, tiveram mais um motivo para louvar e agradecer a Deus. Uma Missa presidida pelo Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, marcou a posse do novo Administrador Paroquial da comunidade, Padre Thiago Azevedo.

— Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor! Quero nesse dia elevar a Deus a minha gratidão, pelo Dom da vocação sacerdotal e pela graça inestimável de pastorear um rebanho em nome dEle, algo que só poderá ser bem realizado e produzir frutos, pela graça e misericórdia do Senhor. Meu louvor se estende também a Bem-aventurada e Sempre Virgem Maria, Nossa Senhora do Bonsucesso, pois creio eu que o bom sucesso dela foi receber Jesus, que ela como mãe nos ensine e ajude a alcançarmos em nossas vidas essa mesma graça, afirmou Padre Thiago.

 A Celebração Eucarística foi concelebrada por sacerdotes dos Vicariatos Leopoldina e Oeste – região territorial de origem do padre empossado –, e com uma bela demonstração de unidade entre os fiéis da Arquidiocese do Rio contou não só com a participação dos paroquianos, mas também de fiéis das paróquiasSão Pedro Apóstolo, de Pedra de Guaratiba; e Nossa Senhora da Conceição, de Santa Cruz; e das Capelas Nossa Senhora da Glória, em Guaratiba; e São Jorge, em Santa Cruz.   

— Tenho uma eterna gratidão à Paróquia São Pedro Apóstolo, em Pedra de Guaratiba, onde nasci pela fé no batismo e onde aprendi a dar os primeiros passos na caminhada cristã, recebendo os sacramentos e de onde fui enviado para o seminário. Agradeço também à Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz, onde vivi o diaconato e as primícias do sacerdócio, onde aprendi e ensinei, todos fazem parte da minha história, destacou o sacerdote.

Visivelmente emocionado, ao final da Santa Missa Padre Thiago deixou uma mensagem aos novos paroquianos e agradeceu a Dom Orani não só pela confiança, mas também pelo fato de pela imposição de suas mãos ter se tornado padre.


— Dirijo-me agora de modo particular à Paróquia Nossa Senhora do Bonsucesso de Inhaúma, rebanho escolhido por Deus para mim. Antes de eu os conhecer já rezava por vocês. Desde que aqui cheguei, há duas semanas, encontrei um povo sedento e esperançoso em meu ministério. Prometo com a graça de Deus, gastar inteiramente minha vida e minhas forças na pregação do evangelho e na obra da evangelização. Desejo, sobretudo, santificar-me santificando! Que juntos: pastor e rebanho, possamos perseverar na busca da santidade e da salvação de nossas almas! (...) Agradeço também ao Cardeal Dom Orani João Tempesta, por presidir essa Celebração Eucarística e pela confiança em mim depositada. Minha gratidão não se resume unicamente pelo dia de hoje, mas pelo fato de pela imposição de suas mãos eu ter me configurado à Cristo Bom Pastor, aquele que dá a vida por suas ovelhas, concluiu.


* Texto: Raphael Freire – Pascom Paróquia Nossa Senhora do Bonsucesso de Inhaúma, em Bonsucesso
* Fotos: Maiara Santos – Pascom Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz e Winicius Rocha - Pascom N.Sra. do Bonsucesso de Inhaúma

Evangelho: O poder de Jesus para expulsar demônios.


O poder de Jesus para expulsar demônios.

Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas. Alguns, porém, disseram: “É pelo poder de Beelzebu, o chefe dos demônios, que ele expulsa os demônios”. Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu. Mas, conhecendo seus pensamentos, ele disse-lhes: “Todo reino dividido internamente será destruído; cairá uma casa sobre a outra. Ora, se até Satanás está dividido internamente, como poderá manter-se o seu reino? Pois dizeis que é pelo poder de Beelzebu que eu expulso os demônios. [...] Quem não está comigo é contra mim; e quem não recolhe comigo, espalha”.

