quarta-feira, 27 de julho de 2011

O QUINTO MANDAMENTO

Não matarás (Ex 20,13).

Ouvistes o que foi dito aos antigos: "Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal". Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de responder no tribunal (Mt 5,21-22).

2258 "A [§1] vida humana é sagrada porque desde sua origem ela encerra a ação criadora de Deus e permanece para sempre numa relação especial com o Criador, seu único fim. Só Deus é o dono da vida, do começo ao fim; ninguém, em nenhuma circunstância, pode reivindicar para si o direito de destruir diretamente um ser humano inocente[a2] ."

2318 "Deus tem em seu poder a alma de todo ser vivo e o espírito de todo homem carnal" (Jó 12,10).
2319 Toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada, porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e à semelhança do Deus vivo e santo.
2320 O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador.
2321 A proibição de matar não ab-roga o direito de tirar a um opressor injusto a possibilidade de prejudicar. A legítima defesa é um dever grave para quem é responsável pela vida alheia ou pelo bem comum.
2322 Desde a concepção, a criança tem o direito à vida. O aborto direto, isto é, o que se quer como um fim ou como um meio, é uma pratica infame[a95] " , gravemente contrária à lei moral. A Igreja condena com pena canônica de excomunhão este delito contra a vida humana.
2323 Visto que deve ser tratado como uma pessoa desde a sua concepção, o embrião deve ser defendido em sua integridade, cuidado e curado como qualquer outro ser humano.
2324 A eutanásia voluntária, sejam quais forem as formas e os mo­tivos, constitui um assassinato. E gravemente contrária à dig­nidade da pessoa humana e ao respeito do Deus vivo, seu Criador.
2325 O suicídio é gravemente contrario a Justiça, à esperança e à caridade. É proibido pelo quinto mandamento.
2326 O escândalo constitui uma falta grave quando, por ação ou por omissão, leva deliberadamente o outro a pecar gravemente.
2327 Por causa dos males e injustiças que toda guerra acarreta, devemos fazer tudo o que for razoavelmente possível para evitá-la. A Igreja ora: "Da fome, da peste e da guerra livrai-nos, Senhor".
2328 A Igreja e a razão humana declaram a validade permanente da lei moral durante os conflitos armados. As práticas de1iberadamente contrárias ao direito dos povos e a seus princípios universais constituem crimes.
2329 "A corrida armamentista é uma praga extremamente grave da humanidade e lesa os pobres de maneira intolerável[a96] .
2330 "Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus" (Mt 5,9).