COMENTÁRIOS

Jesus vai semeando a vida.
Enquanto sobe para Jerusalém, Jesus vai semeando a vida, não obstante a resistência de seus opositores. O leitor do evangelho está mais bem informado que os que fazem oposição a Jesus, pois ele sabe que Jesus foi revestido do Espírito Santo (cf. 3,21-22; 4,1.18). Por isso, causa estranheza quando aqueles anônimos fazem a afirmação contrária. O mal que enigmaticamente age no ser humano distorce a palavra e torna difícil a comunicação. Um exemplo disso é o relato da torre de babel (Gn 11,1-9). Efetivamente, o mal confunde, impede de falar bem e de bem falar. A palavra é dada ao homem para a sua comunicação com seu Criador e com os seus semelhantes. A palavra adquire seu pleno sentido no bem dizer. O mal interrompe essa comunicação. Jesus restabelece pela sua presença tal intercâmbio. Na segunda parte de sua obra, Lucas diz que é o Espírito Santo quem faz falar as maravilhas de Deus (At 2,1-11) e dá à palavra seu verdadeiro sentido. Considerar que é por Beelzebu que Jesus expulsa os demônios é um juízo equivocado, falta de discernimento. É confundir o Espírito Santo com Beelzebu. Eis aí o verdadeiro mal!

Carlos Alberto Contieri, sj

São Ruperto - 27 de março


Ruperto era um nobre descendente dos condes que dominavam a região do médio e do alto Reno, rio que percorre os Alpes europeus. Os Rupertinos eram parentes dos Carolíngios e o centro de suas atividades estava em Worms, onde Ruperto recebeu sua formação junto aos monges irlandeses. 

No ano 700, sua vocação de pregador se manifestou e ele dirigiu-se à Baviera, na Alemanha, com este intuito. Com o apoio do conde Téodo da Baviera, que era pagão e foi convertido por Ruperto, fundou uma igreja dedicada a São Pedro, perto do lago Waller, a dez quilômetros de Salzburgo. Mas, o local não condizia ainda com os objetivos de Ruperto, que conseguiu do conde outro terreno, próximo do rio Salzach, nos arredores da antiga cidade romana de Juvavum.

Nesse terreno, o mosteiro que o bispo Ruperto construiu é o mais antigo da Áustria e veio a ser justamente o núcleo de formação da nova cidade de Salzburgo. Teve para isso o apoio de doze concidadãos, dois dos quais também se tornaram santos: Cunialdo e Gislero. Fundou, ao lado deste, um mosteiro feminino, que entregou a direção para sua sobrinha, a abadessa Erentrudes. Foi o responsável pela conversão total da Baviera e, é claro, de toda a Áustria.

Morreu no dia 27 de março de 718, um domingo de Páscoa, depois de rezar a missa, no mosteiro de Juvavum. Antes, como percebera que a morte estava próxima, fez algumas recomendações e pedido de orações à sua sobrinha, e irmã espiritual, Erentrudes. Suas relíquias estão guardadas na belíssima catedral de Salzburgo, construída no século XVII. Ele é o padroeiro de seus habitantes e de suas minas de sal. 

São Ruperto, reconhecido como o fundador da bela cidade de Salzburgo, cujo significado é cidade do sal, aparece retratado com um saleiro na mão, tamanha sua ligação com a própria origem e desenvolvimento da cidade. Foi seu primeiro bispo e sua influência alastrou-se tanto, que é festejado nesse dia, não só nas regiões de língua alemã, como também na Irlanda, onde estudou, porque alí foi tomado como modelo pelos monges irlandeses.


Fonte: Paulinas

quarta-feira, 26 de março de 2014

O sacerdote sirva a sua comunidade com amor, senão não serve – o Papa Francisco na audiência geral


Nesta quarta-feira foi com frio que um enorme calor humano recebeu o Papa Francisco para a audiência geral. Dezenas de milhares de peregrinos saudaram e ouviram o Santo Padre. Hoje a catequese foi sobre o Sacramento da Ordem:

A Ordem compreendida nos três graus de episcopado, presbiterado e diaconado, é o Sacramento que habilita ao exercício do ministério, confiado pelo Senhor Jesus aos Apóstolos de apascentar as suas ovelhas, no poder do seu Espírito e segundo o seu coração.”

“O sacerdote deve apascentar com amor, se não o faz com amor não serve.”

O Santo Padre apresentou três aspetos importantes sobre o Sacramento da Ordem:

“Um primeiro aspeto. Aqueles que são ordenados são postos à cabeça da comunidade. À cabeça, para Jesus, significa pôr a própria autoridade ao serviço, como Ele próprio mostrou e ensinou aos discípulos com estas palavras: ‘Vós sabeis que os governantes das nações dominam e os chefes oprimem-nas. Entre vós não será assim; mas quem quiser tornar-se grande entre vós, será vosso servidor e quem quer ser o primeiro entre vós será escravo. Como o Filho do Homem que não veio para ser servido mas para servir e dar a própria vida por resgate de muitos.”

A Ordem – disse o Papa – torna capaz de apascentar o rebanho de Jesus, com a força do seu Espírito e segundo o seu coração. Na verdade, o ministro ordenado é posto à cabeça da comunidade, mas devemos entender este ato de presidir como serviço: «Quem no meio de vós quiser ser o primeiro – ensinou Jesus – seja vosso servo». 

“Uma outra caraterística que deriva sempre da questão sacramental com Cristo é o amor apaixonado pela Igreja.” 

Em virtude da Ordem – continuou o Santo Padre – o ministro dedica-se inteiramente à própria comunidade e ama-a com todo o seu coração: é ela a sua família, que deve amar com amor apaixonado. Isto, porém, sem ceder à tentação de a considerar como sua propriedade. 

“Um último aspeto, o apóstolo Paulo recomenda ao seu discípulo Timóteo que não se canse de reavivar o dom que está nele, recebido pela imposição das mãos.”


O Papa Francisco reforçou a ideia de que o ministro ordenado precisa de contínua conversão e assídua entrega à misericórdia de Deus; e esta entrega é a sua força e também um válido exemplo que pode oferecer aos irmãos da sua comunidade. 

No final da catequese o Papa Francisco pediu ao Senhor que nunca faltem nas nossas comunidades pastores autênticos e exortou os jovens a discernirem no seu coração o chamamento de Deus para uma vida de serviço total aos outros como sacerdotes.

O Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:

“Queridos amigos de língua portuguesa, que hoje tomais parte neste Encontro com o Sucessor de Pedro: Obrigado pela vossa presença e sobretudo pelas vossas orações! A todos saúdo, especialmente ao grupo de Brasília, encorajando-vos a apostar em ideais grandes de serviço, que engrandecem o coração e tornam fecundos os vossos talentos. Sobre vós e vossas famílias desça a Bênção do Senhor!”

O Papa Francisco a todos deu a sua benção!


Fonte: Rádio Vaticano

Cantinho da Culinária - Bolinho de Mandioca

Olá Amigos,  dias abençoados  e a Paz de Deus  a  todos!

Olha mais uma gostosura para o nosso CANTINHO DA CULINÁRIA .
Um bolinho de mandioca para você fazer no lanche de sábado e domingo que é  fácil fácil de fazer,  vou deixar todos com ÁGUA NA BOCA!  
Vamos fazer mais essa DELÍCIA? 

                                 Que momentos da sua vida sejam muito mais gostosos !!!



Bolinho de mandioca




Rendimento: 10 porções Tempo de Preparo: 30min

      Ingredientes:
       
·      3 xícaras de chá de madioca cozida com sal e amassada ainda quente
·      1/2 caixinha de creme de leite
·      3 colheres de sopa de queijo parmesão ralado
·      3 colheres de sopa de farinha de trigo
·      Salsinha e temperinhos a gosto

      Modo de Fazer:

1.    Misturar todos os ingredientes e fritar as colheradas em óleo quente
                        Escorrer sobre papel absorvente e servir 


Um beijo a todos que nos acompanham e obrigada pelo carinho! Até a próxima!











Kátia Tahan

Evangelho: A Lei de Moisés


A Lei de Moisés - Mt 5,17-19

“Não penseis que vim abolir a Lei e os profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo aconteça. Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.”

COMENTÁRIOS

a Lei é pensada a partir de Jesus Cristo
Durante a sua vida terrestre, Jesus enfrentou a oposição de adversários que pensavam que o modo como ele interpretava e punha em prática a Lei e relia a Escritura era um sinal de que sua determinação era de abolir a Palavra de Deus. No embate apologético com o judaísmo rabínico, essa dificuldade se prolongou no cristianismo primitivo. O trecho do evangelho de hoje visa dirimir o equívoco (cf. v. 17). Em Jesus, toda a Escritura encontra a sua realização e no Ressuscitado, a sua luz e o seu sentido pleno. Para o cristão que lê essas linhas do evangelho é dado um critério de interpretação do Antigo Testamento: é a partir de Jesus Cristo que a lei e os profetas devem ser lidos, pois apontam para Ele. Para o cristão, a Lei é pensada a partir da cristologia. A centralidade de Jesus Cristo faz com que a exigência primordial do amor e da misericórdia se imponham como condição de autenticidade ou não de determinada prática da Lei. O que tem precedência sobre quaisquer outras prescrições legais é o mandamento do amor (cf. Lc 10,25-37).

Carlos Alberto Contieri, sj

Santa Lúcia Filippini - 26 de Março


Lúcia nasceu no dia 13 de janeiro de 1672, em Corneto Tarquínia, proximidades de Roma, numa família honrada e abastada. Quando ainda tinha um ano de idade, Lúcia perdeu a mãe e alguns anos mais tarde, o pai. Ela foi entregue, para ser formada e educada, às Irmãs beneditinas e junto delas a menina descobriu o dom que tinha para ensinar.

Muito dedicada aos estudos da Sagrada Escritura, e com a alma cheia de caridade, tomou para si, ainda no início da adolescência a função de ensinar o catecismo às crianças. Tantos eram os pequenos que a procuravam e tão cativante era sua forma de transmitir a Palavra do Senhor, que logo o padre do local a nomeou oficialmente a catequista paroquial. Certo dia, passou pela sua cidade o cardeal Marcantonio Barbarigo, que conheceu Lúcia, reconheceu sua vocação e levou-a para acabar seus estudos com as Irmãs clarissas.

Preparada, foi colocada na liderança de uma missão que ele julgava essencial para corrigir os costumes cristãos de sua diocese: fundar escolas católicas em diversas cidades. Lúcia, em sua humildade, a princípio relutou, achando que a função estava acima de suas possibilidades. Mas o cardeal insistiu e ela iniciou seu trabalho que duraria quarenta anos. 

A missão exigiu imensos esforços, tantos foram os sacrifícios a que teve de se submeter. Contudo, nada a afastou da tarefa recebida. Nessas quatro décadas preparou professoras, catequistas, fundou escolas e organizou-as em muitas cidades e dioceses. Quando o cardeal Barbarigo faleceu, as dificuldades aumentaram. Lúcia uniu-se então a outras professoras e catequistas, juntando todas numa congregação, fundou em 1692, o Instituto das Professoras Pias. A fama do seu trabalho chegou ao Vaticano e em 1707, o Papa Clemente XI pediu para que Lúcia criasse uma de suas escolas em Roma.

Lúcia Filippini faleceu aos sessenta anos, no dia 25 de março de 1732, de câncer, mas docemente e feliz pela sua vida entregue à Deus e às crianças, sementes das novas famílias que são a seiva da sociedade. Seu corpo descansa na catedral de Montefiascone, onde começaram as escolas católicas do Instituto das Professoras Pias Filippinas, como são chamadas atualmente.

A festa litúrgica à Santa Lúcia Filippini foi marcada para o dia 26 de março, pelo Papa Pio XI, na solenidade de sua canonização, em 1930. Hoje, as escolas das professoras pias filippinas além de atuarem em toda a Itália, estão espalhadas por todo território norte americano, num trabalho muito frutífero junto à comunidade católica.


Fonte: Paulinas